Minha Amada Ômega romance Capítulo 33

EVANGELINE.

Zedkiel deu a Alistair algumas tarefas para ele fazer comigo mais tarde, então nós saímos da sala. Não questionei para onde estávamos indo, mas agora, gostaria de ter perguntado.

Então, olhei para o homem bonito diante de mim enquanto ele fechava a porta atrás de nós e vejo o cômodo suntuoso em que entramos. O lugar estava bem equipado com máquinas de musculação, bancos de levantamento de peso, esteiras e outros equipamentos. Além disso, havia três sacos de boxe nas laterais e uma área aberta para sparing. Não entendi por que ele esperou Alistair terminar de fazer a minha maquiagem e o meu cabelo, todo aquele esforço para me arrumar e ele me levar para uma sala de treinamento. Minha vontade era de perguntar isso a ele, mas ele tirou a camisa e minha mente ficou em branco.

Senti meu coração acelerar quando olhei para aquele abdômen delicioso, a maneira como o corpo dele se flexionava, então meu olhar recaiu sobre a tatuagem em seu braço enquanto ele jogava a camisa para o lado e olhava para mim. "Tire os saltos." Ele ordenou, e olhei para baixo antes de obedecer mas, quando ele começou a me circular eu franzi os lábios.

"Desembucha." Ele rosnou, me fazendo pular.

"O quê?" Eu pergunto, olhando para ele com surpresa.

"Diga o que quer que esteja na sua mente, a partir de hoje, você não é mais uma Ômega, mas a minha noiva. Somos iguais. E a menos que você aja assim, não vamos superar isso." Ele diz com convicção, caminhando para as prateleiras ao lado.

Hesito por alguns instantes e reflito, afinal minha liberdade depende disso. Eu tenho que dar o meu melhor e não demonstrar nenhum temor. Eu aceno para mim mesma antes de olhar para as costas dele, tentando manter os olhos longe de sua bunda. Eu me questiono como deve ser... Tenho certeza de que é firme...

"Estou esperando." Ele rosna, me fazendo piscar.

"Uh, eu estava me perguntando por que você deixou Alistair fazer minha maquiagem se você ia me trazer aqui para treinar." Eu afirmo corajosamente.

Ele fez uma pausa, meu coração ainda pulava dentro do peito, então ele virou o pescoço, olhando para mim. "Até que você tem certo atrevimento." Depois que ele disse isso, espero não ter me metido em encrenca... mas ele tinha dito para eu responder. Fico em silêncio até ele voltar com as luvas de boxe. "Primeiro se aqueça e depois coloque isso. Vamos ver do que você é capaz." Então, ele jogou as luvas e eu as peguei ainda no ar, colocando-as de lado.

Aquecimento... era como as aulas de Educação Física da escola. Eu caio no chão e neste momento como eu gostaria de não estar usando jeans. Perdi tanto tempo me vestindo para nada. Não estou feliz com isso, mas também não posso culpá-lo, ele avisou que o treinamento começava pela manhã... Após uns bons cinco minutos fazendo alongamentos, levanto-me, bastante consciente de que o príncipe não tirou os olhos de mim.

Em seguida ele se aproxima e diz: "Coloque as luvas." Eu o obedeço enquanto ele continua a me observar.

"Pelo que sei, haverá uma rodada de disputa de força física entre as Lunas. Mesmo que você falhe em uma ou duas tarefas, isso não será um problema, no entanto preciso provar que você é forte o suficiente para ocupar a posição." Ele gesticula para que eu me aproxime. "Ataque-me. Vamos ver o que você consegue fazer." Eu o encaro, tentando não prestar atenção no corpo quente, apenas com aquela calça de moletom... Engulo em seco e ele sorri, então segura meu queixo com vigor me forçando a olhar em seus olhos verde-dourados. "Estamos aqui para treinar. Você pode admirar meu corpo mais tarde."

Acho que nunca corei tanto. Minhas bochechas queimam e eu faço beicinho. "Eu não estava…" Eu me interrompo quando ele levanta uma sobrancelha.

Depois disso, recobrei a concentração e lembrei que ele pedira para eu atacá-lo, mas hesitei. Ele que eu apenas o atacasse? Eu não sabia muito como fazer isso, porém ia dar o meu melhor. Durante muito tempo observei Sinclair treinar, acho que devo conseguir imitar alguns movimentos.

'Vamos." Ele comanda, respirando fundo, então eu avancei e lhe dei um soco com toda a força que tinha, ofegando quando atingi seu abdômen. Uma dor subiu pelo meu braço me fazendo encolher e cambalear para trás.

"Ai." Eu choramingo, já na espera de um ataque de raiva, mas não acontece nada. Eu seguro minha mão e examino aquele abdômen, por que ele estava tão duro!

Ele ergue uma sobrancelha e dá um passo para trás. "Ok. Você nem sabe como dar um soco." Apesar do meu fracasso, ele não parecia zangado.

"Desculpe... eu não tinha permissão para treinar." Eu murmuro, sentindo a dor latejante no meu pulso.

Ele assente com aceno. "Você queria treinar?" Ele indaga. "Apenas imite meus movimentos." Sua postura muda e ele dá um soco para frente. Eu examino a posição, me esforçando para não desviar a atenção para a aparência de seu corpo ou como a saliência do V desaparece dentro da calça de moletom, e eu o copio.

"Sim, eu queria. Sempre achei que seria bom se eu soubesse alguns movimentos para me defender." Eu comento enquanto ele demonstra uma sequência, eu o imito mais uma vez e ele vem atrás de mim. Perco o fôlego quando ele agarra minha cintura, o coração trovejando, e ele cutuca meu tornozelo com o pé, corrigindo a minha postura.

"Sempre mantenha os pés paralelos aos ombro. Não os deixe tão juntos ou você perderá o equilíbrio." Ele pontua. Aceito sua correção, tanto me manter concentrada, mas só quando ele sai do meu campo de visão é que isso é possível. Faço exatamente como ele me mostrou e ele acena com a cabeça. "Tem algo dentro de você que deseja aprender. Diga-me, Ratinha, você se sai melhor sob pressão ou com medo?"

Meu coração dispara quando ele faz outra sequência de dois movimentos e eu imito seu movimento. "Nenhum dos dois."

"É mesmo? Então, como você espera aprender?"

Paro por um segundo franzindo o cenho concentrada em dar o meu melhor para acertar a postura. “Com muito trabalho duro, nem tudo se consegue pelo medo ou força Zedkiel.” Eu respondo, congelando ao perceber que acabei de dizer o nome dele. Meu coração bate mais forte quando ele agarra meu cotovelo, virando-me para encará-lo. Eu estava tão absorta em fazer o melhor que nem pensei!

"O que você acabou de dizer?" Os olhos dele ardiam em escarlate e meu estômago estava repleto de borboletas.

"Nem tudo se consegue pelo medo ou pela força." Meu pesadelo reprisa diante dos meus olhos e eu tento me libertar, mas o medo me controla e ele se recusa a me soltar.

"Depois disso." Ele rosna, sua mão ondulando sob meu queixo.

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