Meu melhor erro romance Capítulo 54

Gabriela de Sá

— A comida está no forno, a roupa já está no varal e está tudo limpinho. Amanhã venho passar a roupinha do meu netinho — ela falou para o meu bebê.

—  Não mãe, não precisa. Desse jeito não vou aprender a me virar sozinha. — sentei no

sofá.

— Você ainda está de resguardo meu anjo. Precisa descansar! Não tem mal uma semana que o meu netinho nasceu você também precisa ser cuidada — minha mamãe beijou minha testa e se abaixou para deixar meu filho em meus braços. Segurei o pequeno embrulho na manta do Batman e embalei o pequeno que estava quase dormindo já.

— Obrigada por tudo mãe.

— Imagina meu amor. Agora tenho que ir! Os seus irmãos precisam de mim e daqui para casa ainda tem muito trânsito, mas se preocupe eu amo cuidar de você.

Me deu mais um beijo e passou pela porta do apartamento. Respirei fundo e embalei o pequeno, porém assim como eu prévia ele começou a chorar. Trouxe ele para mais perto do meu corpo assim como todos diziam para eu fazer.

Eu estava exausta, fazia cinco dias do meu parto, e apesar da grande ajuda da minha mãe e do Lucas, eu estava muito cansada. Meu bebê era muito chorão, claramente igual ao pai. Na primeira noite ali ele chorou todo o tempo e desde então não tive mais noites de sono completas.

Mas ainda assim a sensação de tê-lo em meus braços era a melhor de todas. O rostinho dele era uma fofura, e eu o amava tanto já que sempre que ele começava a chorar eu praticamente começava junto. Queria tanto entender o porquê daquele choro.

— Calma, meu anjo. Conta o que está incomodando para a mamãe meu amorzinho.

Levantei balançando ele junto do meu corpo, e batendo nas costinhas dele. Mas de forma alguma ele parava de chorar, e foi o gatilho para que eu caísse no choro também. Meus soluços se juntaram aos dele. O pior era não saber o que ele queria, já tinha tentado dar leite para ele, trocado a fralda e até fiz uma massagem como minha mãe me ensinou, mas  parecia não ficar bem comigo.

No colo da minha mãe ele ficava quietinho, dormia facilmente, mas no meu ele abria o berreiro. Chorando continuei balançando nossos corpos. As lágrimas embaçavam meus olhos e eu tentei secar. A porta se abriu e Lucas que tinha ido na farmácia entrou segurando um pacote.

— O que foi, Gabi?

— Ele não para de chorar.

Deixando a sacola sobre a poltrona ele estendeu o braço e eu lhe entreguei o nosso bebê. Lucas  o pegou sustentando sua cabecinha com a mão e a coluna como braço.

— Você está chorando é Oli?- balançou ele e se sentou no sofá. — Não deixa a mamãe dormir, e ainda fica fazendo ela chorar, que feio — o deixou sobre sua perna e segurou as mãozinhas dele que tinha luvas azuis. —  O que você quer?

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