Minha Amada Ômega romance Capítulo 122

ZIAHRA.

Já se passaram duas horas desde que quebrei seu pescoço, mas ele ainda está imóvel.

O coração dele não bateu desde já e ele simplesmente está ali, caído e sem vida.

O que foi que eu fiz? M*rda, eu matei ele mesmo?!

Meu coração está disparado enquanto coloco sua cabeça em meu colo. Ainda estamos no quarto de motel dele, um lugar que dá para invadir sem problemas.

Mas não tem como eu levá-lo para um lugar mais vazio ou seguro agora.

O Corvo Negro ainda pode estar por aí e se estiver... Deus, não quero nem pensar nisso.

Ele tem que ser forte o suficiente para aguentar o tranco!

Vamos Kash, você consegue!

Através do meu estado de pânico, de alguma forma consegui dizer para Blade que não vou ficar de vigia com ele hoje porque tinha outros assuntos a resolver, espero mesmo que ele tenha caído nessa. Ele já me perguntou duas vezes quando é que estarei livre, mas não posso responder agora.

Ele sabia que eu estava com Kash... Isso também não posso negar.

Sei que preciso ir até lá, mas não posso, não até saber se ele vai ficar bem.

Ele tem que estar bem...

Toco minha marca, passando meu dedo sobre a que ele deixou em mim. Consigo senti-la se tornando uma só com minha pele, mas não tive a chance de olhar para ela ainda... Muito menos queria, faria tudo ficar mais real e intenso ainda.

Coloco minha mão sobre ele, cantando na língua antiga. Ainda posso sentir minha marca, mas os outros não vão conseguir vê-la com isso.

Olho para a garrafa de sangue de 2 litros que está ali, esperando por Kash. Mandei Gray pegar um pouco para mim, porque sei que, quando ele acordar, e ele vai, vai estar cheio de sede.

Ele pode até nunca me perdoar pelo que eu fiz, mas não vou deixá-lo morrer. Posso conviver com o ódio dele para sempre, contanto que isso signifique que ele vai sobreviver.

Mesmo que não fiquemos juntos, quero que ele viva da melhor forma possível que der.

Será que é mesmo o que quero?

Mas, e se isso incluir outras mulheres?

Passo a mão por seu cabelo preto e sedoso, aproveitando a sensação deles como calmante. Meu olhar vai direto na mordida que dei nele na primeira vez que nos vimos.

Ele estava vestido todo de preto, com uma máscara cobrindo o rosto, e lembro de ter visto aqueles olhos verdes penetrantes em mim quando ele invadiu nossa base.

Um lobisomem sozinho passou pela nossa segurança, fiquei impressionada, mas infelizmente ele não foi tão longe quanto queria.

Só depois de mordê-lo, pronta para cortá-lo em pedaços, que senti as faíscas pelo meu corpo.

E foi naquele momento que eu sabia que havia algo entre nós dois. Ele também estava chocado demais quando tirei sua máscara, meu coração quase parou com o quão lindo ele é.

O início de um estranho vínculo proibido que nunca deveria ter existido em primeiro lugar...

Suspirando, passo os dedos pela marca da mordida.

Está desaparecendo, oh não...

Abaixo a cabeça, sabendo que acabei de cavar minha própria sepultura.

Transformar alguém é estritamente proibido nas leis atuais, agora um lobisomem?

Isso foi o pior pecado possível

Assim que ele se transformar, os outros saberão, e eu provavelmente vou ser mandada para o Vadam pelo meu próprio time.

Meu tempo está se esgotando e sei que em breve terei que agir e fazer algo.

Passando a mão por seu peito, aproveito a sensação daqueles músculos bem definidos dele, pensando em um plano.

Jogamos esse jogo de empurrar e puxar... Mas no fim, não devíamos ter...

De repente, ouço a porta aberta e olho para trás rapidamente, com um salto e me afastando do Kash caído.

Meu coração dispara enquanto olho para Blade, que está ali, encostado na porta. Seu peitoral arfando quando vê a cena diante dele, e foi assim que eu percebi que ele já reparou em tudo... M*rda.

"Ziahra, o que foi que você fez?!" Ele grita assim que me vê.

Logo depois entrando e trancando rapidamente a porta.

Seus olhos viram direto para mim, vermelhos flamejantes quando segura meu braço com força.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Minha Amada Ômega