Seis anos depois do nascimento da Bea
Bruno:
Faz duas semanas que Ana leva a Bea e eu busco ela escola. Ela tem trabalhado muito e quando passa aqui em casa para pegar nossa filha ela sempre está com aquele semblante cansado. Ela parece estar mais magra esses dias.
Não quero parecer desesperado mas depois de saber que ela e Samuel terminaram uma luz de esperança brilhou no meu peito. Meu celular vibra sobre a mesa da cozinha, uma mensagem da mulher que eu amo avisando que ela está no saguão do prédio. Permito sua entrada e logo depois ela está na minha porta.
_Boa noite. - Ana diz com seu agora costumeiro tom de cansada.
_Boa noite, quer jantar? A lasanha ainda está quente. - É claro que está quente eu fiz questão de aquece-la para que Ana pudesse comer a comida ainda quente.
_Onde está a Bea?
_Dormindo lá em cima. Acho que hoje ela estava mais cansada do que nos demais dias. Depois do banho ela comeu um pouco e pediu para escovar os dentes e dormir.
_Tem muito tempo que ela dormiu?
_Umas duas horas.
_E a lasanha ainda está quente? - Ana sorri parecendo descontraída. Acho que fui pego na mentira.
_É que eu acabei de jantar. - Digo tentando me manter firme. - É lasanha de quatro queijos.
_Você realmente quer que eu coma, isso é golpe baixo. - Ela volta a sorrir e que sorriso lindo ela tem, como gostaria de beijar ela agora! - Para de me olhar assim! - Ana diz e seu sorriso se desfaz aos poucos. Ana ficou vermelha e eu não consigo pensar em outra coisa a não em como ela fica sexy com o rosto corado.
_Você quer a lasanha? - Digo tentando manter Ana por mais tempo comigo antes que ela saia correndo como sempre faz quando estamos mais próximos.
_Quero. - Ela responde de forma séria.
Vou até cozinha e Ana me segue. Eu coloco um pedaço de lasanha no prato e depois em frente a ela no balcão da cozinha. Ela geme em deleite ao sentir o gosto da lasanha.
_Está uma delícia! - Ana diz e volta a comer. Pego suco de laranja e coloco num copo e dou ela. - Obrigado.
Ana come em silêncio olhando para o prato, tenho certeza que ela está ponderando se deve ou não correr mais uma vez, esse é seu costume. Pego uma garrafa de vinho e resolvo tomar um pouco enquanto a olho comer encostado na pia da cozinha.
_Foi você quem fez? - Ela pergunta depois de comer e se levantar, Ana vem na minha direção com o prato e o copo na mão. Sinto seu cheiro e o perfume do seu cabelo, é o mesmo desde que éramos adolescentes.
_O seu cabelo tem o mesmo perfume... Ana me olha por um tempo e depois volta sua atenção para as louças que ela começou a lavar. _É bom...
Ela suspira cansada.
_O seu perfume também é o mesmo... - Ana diz baixo.
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