Minha Amada Ômega romance Capítulo 37

ZEDKIEL.

Uma semana depois.

Naquela noite, eu errei.

Por um momento fugaz, eu a vi relaxar e ao invés de fugir de mim, ela abraçou nossa proximidade. Até que eu f*di tudo e rasguei sua carne. Não me lembro exatamente o que aconteceu. Só sei que a vontade de provar o sangue dela assumiu o controle e eu a mordi. Depois disso, só me lembro de ver sua carne dilacerada e o sangue escorrendo pelo seu peito enquanto ela se encolhendo do outro lado do banheiro.

Porém, o que mexeu comigo, foi o seu olhar.

O medo... o pavor da besta diante dela. O mesmo medo que vejo nos olhos de todos...

Então, eu a encontrei no chão do banheiro gritando e logo em seguida ela perdeu a consciência, provavelmente por causa da perda de sangue. Eu me pergunto o quanto eu bebi e embora odiasse isso, o sangue dela me rejuvenesceu como nenhum outro e eu ansiava por mais. Eu desejava por muito mais, mas eu sei que não posso. Assim, a carreguei para a cama e a enfaixei antes de limpá-la, esperando que ficasse bem.

Quando ela acordou na manhã seguinte, suas palavras ainda se repetiam em minha mente, enquanto ela encarava o nada, recusando-se a olhar para mim.

"Vou ajudá-lo a vencer o torneio, mas preciso que prometa ficar longe de mim." Não havia medo ou preocupação em sua voz. A falta de emoção a fez soar ríspida...

Como sempre, eu estraguei tudo.

Eu concordei com o que ela me pedira e desde então só a encontro para o treinamento de combate, mesmo assim Alistair ou alguém está sempre junto. Ela está melhorando, mas ao mesmo tempo, sinto como se estivesse fechada. Alistair cuida do restante e foi melhor deste jeito. O único problema é que hoje é o dia do nosso casamento, se é que posso chamar assim. Será apenas uma cerimônia curta, só para as famílias Alfa e o tribunal superior. Porém, isso significava que teríamos de agir como um casal, algo que é bastante complicado quando sua esposa tem medo de você... Não fui o único a ter uma esposa por meio de um casamento arranjado, mas deveríamos pelo menos mostrar que nos dávamos bem.

Eu me olho no espelho, ajeitando a gola branca da camisa.

"Você está absolutamente lindo, Alfa." Alistair diz, segurando jaquetão meu paletó.

Eu levanto uma sobrancelha, mas não digo nada e permito que ele me vista. De alguma maneira, ele se tornou alguém que está sempre por perto, além de conquistar o título de nosso assistente pessoal. Papai ficou surpreso quando eu disse que o havia escolhido para ajudarEvangeline, junto com isso, ele me ofereceu o posto de seu conselheiro no tribunal, mas recusei. Além do mais, ela se sente confortável perto de Alistair, ele é o único que recebe seus sorrisos e se eu não soubesse, com certeza, de que ele não a via do mesmo modo que eu, ele já estaria morto.

"Ela está pronta?" Eu pergunto, terminando de abotoar um dos botões do paletó preto.

Ele abre um sorriso largo enquanto me admira. "Sim. Ela está tão bonita quando você."

Lancei um olhar gelado antes de me virar. "Então, diga para ela sair. Você disse a ela que devemos pelo menos agir como um casal?"

"Sim... mas talvez, meu príncipe, você mesmo pudesse..." Ele hesita quando meus olhos tornam-se vermelhos e o encaro pelo reflexo do espelho.

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