Lucca
O expediente foi encerrado, Luíza já foi embora, porém estou aqui com o Vicenzo, revendo, discutindo contratos, futuros contratos e revisando documentos importantes. Parece que tudo que poderia ser dividido para cada dia da semana, caiu para apenas um dia, no caso, hoje. Cazzo!
—Nunca quis tanto chegar em casa e apenas dormir — meu irmão fala em quanto analisa a parte jurídica de alguns contratos.
—Eu só queria passar mais tempo com a Luíza antes de ir para casa — falo frustrado, porque por mais que está semana ela esteja me mantendo em banho maria por querer passar mais tempo com os amigos, ainda posso ficar com eles no final do dia, o que não acontecerá hoje pelo visto.
—Você se adaptou mesmo a um relacionamento comum — Vicenzo diz parando o que fazia, para me olhar.
—Nossa relação é realmente como qualquer uma, mas ainda sou controlador em muita coisa e o BDSM é bastante presente em nossa vida sexual — falo a mais pura verdade, nosso namoro não chega nem perto de ser uma relação D/s, porém tem suas peculiaridades.
—Acho incrível como você achou um meio termo, mas sei lá, com ela você não exige que siga a hierarquia, sei que existe uma — sorrio.
—Luíza não conhecia esse mundo antes de mim, não de verdade e eu a amo Frattelo, acho que a amei desde que a vi entrar nesta sala pela primeira vez — falo sincero.
—Então você está dizendo que, seu relacionamento é perfeito como é? Que não sente falta de nada? — Pergunta parecendo curioso.
—Vicenzo entenda, ainda jogo, não só em casa, mas no clube para outras pessoas assistirem. Nossas transas são intensas e sempre há uma conexão que nunca existirá com mais ninguém, não importa se é baunilha, baunilha apimentada ou hardcore — tento ser o mais claro possível. Não preciso contar detalhes, se ele quiser assistir no clube uma demonstração, então avise.
—A sintonia é enorme então! Fico feliz por você Frattelo, feliz de verdade. Todos merecem sentir o que é viver o amor de verdade, deve existir desavenças de vez em quando, mas o sentimento entre vocês sempre fala mais alto — ele fala realmente feliz por mim, mas vejo em seus olhos algo que não sei explicar. Meu irmão passou por algo, mas nunca nos contou e espero que um dia ele se sinta confortável o suficiente para se abrir não só para mim como para nossa família.
—Vicenzo, o que faz minha relação com a Luíza dar certo é basicamente o fato de conversarmos sobre tudo. Nós nunca brigamos de verdade, tirando quando surtei ao saber da gravidez, porque desde o início nós fomos sinceros, abertos um com o outro. Isso se tornou um pilar forte da nossa relação, o amor é importante mas precisa ter o todo — essa é a mais pura verdade — esse é o jeito que nosso relacionamento funciona mas creio que não exista uma formula exata.
—Quem diria que eu estaria agora, vendo meu irmão mais novo, falando sobre como faz o relacionamento dele funcionar — sorrio com sua afirmação — Se um dia encontrar alguém que me faça sentir o que você sente pela Deusa, espero conseguir fazer dar certo. Você sabe que sonho com o dia que terei uma família como a que nossos pais construíram.
—Vai encontrar e vai fazer dar certo! — Torço por isso, não só para ele como para os outros, mas a verdade é que meu irmão sempre quis isso, quem o vê saindo todo dia com uma mulher diferente e fazendo piada de quase tudo, não imagina que ele tenha essa vontade tão enraizada dentro dele — Agora vamos voltar ao foco.
Assim voltamos a enfiar a cara novamente no trabalho. Odeio ficar na empresa até tarde, ainda mais quando poderia estar com a minha Feiticeira Gostosa.
Passou bastante tempo desde que a Luíza saiu daqui e até agora não avisou que chegou em casa, deve estar tomando banho, pondo algo confortável, afinal as coisas por aqui foram bastante corridas hoje e está caindo uma chuvinha lá fora.
—Lucca, não vejo nada que precise ser alterado aqui, está tudo como deve ser — Vicenzo fala me tirando dos pensamentos e dos papéis.
—Aqui eu já resolvi. Esses que estão com você, pode assinar logo e amanhã finalizo o que falta — quando termino de falar meu celular toca, o pego já sabendo quem é, mas meu cenho franze assim que vejo o nome da Emma brilhar na tela.
—Não vai atender não? — Ele fala em quanto atendo.
—Oi Emma, está precisando de alguma coisa? A Lu... — não consigo concluir minha fala porque sou atropelado por uma Emma desesperada do outro lado da linha, falando tão rápido que não consigo entender absolutamente nada — Emma, fala devagar. Não entendi uma só palavra do que disse! — Falo um tanto rude, mas caralho, a mulher me liga e começa a falar igual a uma metralhadora. Escuto ela respirar fundo do outro lado da linha.
—É a Luíza... — no momento que escuto o nome da minha namorada, meu sangue gela.
—O que houve? Ela está bem? Aconteceu algo com o bebê? — Pergunto tudo de uma vez vendo meu irmão parar o que está fazendo, ficando totalmente atento a conversa.
—Ela.... Ela... — percebo que a Emma está chorando e fico mais agoniado ainda — Aconteceu um acidente quando ela estava indo me buscar na revista. Aparentemente um carro bateu nela e fugiu em seguida. O nosso carro rodou e capotou uma vez... — agora sou eu quem corto a sua fala.
—Onde estão? Porque ligaram para você? — Pergunto desligando o computador, pegando a carteira e a chave do carro — FALA EMMA, MAS QUE PORRA! — Meu controle a essa hora está bem próximo de ir para o espaço.
—Hospital Central de Nova York, es... — a corto novamente.
—Em menos de vinte minutos estarei aí, não saia de perto dela! — Ordeno e desligo indo na direção da porta.
—Lucca o que aconteceu? — Vicenzo vem correndo atrás de mim, em quanto aperto o botão do elevador privativo que se abre imediatamente.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Meu CEO Dominador
Ué, cadê o resto do livro ?...
Ué, concluido assim, 4 capitulos?...
Mas capítulo por favor...