O quarto estava mal iluminado, e ela estava deitada em um peito quente que lhe trouxe uma sensação vagamente familiar.
A consciência de Carley foi retornando aos poucos, até ela começar a sentir uma dor indescritível, exatamente igual àquela de cinco anos antes, como se o seu corpo tivesse sido drenado.
Ela respirou fundo e, de repente, algo lhe ocorreu, fazendo-a abrir os olhos abruptamente, enquanto sustentava o corpo exausto e se sentava como se tivesse sido atingida por um raio.
Então...
"Ah!"
Um grito acordou Lance, que sentiu o cobertor sendo puxado de cima dele, revelando as marcas de mordidas deixadas por Carley no seu peito, algumas profundas, outras rasas, como se gravadas no torso.
Ela até poderia falar que tinha sido forçada, mas as marcas nele diziam o contrário.
"Carley, preciso lembrá-la do que aconteceu ontem à noite? É melhor você não se fazer de boba, esse assunto..."
"Cale a boca, não fale! Seu idiota, não fale!"
Carley o interrompeu, enquanto era atingida por uma série de lembranças confusas que quase a fizeram desmaiar.
Ela estava se esforçando para lembrar o que exatamente tinha acontecido.
Mas uma coisa era muito clara, ela tinha dormido com esse bandido de novo.
O que tinha acontecido?
A mente de Carley girou rápido e, de repente, ela se lembrou de que havia sido drogada no banquete de comemoração do dia anterior e de que alguém tentara se aproveitar dela. Ela tentara ligar para Kayden, mas a ligação não tinha sido completada, por isso ela apelara para Sam.
E ficara aliviada e feliz ao vê-lo chegar em seu socorro, porém não previra a tragédia que acabara acontecendo. Ele tinha, de fato, se aproveitado dela.
"Escute, Carley, você precisa ser racional agora! Não estou entendendo por que está agindo como vítima... Foi você quem tentou de todas as maneiras possíveis me seduzir ontem à noite. Não aja como se a culpa fosse minha."
"Seu idiota, por acaso você acha que não tirou vantagem de mim? Eu estava drogada! Caso contrário, nunca teria feito uma coisa dessas."
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