Meu CEO Dominador romance Capítulo 91

Lucca

Saí do hospital com o coração na mão, porque escutei os gritos da Luíza a cada passo que dava pelo corredor para sair de lá. Sei que ela está com medo de perder qualquer pessoa que ama, que a perda do nosso filho acionou algo dentro dela que a deixa desesperada e também sei que esse choro com gritos é também o choro que ela não pôs completamente para fora ontem quando conversamos sobre a gravidez, ela teve sim seu pico de choro desesperado, mas logo se conteve e bom... de alguma forma eu sabia que aquela reação tinha sido mínima, sabia que ela estava tentando se controlar tanto por mim quanto por querer saber mais sobre o que estava acontecendo. Apesar de sentir o coração apertar, não poderia jamais deixar de vir até a mansão onde todos estão me esperando para darmos início ao plano.

Neste momento estou estacionando meu carro na garagem da casa dos meus pais, que hoje está especialmente lotada de carros da polícia, fora os carros das outras pessoas que ajudarão nessa missão. Desço rápido, querendo acabar logo com toda essa merda para ver se aplaca um pouco mais esse ódio que está dentro de mim, sigo pela sala de estar onde já vejo alguns homens que cumprimento rapidamente chegando enfim na porta do escritório do meu pai onde assim que abro vejo Bruce, os homens da minha família, Erick e até o Adam que disse que mesmo que não ajude em nada, quer estar lá para ver a prisão sendo feita. Não vi as mulheres desta casa, o que me leva a crer que devem ter saído com receio de atrapalharem alguma coisa — isso nunca aconteceria, mas com certeza ficariam mais preocupadas do que devem — o plano é simples, tenho certeza que não será difícil e muito menos que teremos grandes problemas.

—Todos aqui? — Bruce logo toma a frente — vamos repassar todo o plano para que não fique nenhuma ponta solta ou dúvida.

—Pode falar — falo ansioso, recebendo um olhar um pouco preocupado do meu Papá.

—Antes preciso dar um jeito rápido na minha barba e alinhar meu cabelo... não posso aparecer nesse estado. Quando resolver isso cortarei o cabelo também, pois segundo a Luíza eu estou descuidado e isso não vai nos ajudar em nada — todos dão risada concordando com a fala da minha Feiticeira. Uso o banheiro do meu antigo quarto que assim como o do meu irmão é mantido sempre arrumado e com tudo que precisamos, caso fiquemos por aqui, depois de me sentir mais arrumado é chegada a hora irmos cada uma para o lugar devido e começar com o plano.

Minha família foi dividida em dois carros; Luigi, Adam e Erick vão para o meu prédio junto com uma parte dos homens, meu pai, Tio Giovanni e Vicenzo, estarão juntos com o Bruce que seguirá comigo e a outra parte dos homens para o shopping. Assim que entro no meu carro e o ligo, busco por todo o ar possível, dando início a um exercício de respiração em quanto vou saindo da garagem, continuando com esse exercício por um bom tempo, até chegar as ruas movimentadas de Nova York que hoje está num clima ameno, diria que bem agradável. Ligo o som do carro num volume baixo apenas para não ficar num silêncio completo e começo a mentalizar todos os motivos para eu estar aqui agora em vez de estar lá ao lado da Luíza — que vai receber sua alta amanhã. Sim, nós enfim vamos poder dar tchau aquele hospital — então parto do princípio, que é o maldito acidente que ocasionou em vários efeitos colaterais, como a perda no meu filho e o como de quase um mês da minha mulher, isso é mais do que suficiente para me fazer querer prosseguir com essa missão com toda concentração que aprendi a ter com as práticas de BDSM — Estão vendo como esse mundo me ajudou em vários sentidos que não tem a ver com relação sexual? — Em mais alguns minutos chego ao estacionamento do grande shopping, não vendo nenhum dos outros carros, o que me diz que já estão em lugares estratégicos que possam me observar, mas não possam ser observados. Logo chega a primeira mensagem em meu aparelho celular indicando que a pessoa está nesse momento numa loja de roupas perto da praça de alimentação e logo estou me encaminhando para lá onde ficarem à sua espera até ter a chance de causar um encontro totalmente despretensioso — que claramente não é o caso.