_Ana!? - Levanto minha cabeça que agora dói muito. Meu pescoço está todo duro e para piorar meu braço está todo babado. - Você tem um sono pesado gatinha. - Theo diz sorrindo.
Em algum momento da noite quando terminamos a arrumação eu me sentei na cadeira e acabei dormindo, é ridículo, eu sei.
Eu estava sonhando que ia transar com ele!? Pior que isso, eu estava gostando muito. Minha pele arrepia com a lembrança do sonho. Passo as mãos sobre meu braço para tentar afastar a sensação, Theo sorri e me entrega sua jaqueta jeans.
_Não é muito quente...
_Está ótimo, obrigada. - Agradeço da forma mais educada que consigo, se ele soubesse que estou assim porque estava sonhando com ele...
_Quer uma carona? - dona Tessa pergunta.
_Você teria coragem de deixar uma jovem a essa hora da noite, sozinha, depois de ela ter te ajudado? - Theo faz uma careta de espanto e eu sorrio.
_Você está certo. Está vendo? Meu filho é um cavalheiro. - ela diz mais como um deboche do que como elogio.
Nós três seguimos até o carro a conversa continua animada entre os dois, mesmo com sinais de cansaço eles não perdem a animação.
_Se quiser falar mal da minha mãe quando estivemos sozinhos, tudo bem por mim. - Theo fala de forma engraçada.
_Você se esquece que mora debaixo do meu teto? Te coloco na rua moleque! - Dona Alessandra ameaça o filho e eu começo a admirar os dois.
_Eu vou dormir com a Ana. - meu rosto se aquece tão logo as palavras que saem da boca carnuda do moreno alto ao meu lado.
A mais velha começa a rir. Talvez seja da minha cara de assustada, ou, talvez da minha vergonha.
_ Não seja oferecido garoto, as meninas curtem os difíceis. - sua mãe brinca e aperta o alarme do carro destravando as portas.
_Eu sou difícil! - Theo diz e abre a porta de trás do carro para que eu entre.
_Você é tão difícil como nota de dois reais meu filho.
_Essa magoou. - ele faz bico e me pego querendo beija-lo.
_Poderia ser pior, você poderia estar como moeda de dez centavos, eu te ajudei muito dessa vez. - provoca.
_ Eu sou cara carente Ana. Preciso de carinho e muitos beijos... Tem outras coisas que eu preciso também, vou ter que te contar depois porque minha mãe está aqui e não quero ficar de castigo por falar coisa feia. - ele é muito bobo! Quem escuta acredita que é realmente verdade.
_ Eu vou te dar uma surra seu safado! Está seduzindo a menina? Não tem vergonha? - dona Tessa diz ao filho sem olha-lo, seus olhos estão presos na estrada.
Eu estou rindo tanto dos dois que minha barriga começa a doer. Minha bochechas já estão muito doloridas acho que se continuar assim por mais meia hora esse sorriso vai ser permanente.
_Não tenho vergonha e não estou seduzindo a Ana, apenas tentando... Está dando certo? - ele vira para me olhar. Balanço a cabeça em negação. - Acho que as rosas do seu quintal vão começar a sumir... - Theo fala com sua mãe, paro um pouco de rir e espero a resposta dela.
_Você precisaria das mãos querido, eu quebro elas antes. - responde como se não fosse nada.
_ Desde quando a senhora é tão violenta? Ana vamos trocar as rosas por balinhas?
_Tudo bem. - Respondo tentando me manter séria.
_Ela ainda fala? Pensei que tivesse engolido a língua dela. - meu estômago gela com a sua declaração. Estou me sintindo muito envergonhada. - Dona Alessandra parece perceber e ri.
_ Eu ainda não consegui, mas podemos tentar amanhã se quiser. - Theo provoca.
Meu Deus onde eu vim parar!?
_Só se for mesmo amanhã, chegamos na sua casa.
_Obrigado pela carona. Agradeço.
_ De nada.
_Você pode me pagar com alguns beijos depois, na segunda por exemplo, na terça... Aí! - Theo começa com suas cantadas e acaba ganhando um tapa da mãe.
_Eu te ligo depois Theo. - falo rindo, corro para entrar em casa.
_Ela disse que vai me ligar mãe! - ainda ouço ele dizer depois de fechar o portão.
...
Dormir sem meu pedacinho de gente é quase impossível! Acordei diversas vezes durante a noite. Sonhei com Theo de novo e de novo. Devo estar mesmo com um parafuso a menos.
Quando decidi levantar já passava das oito, liguei para casa da tia Lili e nada. Deixei uma mensagem no celular dela e do marido perguntando que horas poderia busca-la, estava com saudades.
Arrumei meu quarto, as coisas da minha princesa, varri todo quarto, tirei a poeira com um pano e álcool, passei pano no meu quarto, coloquei as roupas para lavar. Meu pai levantou e preparou o café, logo depois depois minha mãe também estava na cozinha.
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