• MEU SOGRO • romance Capítulo 5

"A pior de todas as perdas é a perda do tempo."

— Autor desconhecido

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Seattle - 10:00...

Despertando com um sorriso no rosto, Bronck percebe que ainda está acompanhado. Lembrando da noite maravilhosa e torturante que teve com a Ana. Resolve acordá-la.

— Ana! — Acorda no susto olhando tudo à sua volta. — Bom dia! — Responde todo animado. Ela o olha com aquela cara: onde estou?! O que eu fiz?! Segurando um sorriso a encara. Levanta-se procurando suas roupas.

— Que horas são Bronck? — Responde que são 10:04. Arregala os olhos. Sabendo bem o que vai acontecer, sai da frente.

— Merda! — Coloca o vestido com uma rapidez surpreendente, cata suas coisas e sai correndo.

— Tchau! — Diz sabendo que nem o ouviu. — Me senti usado, nem um tchau querido. É! Tenho que arrumar uma namorada que aceite me dividir com outras mulheres. — Impossível! — Ele mesmo responde sorridente.

— Vou me arrumar antes que me atrase, tenho uma reunião em uma hora. Tomando um banho se arruma, usando um dos seus ternos impecáveis vai para sua cozinha.

Tomando um café entra em seu carro, cumprimenta seu motorista e vai para o escritório. Como de costume admira sua empresa.

Entrando, segue para a cobertura. As portas do elevador se abrem dando de cara com sua secretaria.

Pensa: É linda e muito profissional, porém, não faz meu tipo. Preciso arrumar uma mulher de presença e que me satisfaça na cama. Que cuide de mim, pois estou ficando velho.

— Mais um ano que irei sozinho ao evento beneficente. — Pensou alto. — Vendo Carmem o encarando fica sem graça e muda o foco. Quando seu celular toca encara a tela, é seu filho. Entra em sua sala e atende com relutância, já conhece o discurso de seu filho rebelde, o Kamael sempre está aos berros na ligação.

Atende colocando o celular no viva-voz, apoiando em sua mesa se afasta. E como sempre, grita e xinga. Bronck que continua caminhando em direção às janelas escuta em silêncio, até que ele para.

— Já acabou? — Responde com frieza.

— Pare de mandar dinheiro para minha conta seu imprestável! Você acha que não sei que aquela empresa é sua? Eu não preciso de você, tenho um trabalho e sei me sustentar.

— Deixe de ser arrogante e abusado! Você é meu filho Kamael, quando eu morrer, tudo será seu. Volta para Seattle, venha ocupar seu lugar nessa empresa. — Bronck tenta conversar calmamente, mas ele o corta.

— Eu sou casado e muito feliz aqui em Londres. Já faz 12 anos que estou sem ver sua cara asquerosa Bronck. — Ouvi-lo chamar pelo nome corta seu coração. Tenta fazer uma piada.

— Fala papai menino. — Bronck escuta os xingamentos e as ofensas. Pensando em desligar e acabar com o estresse, caminha até sua mesa quando escuta um barulho alto como de uma batida, seu corpo todo formiga. — Kamael? — Grita para o celular. Escutando barulhos de vidro quebrando, Bronck fica nervoso. Um grito de dor do outro lado da ligação faz seu coração acelerar. — Filho, por favor não brinca assim comigo.

— Pai, eu ... — geme do outro lado. Bronck não está acreditando nessa situação.

Um barulho alto ecoa do telefone em seguida a ligação ficar muda. Se sentando em estado de choque, balbucia. — Meu filho, meu único filho. Primeiro minha amada esposa, agora ele. — Eu não acredito nisso. — Ainda tentando entender o que aconteceu, Carmem entra na sala o tirando dos seus pensamentos. — Preciso ir a Londres. — Sussurrou.

— Sr. sua reunião será em 3 minutos.

— Cancela. — Responde meio aéreo com tudo que aconteceu. Se levantando pega suas coisas. — Vou a Londres, preciso ver meu filho. — Informa.

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