“Quitéria, não precisa ficar brava. Que tal eu carregar a mochila pra você?" Shelley deu um grande sorriso, o que fez a garota se sentir um pouco melhor.
Shelley sabia que a melhor amiga estava deprimida por estar sendo caluniada, então teve uma ideia.
“E se, em vez de ir embora com o motorista depois da aula, você pegar o ônibus? Aí, as pessoas não vão poder continuar falando aquelas coisas.”
Era uma ideia simples demais. Quitéria sabia que não seria tão fácil calar os fofoqueiros.
Ela explicou: “Você subestima a malícia das pessoas. Se eles me vissem chegar de ônibus, começariam a dizer que fui abandonada por um velho rico e que sou tão pobre que só consigo andar de transporte público. É melhor deixar pra lá".
Quitéria preferia que pensassem que ela era a amante de alguém em vez de acharem que ela foi abandonada por um velho. A garota queria que pelo menos soubessem que ela não estava desamparada e que tinha de onde tirar dinheiro.
Ela respirou fundo e fixou os olhos no horizonte.
"Já me decidi!"
"Decidiu o quê?"
Shelley ficou preocupada que a amiga fosse dizer que não aguentava mais ouvir os outro falarem mal dela, portanto largaria os estudos.
Era difícil entrar na Allord University. Agora que a família Su havia falido, Quitéria sofreria se não concluísse o ensino superior.
Com um diploma, caso a família Huo parasse de gostar dela e a expulsasse de lá, ela pelo menos não morreria de fome.
Quitéria sorriu com determinação: “Não preciso de motorista. Vou dirigir sozinha pra faculdade”.
Quando morava com a família Su, ela tinha um motorista, então nunca teve que dirigir por conta própria. Entretanto, as coisas mudaram, e ela precisava mudar também.
Shelley ficou aliviada, pois estava morrendo de medo que a amiga fosse querer abandonar os estudos.
“Mas onde você vai arrumar um carro? Achei que você não tivesse um tostão agora.”
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