Gabriela de Sá
Senti cheiro de carne de panela, tateando as paredes, vi a mesa de quatro lugares iluminadas com velas e aquela parte da sala de jantar estava iluminada com uma luz baixa. Me aproximei e notei Lucas usando roupa social e meu filho usando uma blusa que imitava uma gravatinha, ele estava na cadeirinha e sobre a cadeira, sorri.
— O que é isso Lucas?
— Sente-se aqui senhorita. — apontou a cadeira e a puxou para que eu sentasse.
— O que é isso? — comecei a rir enquanto ele colocava o prato na minha frente.
— Carne de panela da dona Gisele.
Cobri o rosto com a mão rindo, ele servia os dois pratos e quando terminou sentou na minha frente. Eu devia ter demorado muito mesmo no banho. Oliver estava com seus olhos grandes observando tudo e quietinho, o que me surpreendeu.
— Pra que tudo isso, Lucas?
— Porque minha surpresa foi interrompida então tive que superar. — deu de ombros colocando comida na boca.
— Qual é sua surpresa?
— Sua mãe cozinha muito bem. — disse comendo um pouco mais. — Come, depois falamos sobre isso.
Assenti e enquanto comíamos falávamos o Oliver observava tudo com atenção, quase como se entendesse tudo que falávamos. Não me cansava de olhar para ele, o peguei no colo quando a comida acabou e Lucas foi lavar a louça, o embalei e beijei sua cabeça, não queria que nunca mais aquela mulher chegasse perto do meu amor. Ele parecia sentir que o pai estava perto, porque não chorava como na maioria das vezes.
Queria apertar as bochechinhas dele, sem contar a vontade de morder. Deitei Oli sobre minha perna e arrumei sua blusinha chique. Ele acabou pegando no sono, na verdade já passava da hora dele dormir mesmo.
— Me dê ele aqui. — lucas o pegou e colocou ele na cadeirinha, esperava que ele fosse chorar, mas não protestou de forma alguma e assim que os cintos foram presos ele voltou adormir.
Arrastando a cadeira meu amigo sentou na
minha frente, nossos joelhos encostavam um
no outro. Ele segurou minhas mãos e olhou
em meus olhos.
- O que foi Lucas? Você não vai voltar coma
Sara né?
Ele riu e puxou minhas mãos, fazendo eu
levantar e sentar em seu colo. Arrumei sua
gravata e sorri.
- Não posso voltar com alguém que não amo.
E que nunca amei. — olhou em meus olhos e
arrumou um fio de cabelo meu. — Mas posso
estar junto de alguém que amo.
Sorri e acariciei seu rosto. Seu braço me
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Meu melhor erro