Minha Amada Ômega romance Capítulo 148

ZEDKIEL.

Um vento frio passou por mim enquanto olhava para o túmulo a minha frente, com o coração pesado. O funeral de todos os que faleceram e para o nosso rei, foi no dia anterior...

Fitei o epitáfio gravado na lápide.

'AQUI JAZ O CORPO DE UM REI, UM PAI AMOROSO E UM ALIADO RESPEITADO. ALFA SUPREMO AMBROSE VILKAS'

Pai…

Quatro dias se passaram desde que retornamos, havia muito a ser feito embora estivéssemos organizando tudo. Mas todos precisávamos de um tempo para lamentar aqueles que perdermos.

Foi um golpe duro, todos nós perdemos alguém que amávamos. Suas lembranças perdurariam em nossos corações.

Eu me agachei diante da lápide e admirei as flores que adornavam o chão ao redor do túmulo.

Pai... eu gostaria de ter dito isso a você quando estava vivo, mas... queria que soubesse que sempre apreciei tudo o que você fez por mim. Pela confiança. Obrigado por me tratar como pessoa e não como um monstro... eu te amo, pai...

Cerrei os olhos, permitindo-me sentir a tristeza se espalhar por mim. Eu abaixei a cabeça, Maryka e Danciana... elas iriam pagar... assim como resto dos outros traidores envolvidos.

Todos os membros do tribunal foram destituídos de seus cargos, os que ainda não estava presos estavam sendo investigados minuciosamente.

Ragnar, Chasyn e Alcazer apoiaram Evangeline, e eu sempre serei grato por isso…

Ao escutar o som de passos, olhei para cima, então vi Alcazer, que ao me ver ali tentou se afastar. Desde que matei Odette, ele não tinha me perdoado e por que deveria? Eu matei a esposa dele e não fui responsabilizado pelo meu crime.

"Alcazer!" Eu o chamei, impedindo-o de ir embora. "Eu já estou indo."

Ele se virou, franzindo o cenho, e foi até o túmulo. Era óbvio que ele estava ali para visitar o túmulo dela...

Dei um passo para trás quanto ele lançou um olhara para o túmulo de papai, era evidente que ele estava me evitando. Apesar de respeitar Evangeline, ele não fazia nenhum esforço para esconder seu ódio por mim.

O que era bom... mas fiquei em dívida com ele.

"Antes de ir, quero me desculpar." Eu disse. "Sinto muito por ter matado Odette. Sua irmã feriu minha companheira e eu descontei minha raiva na sua, que estava apenas tentando proteger sua irmã patética. Foi errado... nem consigo imaginar como é ter que tolerar o homem que matou sua esposa. Sei que minhas palavras não podem trazê-la de volta, mas queria que soubesse que sinto muito."

Ele parecia atônito com o meu pedido de desculpas, enquanto olhava para mim, nossos olhares se encontraram, porém isso não o impediu de me alfinetar.

"Um pedido de desculpas não corrige o que aconteceu." Ele disse friamente, desviando o olhar de mim. Como se olhar para mim por muito tempo o enojasse.

"Eu sei, mas realmente me arrependo do que fiz. Cometi muitos crimes, e por ser um príncipe, meu Lycan se aproveitou disso, afinal nunca fui punido... Eu só gostaria de ter sido mais forte para poder contê-lo, mas não fui." Eu disse baixinho.

Ele permaneceu em silêncio, mas suas mãos estava cerradas em punhos, tremendo levemente.

Sua voz mal passava de um sussurro quando ele se pronunciou.

"É muito fácil pedir desculpas... Você sabia, quando ela estava sendo preparada para o enterro... descobri que ela estava grávida?"

Meu coração deu um salto e olhei para ele em choque, o arrependimento que sentia se multiplicou.

Eu matei o filhote deles.

"Eu…"

"Sim, tem algo para dizer agora?" Ele falou, finalmente me encarando. Havia apenas tristeza e amargura em seus olhos.

"Não, e... eu entendo como você se sente. Mais do que você imagina." Eu murmurei.

"Você nunca entenderá como é perder um filho." Alcazer respondeu com amargura, seus olhos estava cheios de lágrimas as quais ele se recusava a deixar cair. "Eu não pude proteger minha mulher ou meu filho, mais do que isso, tive que assistir o assassino seguir com sua vida, como se não tivesse feito nada de errado."

Nossos olhares se encontraram outra vez, ele não carregava ódio, mas uma raiva que mascarava a tremenda tempestade de arrependimento, dor e tristeza que o atormentavam... aqueles eram os olhos de um homem com o coração partido.

Eu havia feito aquilo sem perceber...

Eu fui egoísta e insensível.

"Não, eu nunca seria capaz de ficar sob o mesmo teto que um assassino... mas... eu também perdi um filho e esse vazio não pode ser preenchido. De certo modo, eu te entendo, mas não significa que esteja tudo bem."

"O que quer dizer?" Ele indagou.

"Evangeline estava gravida, mas nosso filho foi o preço para termos uma segunda chance quando a maldição fosse quebrada." Eu expliquei calmamente.

Ele parecia chocado quando olhou para mim, fiquei surpreso em como seu olhar ficou ainda mais triste.

"Sinto muito pela sua perda." Ele disse baixinho, virando-se.

Desta vez foi a minha vez de ficar surpreso.

Não havia chances de salvar esse relacionamento complicado?

Coloquei uma mão em seu ombro e disse: "Sinto muito, Alcazer, se houver uma maneira de compensar... eu farei. É só me dizer que eu farei."

Capítulo 148 1

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