Minha Amada Ômega romance Capítulo 111

KASH.

Mais uma noite se passou e estamos seguindo nosso caminho novamente.

Mesmo estando estagnados e sem ter o que fazer, só podemos continuar andando e eventualmente pensar em uma forma desse famoso guardião não pegar o Zedkiel.

Eu estaria sendo um iludido se achasse que Zed vai voltar na mesma noite.

Sei que Ziahra disse que o tempo passa de forma diferente lá, e é isso que está me estressando.

Às vezes, os dias lá podem ser anos para nós, ou vice-versa, dez anos podem se passar por lá enquanto por aqui é um piscar de olhos.

Quanto tempo será que se passou para ele por lá? Será que meu amigo volta a tempo?

Evelyn esteve se comportando bem neste tempo, bem quieta até, passando seu tempo observando Zerachiel atentamente.

Ele realmente carrega muita arrogância consigo. Realmente não sei como Zed consegue aguentar isso todo dia, talvez o fato dele ter o ignorado por anos tenha sido na verdade uma benção.

Neste momento, todos estão dormindo, ou deveriam estar, enquanto estou sentado perto de um dos pilares, no canto da sala. Estou de olho neles, e também preocupado com Isa lá na alcateia.

Desde hoje cedo eu tive essa sensação que me incomoda e, talvez eu só precise ligar para ela, isso iria me relaxar. Ou quem sabe é só a tensão e o stress me fazendo ver coisas? Bom, de qualquer forma, iria me relaxar.

O único problema é que não tenho celular comigo agora, estou até tentado em pedir o da Ziahra emprestado.

Mas, por mais que ela tenha um corpo incrivelmente sedutor, ela é uma megera de marca maior.

E está de guarda esta noite também, encostada em uma árvore não muito longe.

Me pergunto se escolhi esse lugar para ter uma boa visão da... Não sei.

Suas calças de couro preto são tão justas que parecem ser pintura corporal. Como será que aquele traseiro sexy entrou perfeitamente nelas? Junto dessas coxas tão grossas e perfeitas para ele.

Sigo minha visão até suas curvas e cintura tão fina. Está de cropped esta noite, mesmo com o frio, sem nem um casaco. Ela se estica por um tempo, revelando seus impressionantes músculos quando se vira, pondo sua linda cabeça cheia de tranças encostada na árvore.

"Eu sei que está olhando." Ela diz em um sussurro.

"E daí? Só me perguntando se vampiros não sentem frio, ou será que já está acostumada por causa do seu coração gelado?" Respondo de braços cruzados.

Ela se vira e levanta uma sobrancelha enquanto vai até mim, isso vai ser interessante.

Levanto também, sentindo a dor passando pelo meu corpo como se milhares de fios elétricos tivessem me eletrocutado.

Está piorando, às vezes sinto como se meu coração fosse parar a qualquer momento.

"Não sentimos frio, mas o calor sim." Ela diz, com seus olhos descendo enquanto ela me admira sem um pingo de vergonha, bom, assim como eu já fiz, aqueles belos olhos em mim de novo.

Essa atração intensa entre nós ferve e o desafio em seus olhos desaparece por um tempo.

"Você sabe que existe um preço a se pagar, e só ele vai te curar..." Ela começa essa conversa.

"Um preço... Prefiro não ficar em dívida com ninguém, então não, obrigado." Respondo, nossos olhares se encontram novamente, um olhando nos olhos do outro.

O preço para ser curado... É um preço que sei que não será nem um pouco certo para mim.

Ela se aproxima depois disso. "Hmph." Bufa, enquanto me encara.

Seu perfume é tão doce e encantador, como se fosse cereja com chocolate, mas também sei o quão letal ela pode ser, como uma flor venenosa.

"Você que perde." Ela diz depois de um tempo. "Agora, vem comigo."

Há um comando em sua voz e, por mais que eu não queira, também sei que, se eu quiser um celular bom aqui, vou ter que no mínimo não irritá-la nessa noite.

"Por que você não contou para ele?" Ela pergunta enquanto vamos em direção ao templo.

Ela não precisa explicar o que está falando quando entramos, mas em vez de seguir em frente, ela se vira para a esquerda e vai andando, meu olhar vai até aquela parte específica dela de novo.

Realmente, é a mais sexy que já vi.

Dr*ga.

"E o que mais contar? Quando não vai dar em nada mesmo." Dou de ombros, olhando para as heras que se infiltraram dentro das paredes do templo. Com o tempo, elas conseguiram até mesmo destruir toda estrutura do templo.

Devagar e constante... Mas, no fim, conseguiram...

"Creio que é verdade isso." Responde, olho para ela de novo, sentindo uma mudança nos batimentos dela.

Chegamos até um arco quebrado com uma escadaria para baixo, mas paro no caminho.

"Não parece muito satisfeito, o que foi?"

"Estou perfeitamente bem." Ela diz, balançando a cabeça.

Mas eu não sou burro.

Ela está prestes a descer a escada, quando não consigo me segurar em segurar seu braço e a virar com força, querendo ver sua expressão no rosto.

Os olhos dela brilham em um belo tom de vermelho, como rubis, seus seios arfando enquanto ela olha para mim.

"A escolha foi sua, esqueceu? Então por que se importa tanto assim?" Pergunto, sem conseguir nem disfarçar minha raiva pela voz.

Ela pisca, seus cílios escuros acariciando suas bochechas antes de olhar nos meus olhos.

"E quem disse que eu mudei de ideia? Só tentei te oferecer uma chance de ainda viver." Ela diz, encostando no meu rosto com mais força que o normal. "Não fique tão animado ou com expectativas."

Dou uma risada sarcástica, a apertando mais ainda, minha mão segurando seu braço. "Não me teste, Ziahra."

Eu odeio como o nome dela chega até mim, toda vez que falo ele, detesto...

"Igualmente, Kash." Ela responde desafiadoramente.

Nossos olhos se encontram e, logo depois, me perco naqueles lábios vermelhos-cereja.

Como é possível odiar alguém com todas as suas forças, ao ponto de que a própria existência dele te enfurece mas, ao mesmo tempo, querer f*der esta pessoa até não conseguir aguentar mais?

Ela sorri, quase como se pudesse ler minha mente antes de eu soltá-la.

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