Bruna Maria
Após um café da manhã, muito mais do que merecido, João e eu decidimos que era o momento de procurarmos uma casa. Eu queria comprar a casa sozinha sem sua ajuda, no entanto, ele queria participar de alguma maneira, então deixei que ele ajudasse a escolher onde moraríamos durante um tempo.
Olhamos algumas casas até que nos apaixonamos por uma casa enorme de quatro quartos, piscina e um belo jardim. Combinamos que mobiliaríamos a casa juntos para podermos nos mudarmos para ela.
Telefonei para a vovó Olívia para lhe falar as novidades. Ela não ficou feliz com minha insistência de tirá-la de sua casa. Falei que ela não tinha escolha, afinal de contas, realmente não tinha. Avisei que ela morará conosco de qualquer jeito.
Foram muitas desculpas para tentar me convencer do contrário. Ela disse que não queria se intrometer na minha vida de casal. Falei que ela não era e nunca seria um fardo para mim.
— Espero que essa mudança anime, Samuel. Ele tem passado por tantas coisas, na verdade, todos estamos passando. Só quero que o meu irmão volte a ser ele mesmo. — comentou enquanto estávamos em uma sorveteira.
— Todos seremos felizes! Não se preocupe tanto! Estamos em outro país. Sei que as coisas no Brasil em questão de segurança não são as melhores, mas onde você nasceu também não. Estou falando isso porque se fosse seguro nada teria acontecido com seu irmão e muito menos com seus pais. — disse-lhe o que pensava. Infelizmente não existe no mundo lugar seguro. — As coisas que ocorreram não podem ser mudadas, contudo, o futuro sim, no futuro tudo isso não passará de uma lembrança ruim.
Queria que ele soubesse que era só uma fase horrível, logo tudo ficaria no passado. Eu queria focar nas nossas vidas do presente, embora estivesse trabalhando bastante, sempre haveria tempo para ele e seu irmão. Não que João fosse um desocupado, porque ele não era, mesmo distante de tudo, cuidava de seus negócios. Ele era um homem admirável.
Após sairmos da sorveteria, fomos diretamente para o hotel. Não posso dizer que a nossa felicidade durou muito tempo. Por que estou falando isso? Porque assim que estacionamos o carro, a primeira coisa que notamos foi uma movimentação policial.
— O que houve? — questionei para o segurança que ficava na portaria.
— Um dos hóspedes é um traficante internacional. A polícia estava de olho nele e agora estão inspecionando o quarto em que ele estava, mas ele não está no hotel, conseguiu fugir. Alguns hóspedes estão querendo ir embora devido essa confusão.
Realmente tinha hóspedes tentando sair do hotel. Isso não era nada bom, o meu hotel precisava ser mais seguro e saber exatamente quem hospedávamos nele, para nunca mais acontecer coisas daquelas. A reputação do hotel tinha que ser excelente e não o oposto.
Tentei explicar para os hóspedes que estavam tentando sair do hotel que nunca acontecera nada semelhante antes. Não aconteceria de novo, pois cuidaria para que isso jamais voltasse acontecer. Estava tentando mantê-los calmos para que permanecessem no hotel.
— Não quero mais ficar nesse hotel. Onde hospedam criminosos! — reclamou, uma senhora de cabelos ruivos.
Deixei que ela fosse embora, não fiquei insistindo. Após a polícia se retirar do hotel, fui para o meu escritório. Fiquei presa nele durante algumas horas trabalhando. Era tanto trabalho que não conseguia nem pensar na noite maravilhosa que passara com o meu namorado.
Meu cansaço era tanto que minha vontade era somente de dormir, todavia, meu destino não foi para o quarto que ocupava no hotel, após deixar minha casa que era alugada para morar temporariamente lá.
— Amorzinho, abre a porta que sua gatinha quer descansar com você! — falei manhosa, batendo na porta. Não me importei com os seguranças, eles nem sequer entendiam o português.
Para minha surpresa quem atendeu a porta foi meu cunhado Samuel. Ele balançou a cabeça e saiu pelo corredor, deixando a porta aberta. Eu tinha treinado algumas palavras em espanhol usando o tradutor do Google para pelo menos ser legal com ele, porém, não foi daquela vez.
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