João Gonzalez
Quando cheguei na casa do meu tio Juliano, ele me recebeu como se estivesse triste, no entanto, sabia que aquela tristeza era falsa. Tudo que ele queria era disfarçar, para fingir que estava sofrendo pelo perca da minha tia Teresa. Ele não se importava com ela em vida, muito menos, se importaria em morte, nem irmãos eram.
Fomos para o seu escritório e começamos a conversar assuntos aleatórios de início, até ele entrar no assunto que ele realmente queria, que era falar de negócios que nada tinham a ver com sua vida.
— Sobrinho, você tem que pensar no melhor para suas empresas. O seu irmão largou tudo, se mandou, ele não se importa com o patrimônio de vocês. Apenas quero ajudá-los com todos esses problemas. Você agora tem um compromisso com uma jovem brasileira, provavelmente, pensa em morar no Brasil. Se você me permitir, posso cuidar dos negócios do México.
— Meu irmão logo retornará para o nosso país. Não tem porquê o senhor se envolver nos negócios. Não sei porque está insistindo tanto. Durante todos esses anos consegui lidar sozinho com o trabalho todo. Nunca pedi ajuda de ninguém, muito menos, a do senhor, não me entenda mal, mas não quero sua ajuda.
— João, você é mesmo muito cabeça dura! Seria melhor para você e para o seu irmão, contudo, você não quer, mas talvez você mais tarde queira a minha ajuda. Estarei disposto a ajudar no que precisar.
Gravava com meu telefone no bolso da calça tudo que ele falava. Queria que Bruna Maria ouvisse tudo e o quanto ele estava insistente em querer cuidar dos negócios que eram de direito somente do meu irmão e eu.
— Então, o senhor me chamou apenas para isso? Se esse é o caso, estou indo embora agora! Não tem mais o porquê continuarmos com essa conversa que não levará a lugar algum.
— Nossa! Você falando assim, parece até que sou seu inimigo, mas não sou! Somos família, sobrinho, foi o que restou após o falecimento do meu irmão. Sinto falta dele e de minha cunhada...
Fechei o meu punho quando ele falou do meu pai e da minha mãe, como se realmente se importasse. Ele estava era feliz, de não olhar mais para a cara do irmão e da cunhada. Era difícil estar do lado do possível mandante do assassinato dos meus pais, ainda por cima, ter que chamá-lo de tio.
— Todos sentimos a falta dele. Sabe tio, nunca perdi as esperanças de descobrir quem foi o mandante do assassinato dos meus pais. Jamais desistirei de descobrir a verdade.
Percebi que ele ficou incomodado quando entrei no assunto, pois ficou se movimentando em sua poltrona, como se tivesse formigas mordendo o seu traseiro.
— Não sei porque você insiste que houve um mandante do assassinato dos seus pais. O assassino disse que fez tudo por livre e espontânea vontade. Não foi porque alguém mandou que ele fizesse. Por que é difícil aceitar? A justiça foi feita. Ele foi condenado. Não tem porque ficar se amargurando com algo que não existe. Isso faz mal para sua saúde.
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