Minha Amada Ômega romance Capítulo 110

EVANGELINE.

Nada, vazio.

Sinto como se estivesse no limbo, desde que ela me jogou aqui, tomando o controle de mim, me sinto presa aqui.

Sozinha...

Não consigo sentir Luna, muito menos sentir ou ver qualquer coisa.

Estou apenas no vazio do nada, talvez para sempre.

Como um estado de coma.

Mas, por quanto tempo?

Não sei...

Quanto tempo mais ficarei aqui?

Até isso é algo que não tenho respostas...

Sinto tanta falta dele... Do meu parceiro que quero comigo.

Meu maior arrependimento é que as últimas coisas que disse a ele foram por raiva, e agora não vamos mais nos ver.

Se eu tiver a chance de encontrá-lo novamente, eu vou corrigir esse erro, prometo nunca mais brigar com ele de novo.

Por favor, que eu tenha essa chance de novo.

Porém, não há nada que posso fazer, até mesmo quando tento me forçar a me mover, nada acontece.

Não consigo abrir os olhos, nem mesmo me mexer...

Eu deveria ser uma deusa, mas aqui estou eu...

Totalmente inútil.

Oh, Zedkiel...

Pensar nele é o que me mantém com esperanças para não me entregar ao vazio, não posso desistir, nunca.

Preciso acreditar que ele vai consertar tudo, de alguma forma...

De algum jeito...

Por favor...

A eternidade parece passar diante de mim e sinto como se minha consciência estivesse lentamente se esvaindo.

Imagino o cheiro de Zed comigo, mesmo que não seja real, ainda é reconfortante.

Sinto sua falta...

Meu peito se contrai conforme o cheiro fica mais intenso, sinto as faíscas mais belas e animadoras passando por mim quando sinto mãos fortes me virando de onde estive por seja lá quanto tempo. Como senti falta dessa sensação.

Um coração batendo forte e aquele cheiro, não pode ser... Só pode ser um sonho!

Ele realmente me encontrou?!

"Ratinha... Minha Ratinha!" Sua voz, tão profunda e sexy, faz meu coração quase saltar para fora de mim.

Ele me puxa para seu peito, e sou envolvida por emoções tão poderosas que tudo que quero fazer é abraçá-lo e tomar seus lábios, pedir desculpas, mas ainda não consigo me mexer.

"P*rra, é você mesmo... Evangeline, acorde."

Sinto uma urgência em sua voz quando seus lábios encontram minhas bochechas, a minha boca, pescoço e todo o redor. Cada beijo tão macio e delicado, deixando um toque de conforto em cada parte do meu corpo.

Não consigo abrir os olhos, mesmo tentando, me sinto morta e inútil, mas quero reagir a cada beijo dele, cada toque.

"Vamos, acorde." Ele dá um tapa em meu rosto e, apesar de sentir, não consigo responder.

Estou lutando contra isso, mas é inútil, o medo começa a tomar conta de mim ao pensar que talvez eu fique presa assim para sempre, não sei o que fazer para ele saber que estou o ouvindo.

"Nada... O que eu faço agora?" Está falando consigo mesmo, enquanto me levanta até seu colo.

Quero dar um sinal de que estou aqui, acalmá-lo, mostrar que não estou completamente morta, mas meu corpo não me responde.

"Me desculpe, Minha Ratinha, eu sinto muito..." Murmura.

Sente muito? Do que?

De repente, sinto uma dor aguda no pescoço, antes que faíscas intensas irrompam através de mim, e assim percebo o que ele está fazendo.

Ele está me marcando!

Essa pontada de dor é substituída por onda após onda de prazer delicioso que percorre meu corpo. Sinto o vínculo se fortalecer e algo estala, e assim minha respiração ofega, junto de meus olhos abrindo, vendo toda a névoa diante de nós.

Meu coração bate forte e eu agarro seus braços enquanto ele congela com o choque, pouco depois tirando seus dentes de mim e passando a língua por minha marca. Me tremo por inteira de prazer, enquanto ele me beija no pescoço com paixão.

"Funcionou." Ele respira, alívio inundando sua voz, sua mão enrolada em meu cabelo enquanto ele me puxa para trás pelos cabelos. "Realmente funcionou."

Me deparo com ele me olhando intensamente com aqueles olhos flamejantes, cheios de emoções que me fazem não impedir as minhas lágrimas de cair, é ele.

Está um tanto diferente, cabelos caindo pelos ombros em tranças, muito maiores, o que me faz querer saber quanto tempo estive por fora...

Mas pelo menos ele está aqui, onde quer que esteja, não importa como e quando, estamos juntos.

Jogo meus braços em volta de seu pescoço, meu coração na garganta.

"Zedkiel..." Minha voz soa diferente até para mim mesma, mais intensa, melódica, como se ressoasse por todo este reino. "Você veio, por mim..."

"Eu sempre luto por nós dois." Ele murmura, acariciando minhas costas e a lateral dos meus seios e cintura.

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