Mamãe, não deixe o papai romance Capítulo 143

Lance sabia que o contrato traria benefícios unilaterais, então nem olhou o documento e recusou o acordo na mesma hora.

"Não precisamos de parceria com o Gray Group."

"Acredito que será difícil explicar a sua decisão aos seus pais, pois eles trataram dessa parceria com a srta. Gray pessoalmente. Nós esperávamos que o senhor pensasse no assunto com mais carinho."

"Não estou interessado!"

Aaren começou a perceber que já não entendia Lance como antes. O homem cancelara a exposição de porcelanas e nesse momento se recusava a estabelecer uma parceria com Ellie. Sem falar que ela tinha voltado ao país, mas os dois ainda não tinham anunciado o relacionamento publicamente. 

A preocupação do assistente era de aquela mulher maligna se sentisse ofendida e fizesse algo para prejudicar Lance ou Carley.

O sr. Hardwick percebeu a impaciência dele e avisou, calmo.

"Vamos falar com eles. O Hardwick Group não precisa de parcerias há muito tempo."

"O senhor tem razão. Vou explicar a situação à família Gray de uma forma que eles não se ofendam."

Cinco anos antes, o Hardwick Group ainda precisava de aliados para se estabelecer no mercado, mas naquele momento, o grupo já reinava no país.

À tarde, Carley trabalharia no departamento de medicina tradicional, mas foi direto à internação para cuidar da senhora que havia internado pela manhã. Ela criou o melhor plano de tratamento possível e depois retornou ao consultório.

No entanto, deparou-se com alguém sentado no seu lugar assim que passou pela porta. Aquelas costas largas... Quem mais se atreveria a sentar na cadeira do médico se não Lance?

"Sr. Hardwick, está tudo bem?"

Lance se virou com uma expressão fria e um olhar vazio, então disse descontente. "O hospital é meu. Então, não deveria ser estranho me ver aqui."

Carley se aproximou rápido e parou ao lado dele. "Na verdade, não é estranho, mas aqui é o meu local de trabalho. Sr. Hardwick, vamos logo, se levante. Senão vai atrasar as consultas."

"E se eu não for embora?"

Carley deu dois passos para trás balançando a cabeça. "Sr. Hardwick, não me traga problemas. O hospital nos proíbe de ficarmos conversando durante o trabalho, senão somos punidos. E já que foi você quem criou as regras daqui, por favor, não as viole."

Lance queria ser indelicado, mas se segurou. Aquela garota tinha realmente uma língua afiada e estava tentando rejeitá-lo com esses argumentos.

"Acredito que alguém autêntico como você pode fazer isso." Ela reprimiu a raiva e deu uma risadinha.

"Claro!" Ele ficou encantado.

Carley viu as sobrancelhas de Lance relaxando e aproveitou o bom humor do homem para expulsá-lo. "Então aqui vai a primeria regra. Não me perturbe no trabalho. Saia agora, por favor."

Carley o viu cerrando os punhos e deu alguns passos para trás, colocando as mãos na frente do peito como para se proteger. "Olha só, você não aguenta ser contrariado. Desse jeito, como vou conseguir te ensinar alguma coisa? Se você continuar esse velho rabugento, logo estarei morta."

Lance achou o discurso dela engraçado e começou a rir, deixando Carley um pouco atordoada.

Afinal, ela descobrira que aquele homem também podia sorrir, o que deixava com a aura totalmente diferente da habitual, era como se fossem duas pessoas em dois mundos diferentes.

"Vou para casa te esperar, então!"

Antes que Carley pudesse parar para pensar no que Lance dissera, ele já havia saído, e Jane estava insistindo para que ela recebesse o próximo paciente. Lance já atrasara os seus atendimentos, então ela não tinha tempo a perder.