• MEU SOGRO • romance Capítulo 90

"O mundo seria um lugar melhor se as pessoas se perguntassem com mais frequência: e se fosse comigo?"

— Autor desconhecido.

...ᘛ...

Entrando no escritório o encontra sentado em sua cadeira ao telefone. Corre para junto dele.

— Bronck? — Chorando muito o chama.

— O que aconteceu? — Se levanta para colocá-la sentada. — Só um segundo já te ligo. — Finaliza a ligação e pega um copo de água para acalmá-la. — Está com dor?

— Bronck... — chorando fala. — Ela...

— Oi! Amor, respira... — fica preocupado pois, ela não fala.

Pegaram a irmã da Mira...

— Pegaram? Como assim o que tem a irmã dela? — Confuso questiona.

— Não consigo falar agora só me abraça. — Fica alisando seus cabelos com ela abraçada a sua cintura. — Por favor, liga para o Oliver.

Não tem noção do que aconteceu, mas pensa ser sério. Quem pegaria uma garota por pegar e isso a deixou muito abalada. Bronck liga para Oliver que atende no primeiro toque.

— Oi! Cunhado... hum! Está tudo bem por aí? — Tenta não preocupar Oliver de imediato.

— Estou com um pequeno problema não conseguirei ir a Seattle por esses dias... o que aconteceu? — Calmo pergunta.

— Berrie que falar com você. — Informa e lhe entrega o celular.

— Oliver você tem que contar para ela. — Chorosa exige.

— Como assim? Espera contar o que a quem? — Seu tom de voz muda totalmente.

— A irmã dela Oli, estou sabendo.

— Quem te contou? — Grita a assustando. — Você não pode se envolver nisso. Como soube?

— Conta logo não posso mentir para ela. Você tem que encontrar uma forma de contar ou eu farei. Mira tem que saber a verdade. — Faz uma exigência que não tem direito.

— Riere... — respira exasperado. — Você não tem que ser meter com isso não sabe de nada e está aí dando ordens... sei o que estou fazendo. Já estou resolvendo isso e se até amanhã não conseguir pegá-la contaremos para Mira. Então, deixa de exigir uma coisa que você nem era para estar sabendo. — Tenta acalmá-la, mas seu tom de voz não é nada tranquilo. — Hoje à noite Baby tentará resgatá-la, se acalma... como você ficou sabendo?

— Tchau! — Ia desligar quando ele torna a falar.

— Calma, vou contar fica tranquila quero meus sobrinhos bem. — Explica que isso não é algo que deve se envolver.

— Tchau! — Desliga e volta abraçar o Bronck.

(...)

Benjamin já está sabendo de tudo e como Oliver pediu não dirá nada a Miranda. Recebe uma mensagem cheia de emoji da Margô e sorrir para a tela. Já que sua nova amiga está muito doente e teme que o pior aconteça responde à mensagem e diz que vai visitá-la no hospital já que aconselhou a própria ficar lá até ele voltar da Suíça para não ficar sozinha em uma mansão onde não conhece ninguém. Após desligar o celular de modo a tirar um cochilo é surpreendido quando a porta do seu quarto é aberta, vendo ser a mulher que está mexendo com seu juízo esse mês inteiro a observa se juntar a ele próximo à cama.

— Desculpa. — Pede se sentando na beirada.

— Hum! Tudo bem.

— Preciso conversar com você. — Decidida a falar sobre seus medos tenta se aproximar mais.

— Pode falar daí... — impõe distância antes que faça como sempre tem feito o provocar e depois vai embora.

— Posso me deitar aqui na ponta? — Pergunta parecendo triste.

— A cama já é de solteiro. — Informa notando sua tristeza. — O que aconteceu?

— Não posso dizer muita coisa, mas vou contar um pouco sobre mim. — Ele se espreme no canto para que juntos dividam a pequena cama.

— Minha vida nunca foi fácil. Com pais viciados eu e a Mari passamos por um inferno muito grande. Confiei a uma pessoa nossos problemas e a mesma usou isso contra mim. — Uma lágrima escorre por seus olhos.

— Continua... — incentiva a não parar.

— Não confio em mais ninguém Benja, não sou mentirosa. Apenas omitir muitas coisas para proteger minha irmã caçula. — Confessa.

— Por que não me contou Miranda? Sou de confiança porra!

— Como confiar se você me chamou de mentirosa e manipuladora? — Rebate. — Eu não sou isso.

— Tudo levava a crer que sim, porque não se defendeu?

— Tenho medo de pegarem minha irmã e forçarem a prostituição. Custei até aprender a lidar com isso, mas ela não é igual a mim Benja e merece o melhor. — Chorando o abraça.

— Você também não... eu... olha, posso te ajudar Mira.

— E-eu não mereço nada. — Ele a abraça se sentindo mal por não poder contar a verdade.

— Merece sim. — Declara.

— Se a pegarem volto para a Suíça. — Confirma. — Uso minhas poucas economias e vou embora daqui.

— Volto com você e se quiser, cuido de vocês duas. — Sincero informa. — Dou um jeito de levar a Mag para lá e posso cuida das três. — Fala a verdade.

— Desculpa, mas você é um capanga e não pode fazer muita coisa e sua namorada não vai gostar de duas mulheres a tira colo com você em sua humilde casa. — Realista informa que a situação é bem diferente.

— Mag é uma amiga... nada mais que isso. Outra coisa, você não me conhece, não sabe nada de mim Miranda. — Severo diz a verdade, já que é muito rico e só trabalha para o Oliver porque gosta.

— Só quero que minha irmã saia dessa situação que a coloquei. — Abraça seu pequeno corpo e a ver chorar até adormecer em seus braços.

— Cuidarei de você Mira, isso é uma promessa! — Beija seus cabelos e pega no sono.

(...)

Às horas se passam e o pessoal do jantar estão chegando, Berriere dormiu um pouco e acordou melhor, tomou um banho, ganhou uma massagem e Bronck foi tão carinhoso que ficou mais calma. Observa Benjamin e Miranda chegaram para o jantar e fica triste por saber a verdade e não poder contar. Foge, mas é enquadrada por uma Mira sorridente, coisa que ainda não tinha visto já que não era um sorriso cínico, mas puro e genuíno.

— Vou te ajudar com o que falta. — Animada vai até Berriere lhe oferecendo ajuda.

— Já fiz tudo Mira, vá se sentar. — Assente e se junta ao Benjamin.

Benjamin notou sua cara de preocupada lançando olhares para Miranda.

— Está tudo bem Riere? — Pergunta.

— Sim, só estou ansiosa... er... o primeiro jantar aqui em casa. — Lhe dá um sorriso fraco.

"Preciso contar para o Benja, ela tem que saber. Termino de finalizar tudo. Carmem chega com Brian, Benett com Lisi."

— Boa noite. — Benett a cumprimenta.

Conversa com todos que logo se acomodam na grande sala.

— Brian, olha você aí! — Carmem olha para a mulher elegante com um sorriso imenso para seu Brian, seu ciúme fica nítido já que não conhece Lisi.

— Boa noite! — Carmem fala se anunciando enciumada.

Todos percebem Brian beija seus lábios e sussurra algo em seu ouvido a fazendo rir.

— Desculpa a demora. — Bronck se anuncia descendo as escadas.

— Brian cadê o Feh? — Lisi pergunta se juntando a ele no sofá.

— Com o marido e as crianças. — Responde alisando as costas de Carmem.

— Meu neto não quer mais ficar aqui. — Bronck lamenta.

— Hoje o Mikael gritou Kauã confesso que dei pulos de alegria. — Animada Carmem relata.

— Perdi meu filho falando... — triste desabafa. — Bronck quero férias!

— Arrumo uma pessoa para ficar no seu lugar, espera só eu me casar pode ser? — Pergunta.

— Eu também quero, já que estão falando abertamente. — Carmem fala.

— Sinto muito, no momento não dá Carmem eu e você temos um projeto. — Carmem sorrir e assente para Berriere.

— Achei muito legal você convidar o motorista para o jantar. — Benett diz admirando a atividade do amigo.

— Não sou o motorista. — Sorrindo Benja afirma.

— Oh! Desculpa. — Se retrata.

— Benja é meu primo. — Berriere declara sorridente.

— Estava quebrando um galho. — Explica sem dar muitos detalhes.

— Entendi. Você não é de Seattle tem um sotaque britânico. — Benett curioso investiga.

— Eu, Riere e o resto da nossa família somos britânicos, porém, atualmente moramos na Suíça.

— Vocês são primos? — Bronck pergunta já que não sabia disso.

— Na verdade... nossos pais eram sócios. — Explica sem contar todo seu drama familiar. — O império Williams era divido por 3 sócios.

— Williams? — Benett repete o sobrenome dela.

— Que merda né? — Meio sem graça Benjamin muda o assunto.

— Qual é o seu sobrenome rapaz?

— Benjamins Tomps.

— É um prazer conhecê-lo! — Desconfortável admite.

— Seu pai é um gênio dos negócios. — Animado não percebe que o assunto não é agradável para ele.

— Fazer o que né? — Mostra que não está à vontade com o assunto.

— Você tem uma empresa também? — Tenta sondar doido para fazer um negócio.

— Não... servir ao exército e fui dispensado com desonra porque mataram meu cachorro... com raiva quebrei a cara do meu superior. — Encolhendo os ombros relata.

— Você não muda Benja. — Sorrindo Berriere brinca com ele.

— Faria o mesmo. — Benett divide sua opinião. — Não gosto de cachorro, mas abomino maus-tratos aos animais.

— Era um vira-lata, mas era meu. — Triste se lembra do passado.

— Hoje você faz o quê? — Curioso Bronck sonda.

— Cuido do Oliver. — Bufando relata. — Ele gosta de abraçar o mundo e isso muitas vezes não dá certo.

— Sou grata por isso. — Com um sorriso de gratidão Berriere o agradece.

— Desculpa a pergunta, mas você vive como sem trabalho? — Lisi sonda já que não comentou sobre ter um trabalho.

— Ele é podre de rico, somos filhos de grandes CEO e desde cedo nossos pais faziam depósitos bem exagerados para que cada filho tivesse sua fortuna na maior idade. — Berriere explica. — Mas Benja é inteligente eu sei.

— Você tem duas irmãs? Ouvia muito seu pai falar de vocês nos congressos empresariais. Fui em várias palestras de como ser um bilionário. — Benett pergunta constatando a cara de Benjamin mudar de neutro para sério.

— Tenho a Izabell. — Berriere estranha ele só falar de uma delas, mas prefere se calar. — É uma sniper estava na inteligência, mas só ia a missões importantes e agora está desempregada.

— Meu Deus! Benja. — Pasma Berriere exclama.

— Brincadeira. — Resolve mudar o assunto. — Estamos bem, Oliver deu emprego para todos nós eu tenho uma sala na área da contabilidade.

— Que bom! — Benett afirma. — Então, vocês são amigos de infância, mas está faltando uma família cadê?

— Baby. — Bronck reconhece o apelido.

— Quem? — Lisi o questiona.

— Seu nome é Dários, mas Berriere chamava ele de Baby e o apelido ficou.

O assunto rola solto sobre a família de Berriere sem entrar nos detalhes sórdidos e todos ficam rindo e bebendo um bom vinho. Bronck está feliz de saber um pouco mais sobre a vida da sua amada.

— É bom saber da sua família e amigos querida. — Confessa.

— Nunca imaginei que conheceria os gênios do meio empresarial. Oliver é bem fluente, porém, somente na Suíça né? — Brian pergunta.

— Ele não é um Williams, é um Bovederes. — Explica. — O sobrenome é da família da nossa mãe. Ele é filho somente de minha mãe.

— Então, Bronck essa mulher levará sua empresa ao alto nível. Está no sangue. — Benett explica.

— Isso é verdade, Oliver faz dinheiro com pouco hoje a WilliamsWord tem porcentagem em mais de 20 empresas, seja grande ou pequena. — Benja confessa. — Vive com juros e ainda assim ele investe.

— Bom. Quero me associar a empresa dele seria possível? — Benett chega onde queria desde o início da conversa fazendo todos sorrirem. — Desculpa, me empolguei.

— Acontece! Afinal, é o nosso trabalho se não falarmos disso não tem graça. — Compreensivo Bronck declara.

— Posso comprar 10% é o máximo que podemos fazer. — Benja afirma.

Todos o olham boquiaberto.

— Ótimo. — Lisi agradece.

— Quero férias! — Brian exclama.

— Deixa só eu me casar irmão. — Bronck pede e mais uma vez assente.

— Sossega Brian. — Carmem o repreende.

— Desculpa, com a empresa aumentando estou sobrecarregado. — Sério explica.

— Todos nós! — Séria Carmem o adverte já que está sendo inconveniente.

— Ampliarei o quadro de funcionários. — Berriere o tranquiliza.

— Aí, eu não disse... — Benett constata.

— Verdade a empresa mudou muito nesses últimos meses... com a sua chegada estamos crescendo gradativamente. — Bronck concorda.

— Vamos jantar. — Se levantando Berriere os convida para a sala ao lado.

Se sentam a mesa e conversam sobre vários assuntos. A cada 30 minutos Brian pede férias.

— Brian, você está de férias! — Berriere é finalmente convencida.

— Obrigado. — Agradece.

— Berrie? E nós? — Bronck fala não concordando com a situação.

— Daremos um jeito, ele está exausto. — Conclui já que não mudará de ideia. — Amanhã vou resolver isso.

— Conheço duas advogadas maravilhosas que trabalharão como substitutas dele e adorariam ser advogadas interna na ExporMondova. — Carmem considera uma opção.

— Entre em contato com ambas, por favor. — A própria aceita a opção.

"Resolvemos algumas questões durante o jantar e voltamos para a sala. A Mira estava tão quieta sentada no canto que ninguém reparou que ela dormiu."

Berriere conta ao Benja que Mira está dormindo e oferece o quarto de baixo para que eles passem a noite em sua casa. Assim que a coloca na cama Berriere conta tudo que ficou sabendo.

— Já sei Riere, o Baby conseguiu resgatá-la um pouco machucada, mas está no Oliver. — Conta da novidade.

— Mentira, bateram nela? — Triste pergunta.

— Bastante. — Benjamin afirma. — Baby está furioso e por esse motivo voltaremos amanhã para a Suíça, tenho que segurar ele para não fazer merda.

— Você vem para meu casamento né?!

— Não, mas Baby, Bell e Oliver virão. — Explica que terá que ficar lá para que eles venham a cerimônia. — Fica tranquila que volto assim que você casar.

Conversam mais um pouco até que Bronck aparece.

— Benett está indo e o Brian com a Carmem também. — Bronck Relata.

— Benja descansa um pouco. — O deixando no quarto voltam a sala para se despedir dos amigos.

Após cumprimentar a todos, os dois vão para seu quarto tomam banho e se deitam.

— Amanhã teremos que resolver isso dos advogados. — Sonolenta Berriere relata. — Não reparou como foi inconveniente para que suas férias fossem liberadas? Está cansado. Casamos quando ele voltar, a Carmem ocupará o lugar do Bartra e contratamos às duas advogadas. — Sem reclamar concorda.

Não demora muito ambos pegam no sono.

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