Não acredito que já tem dois meses que estamos namorando. O tempo passou rápido. Estamos tão bem, acho que tinha muito tempo que não me sentia tão feliz. Theo é a colinha que eu precisava para colar cada pedacinho quebrado do meu coração.
Ele não é bom só comigo, é outra criança ao lado da Bea. Ele não se importa em fazer planos para nós três, não se importa em passar a noite comigo no hospital porque minha princesa está doente. Theo não se importa, ele entende que eu sou a Ana mulher, mas sou também Ana a mãe da Beatriz.
_O que acha de parque de diversões? - pergunta enquanto dirige nos levando para minha casa depois de mais um dia de aula.
_Não sei... - suspiro - acho que só dá se formos no domingo. - pego no celular para olhar minha agenda - meu pai vai levar a Bea em uma festinha, de algum filho, de algum sócio... - dou de ombros enquanto meu namorado ri.
_Algum filho, de algum sócio? Já pensou em escrever na sua agenda o nome das pessoas? Você sabe o meu nome?
_ Hum... Não. Por isso te chamo de amor e sempre te apresento como meu namorado. - brinco.
- Quanta consideração! - ele finge ficar indignado.
_Acho que que sei! Seu nome é Thales.
_Pelo menos você não errou a primeira letra, já me sinto especial. - seu tom de voz é divertido.
Como todas as vezes que estamos juntos eu estou sorrindo. Eu sempre estou rindo ou sorrindo com ele. O meu dia pode ter uma porcaria, Theo faz ele ficar leve e divertido. Seu jeito alegre e sempre muito positivo me ajuda a ver o copo sempre meio cheio.
_Você é especial. - Digo.
Theo me olha rápido e volta seus olhos para o trânsito a sua frente.
_Estou apaixonado por você. Muito apaixonado... - o sorriso no meu rosto se desfaz só para que outro se forme em seu lugar.
_ Quero muito te beijar. - digo e Theo gargalha de um jeito gostoso, enche meu peito de um sentimento bom. É suave e tranquilo, apesar de forte. Ele dirige por mais dois quarteirões em silêncio e para em frente ao portão.
_Pode beijar agora.
Beijo meu namorado.
_Você quer entrar? - pergunto.
_Seus pais estão em casa?
_E a Bea também. - sorrio.
_Tem bolo de chocolate?
_Anda, vamos entrar logo. Está frio aqui.
Entramos em casa, as luzes apagadas me fizeram estranhar. Caminhei de vagar até a cozinha e encontrei um bilhete preso na porta. Meu pai estava dizendo que tinha ido a casa da minha mãe para buscar algumas coisas dela e que levaria pizza para o jantar.
Já passava das onze e nem sinal de que chegariam. Peguei meu telefone e liguei para o meu pai que me fez o favor de avisar que ele e minha mãe decidiram dormir na casa dela e minha filha ficaria com eles.
Eu não deveria me chatear com isso, são meus pais, amam minha filha, o problema é que estou acostumada a ter sua companhia no quarto. Fiquei triste e muito chateada. Queria minha filha. Não ia dormir sozinha nessa casa enorme.
_Não fica assim meu amor, eu posso dormir no quarto do seu irmão. Assim não fica sozinha. O que acha? - Meu namorado pergunta se jogando no sofá.
_Acho que seria... - penso em dizer que é uma péssima ideia - muito bom! Eu... - me sento ao seu lado, quero desesperadamente beijar- lo. - Você quer comer alguma coisa?
Theo sorri do meu nervosismo, é a primeira vez que ficamos completamente sozinhos em casa. Ele se inclina e me beija, um beijo doce que vai se aquecendo e se transformando em sexy e quente.
Estamos perdidos entre carícias, beijos, apertos, dentes e alguns gemidos que escapolem ocasionalmente. As mãos sobem sem pudor tocando a pele sobe o tecido. É bom e aterrorizante ao mesmo tempo. Eu confio em Theo, não confio em mim, em meu próprio corpo que me trai desejando o homen que comigo está.
_Morena, você é areia de mais para o meu caminhãozinho. Linda de mais! - Ele brinca, seu sorriso é um bálsamo sobre as feridas do abandono, me faz sorrir e relaxar um pouco.
Estou a um passo de ceder a tentação e esquecer o medo de arrepender. Ele é bonito, está apaixonado, me respeita... O que falta para que eu simplesmente ceda a vontade gritante do meu corpo? Quanto tempo eu não faço isso?
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