Mamãe, não deixe o papai romance Capítulo 168

Carley cuidara das pessoas na área do desastre e não descansara nem por um momento. No entanto, o médico do vilarejo a havia drogado e até sugerido que ela virasse a sua nora.

Que loucura!

O responsável pela equipe de resgate a viu sendo levada, mas não impediu o homem nem a ajudou. Eles eram cúmplices?

Quase inconsciente, Carley rememorou a noite anterior, quando o responsável dissera que a levaria a um hospital na cidade e ocorrera aquele acidente no caminho.

Será que não tinha sido uma coincidência, mas uma armação?

Ela também se lembrou de Sam a salvando, e desejou que ele ainda estivesse lá. Mas ela estava em um vilarejo montanhoso distante; como ele poderia ajudá-la?

Lance foi informado da urgência por outro segurança, que aguardava instruções. "Sr. Hardwick, devemos agir imediatamente?"

Lance hesitou e Aaren, preocupado, insistiu com ele. "Sr. Hardwick, estou preocupado que eles possam machucar a dra. Chambers. Vamos resgatá-la primeiro, depois vemos o que fazer...."

Lance continuou em silêncio, mas, depois de alguns segundos pensando, balançou a cabeça um pouco.

"Esperem mais um pouco. Eu mesmo irei até lá. Capturem o responsável e descubram quais ordens ele recebeu."

Deveria haver uma razão para terem mentido que levariam Carley para um hospital no meio da noite e para aquela indiferença ao vê-la sendo sequestrada, e ele precisava descobrir qual era.

"Pode deixar. Seguiremos as suas ordens, sr. Hardwick."

Embora preocupado, Aaren não teve escolha a não ser obedecer ao comando e levar alguns seguranças até a escola para averiguar a situação. Enquanto isso, Lance seguia Lucas, curioso para saber o que o homem estava aprontando.

Lucas carregou Carley, já desmaiada, para uma casa de pedra e a colocou em uma cama de madeira, cobrindo-a com um cobertor.

Ele riu igual um bobo ao mirá-la. "Uma mulher tão bonita com um nome tão adorável, Carley. Nunca pensei que arranjaria uma esposa tão bonita na vida. Vou tratá-la bem."

Ele pegou uma corda e a amarrou na cama para evitar que ela escapasse quando acordasse.

Tentando se salvar, ela começou a concentrar a força nas mãos para arrebentar a corda, até ouvir passos soando do lado de fora da porta novamente e fechar os olhos. No entanto, a pessoa que entrou caminhou até a cabeceira e soltou uma risada estranha.

O coração de Carley acelerou, e ela ficou tão nervosa que seus olhos estremeceram. Em seguida, a situação ficou ainda pior, pois a pessoa se sentou ao seu lado.

Então, um par de mãos pousou no seu rosto e começou a deslizar devagar para sua orelha, demorando-se por um momento, ate beliscar suavemente o lóbulo para, em seguida, descer ao pescoço. Carley ficou com tanto medo que prendeu a respiração, quase abrindo os olhos.

O Lucas iria forçá-la? Ele parecia tão paciente antes... Será que já não queria mais esperar?

O que ela deveria fazer? Afinal, se continuasse fingindo estar inconsciente, essa pessoa não se aproveitaria dela?

Mas o que ela poderia fazer se abrisse os olhos?

Ela ainda estava decidindo o que fazer, quando sentiu o cobertor sendo puxado, destruindo seu último resquício de determinação.