• MEU SOGRO • romance Capítulo 15

"Às vezes conversar consigo mesma é a melhor forma de se ouvir. Você pode explicar onde errou e se nada mudar, significa que você não se ouviu. Nem tudo é sobre homens, às vezes você mesma se sabota..." — Autor desconhecido

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01:30...

Despertando no susto passa a mão por sua testa suada. Se sentando na cama Berriere pisca os olhos algumas vezes.

— Onde estou? — Observa atentamente todos os lados. — Que lugar é esse?

Tentando pôr a mente no lugar se deita encarando o teto. Vagamente se lembra de ter chegado a Seattle e que já estava na casa do seu sogro.

— Ok, estou em Seattle. Vida nova! — Fingindo não estar triste e decepcionada olha sua mala. — Vou sobreviver e passar por tudo isso. — Se espreguiçando coloca os pés para fora da cama. — Preciso tomar um banho.

Levantando pega uma roupa apropriada para dormir. Caminha para a única porta dentro do quarto, olhando o banheiro de luxo pensa em como fará para limpar esse banheiro exagerado.

— Meu Deus! Vou ter um trabalho danado para limpar esse banheiro. — Encarando seu rosto no espelho fica triste. — Olha para você, seu cabelo, corpo, como se veste. Por isso que te traiu.

Dizia a si mesma. Com os olhos minando lágrimas continua com seu discurso de ódio.

— Você não é atraente, se veste mal, não se cuida e queria segurar um homem lindo como ele. — Seu tom de voz começa a diminuir, com as lágrimas sua voz desaparece.

Tirando suas roupas entra debaixo d'água quente.

— Sou um lixo de mulher, me dediquei ao lar, fiz tudo que queria e ainda assim não foi o suficiente. — Sentando-se no chão deixava suas lágrimas se misturarem com a água que caia.

Cansada do banho sai do box. Novamente se encarava e o que via era uma mulher que não prestava. Sua vida era a do Kamael, não vivia o que desejava, fazia o que lhe mandava. O choro a consome, com custo se veste. Ainda com os cabelos molhados volta pra seu quarto. Olhando sua mala lembra-se de uma coisa que trouxe junto com suas poucas roupas, senta-se no chão próximo a ela pegando no fundo um porta-retratos com uma foto do seu marido.

— Achei que era real meu casamento e o amor do Kamael. Sou tão ruim assim que teve que procurar na rua? — O choro já não mais silencioso era de desespero, de decepção.

Se deitando segura forte o porta-retratos.

— Você acabou comigo Kamael, entrou no meu coração, invadiu minha mente. Até onde vão essas mentiras. — Um grito lhe escapa os lábios. — Algo me diz que estou entrando em um vespeiro.

Na cozinha...

— Vou descansar. Pela manhã vou a empresa resolver umas coisas. Preciso dormi. — Subindo as escadas passa em frente ao quarto de Berriere escutando um choro. — O que está acontecendo?

Batendo na porta não obtendo resposta resolve abrir. A encontra no chão chorando. Seu coração aperta ao vê-la nesse estado. Corre para confortá-la.

— Berriere, se acalma. — Pegando-a no colo e coloca na cama. — Ficará tudo bem, vai doer muito, terá dias que será insuportável, outros você acreditará que está tudo bem, mas a dor não passa nos primeiros meses.

— Quero morrer. — Essas palavras fizeram os olhos dele lagrimejar. — Sou um lixo Bronck, quem vai me querer toda quebrada? Eu te respondo. Ninguém.

— Cala a boca menina. Te garanto que terá uma fila de homens atrás de você assim que tomar as rédeas da sua vida.

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