• MEU SOGRO • romance Capítulo 35

"A zona de conforto é um ótimo lugar para quem não tem objetivos na vida." — Autor desconhecido

...ᘛ...

Continuação...

— Sim Carmem, está tudo ótimo! Estou apreciando a palhaçada do senhor aqui na minha frente. — Responde alto para o alcance dos seus ouvidos.

Não se dando por vencido persiste em retirá-la da cadeira do seu irmão.

— Está andando muito com meu irmão caçula, fedelha? — Sonda se aproximando.

— Limpe sua boca porca para falar do Bronck. — Confiante o repreende.

Não gostando nada da postura dela seu rosto fica vermelho de raiva.

— Como sou muito educada vou lhe informar a minha idade, tenho 31 anos. Também sou uma mulher que ignora todo tipo de etiquetas nesses casos e serei o tipo de mulher que você odeia. — Apoiando os cotovelos sobre a mesa o encara.

— Você não me mete medo pirralha. Qual seria esse tipo de mulher?! Diga-me. — Gargalhando de sua audácia pergunta.

— O tipo de mulher pequena, aquela que bota macho escroto como você no seu devido lugar.

— E onde é esse lugar? — Cruzando os braços questiona.

— Sabe, não existe um lugar específico, é só olhar a situação em sua totalidade. S você fosse realmente bom o suficiente estaria aqui nessa cadeira confortável. — Estalando a língua continua. — Não naquela sala minúscula lá no quinto andar cheirando a velho como o senhor.

— Que patética. — Exclama.

— O fato de ser mulher não me faz inferior a você. A diferença é que estou aqui nessa cadeira, porque na ausência do dono, eu assumir o seu lugar e cá entre nós... — jogando seus cabelos hidratados o encara. — Sou qualificada para isso. Creio que se você ficasse aqui essa empresa afundaria sob sua gerência por diversos motivos, mas o principal é a sua falta de educação. Para chegar ao topo você tem que saber de onde veio e como foi difícil chegar aqui. — Fala ciente de que é um parasito.

— Bronck só teve sorte. — Nervoso começa a sorrir exageradamente. — Bronck só teve sorte fedelha.

— Vejo em seus olhos que você deseja essa cadeira, esse império e todo o resto, mas o principal é que você deseja ser o Bronck. — Declara enquanto um sorriso cínico brota em seus lábios. — Quando você entender que não passa de um invejoso talvez... digo talvez, ok? Você possa começar o seu próprio negócio e sair debaixo das asas do caçulinha.

— Sou melhor que ele e nessa cadeira eu faria muito mais. — Estressado grita com ela.

— Se é assim porque continua sentado naquela mesinha lá no final do corredor?! Por que não tem uma sala e um cadeira como essa? — Ali percebeu que pegou bem no ponto fraco.

— Cala sua boca, sua putinha, você pensa que é quem? Está fodendo com ele e já se acha a dona da empresa?

— Não lhe devo satisfações. Só para deixar uma coisa bem clara aqui, tem pessoas que já nascem com o dom, eu mesma só fiz faculdade e estou aqui no lugar do dono da expor e você com seus 102 anos com os dois pés no purgatório? Está revoltado porque uma mulher que nunca esteve nessa posição está ocupando o lugar que tanto desejou? Consegue ver a diferença? O seu lugar é na sombra do Bronck não na posição dele.

— Berriere? — Carmem grita preocupada.

— Estou bem! — Responde para que Carmem fique calma. — Sei que essa cadeira é o seu sonho de consumo dorme e acorda a desejando, aí do nada, você chega aqui e ver outra pessoa no seu lugar... é difícil né? — Vestida com o manto da rainha da zombaria se permite liderar o ranking do deboche. — Entenda uma coisa, esse lugar aqui não é para qualquer um, o preço que pagou foi caro, muitas noites sem dormir, horas de estresses. Afinal, para chegar a esse padrão demanda tempo e você não tem capacidade de exercer essa função. Faça um favor para nós dois, saia imediatamente da minha sala que sua cara de inveja está me cansando. — A fim de dar o xeque-mate, chuta cachorro morto. — O circo só pega fogo, se eu der ideia ao palhaço.

Dando o golpe mortal o deixa no nível máximo de estresse que cogita a hipótese de dar em sua cara.

— Sua... — na tentativa de ofendê-la é interrompido.

— Berriere Mondova. — Estressado sai furioso da sala.

Assim que ele sai Carmem entra desesperada. Sua atenção muda de foco quando ver seu celular tocar, olha para a tela e ver que é Bronck. Doida para chorar tudo que não chorou durante os poucos minutos de estresse com o Bartra pensa se deve ou não atender o telefone.

— Chefa você está bem? — Pergunta aflita. — Quer uma água?

— Estou bem amiga. — Afirma na tentativa que saia para poder chorar em paz. — Vou trabalhar porque hoje o dia começou bem.

Bronck liga mais uma vez e Berriere decide atender.

— Só um segundo vou atender ele. — Respirando fundo diz. — Alô!

— Está tudo bem? O Bartra ainda está aí? — Pergunta preocupado.

— Sim, querido estou bem e seu irmão já se foi. — Mente para que não prolongar ainda mais o assunto.

Toma um susto com Brian que invade a sala com a respiração ofegante.

— Cheguei! Cadê ele? Matarei esse desgraçado. — Se aproxima segurando sua mão. ー O que fez com você?

— Já saiu, ela conseguiu expulsá-lo daqui sozinha. — Carmem anuncia toda orgulhosa.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: • MEU SOGRO •