Minha Amada Ômega romance Capítulo 55

EVANGELINE.

No dia seguinte, lá estávamos nós, lado a lado como se nada tivesse acontecido na noite anterior. Mas isso, era apenas para manter as aparências, pois eu podia sentir os muros que Zedkiel havia erguido ao seu redor.

Meu companheiro... O homem com quem um dia sonhei e esperei, aquele que eu esperava que me encontrasse e reivindicasse antes de eu abrir os olhos. No entanto, nunca poderia imaginar que este homem fosse o Príncipe Alfa Zedkiel Vilkas. E no fim, ele fez tudo o que eu esperava que meu companheiro fizesse, certo?

Ele me reivindicou, me protegeu e deixou claro que eu era dele... mas então, por que havia tantos conflitos e mal-entendidos entre nós?

Houve uma época em que eu achava lindo o vínculo entre companheiros. Como se sua vida se transformasse em um conto de fadas quando você o encontra, para enfim viver o felizes para sempre, mas as coisas não eram assim...

Com o canto do olho, admirei o homem bonito ao meu lado. Um homem que exalava poder e domínio. Nunca imaginei que alguém como ele pudesse ser meu companheiro... Sempre pensei que seria alguém de uma patente mais baixa, tipo um guarda, no máximo. Mas Zedkiel...

Naquele momento o olhar dele era rígido e frio, além disso, ele era muito mais do que eu. Eu era apenas uma simples Ômega em comparação a ele...

Contudo, ele nunca me tratou de acordo com minha patente, claro que ele foi duro e perdeu a paciência em alguns momentos, porém, foi o único que desafiou tudo e me defendeu de fato.

Seus olhos afiados como joias se abaixaram, e ele fixou seu olhar no meu, fazendo-me engolir em seco. Essa breve troca de olhares me fez lembrar de como ele saíra furioso do quarto na noite anterior. Ele arqueou uma sobrancelha em interrogação e eu rapidamente desviei o olhar.

"Sem mais delongas, vamos dar uma olhada nas pontuações da primeira rodada do torneio!" A voz de Cole, um dos membros do Tribunal Superior, ressoou pelo alto-falante.

Neste momento meu coração estava aos pulos, e me virei para olhar o telão acima de nós. As fotos dos oito casais apareceram projetadas. À medida que os números do placar giravam.

Eu estava ansiosa para saber como tínhamos nos saído.

Eu estava nervosa enquanto assistia os resultados, me perguntando como tinha sido o meu desempenho....

Torcia apreensiva pelo melhor...

Primeiro saiu o resultado de Chasyn e Maryka, logo abaixo deles apareceu a nota 7,1. Além de uma análise dos indicadores avaliados e notei que a pista de Maryka foi o que os fez ter uma média bastante baixa. Meu estômago revirou de nervosismo enquanto eu aguardava pacientemente pelo meu resultado.

Sinclair e Celia obtiveram 6,8... Amar e Vienna, um dos casais que já estavam casados antes do torneio, fizeram 8,4.

Então, agarrei o braço de Zedkiel, sem perceber o que havia feito, até senti-lo tenso, porém não o soltei porque tinha percebido o olhar de Sinclair sobre mim. Assim, ignorei-o e continuei a olhar para o telão, ao lado dos nossos nomes apareceu a nota 9,4.

Alguns casais olharam para nós, no entanto eu soltei um suspiro de alívio. A nota era excelente!

"Conseguimos!" Sussurrei para Zedkiel, que simplesmente me encarou antes de voltar a analisar o telão.

O restante dos índices apareceu, mas eu já não estava mais tão preocupada em lê-lo. Quando os resultados finais apareceram, nós estávamos no topo, seguidos por Amar e Vienna.

"Parabéns a todos vocês." Fraco disse. "Ontem à noite ocorreu uma situação séria e uma vida estava em perigo, sei que todos já devem ter ouvido falar. Porém, gostaríamos de dizer para que permaneçam vigilantes e em segurança."

Em seguida, o Rei Alfa Ambrose deu um passo à frente e fez uma ceno para Franco, enquanto isso, eu tentava ignorar todos os olhares que estavam sob mim. "Além disso, se eu descobrir que alguém que está participando do torneio ou alguém agindo em seu nome está por trás do ocorrido, os responsáveis serão expulsos do torneio imediatamente e punidos."

Um silêncio se instalou no ambiente e o rei continuou após alguns momentos. "Obrigado e parabéns a todos. O desafio desta noite será um que tenho certeza de que todos iremos gostar. Será um combate corpo a corpo entre os Alfas!"

Todos irromperam em aplausos e escutei Zedkiel murmurar “que tolice” e eu não discordei dele. Foi naquele momento que me questionei se os outros entendiam que o vencedor da competição assumiria o trono. Portanto, aquela era a maneira mais sábia de se escolher o futuro Rei? Nós precisávamos de um rei que cuidasse de nosso povo, alguém que fizesse o melhor para o reino. O torneio seria mesmo um meio para provar isso? Ou era apenas uma forma para agradar o povo, afinal, era necessário escolher um Rei e não um campeão...

Mas, mantive tais pensamentos para mim mesma enquanto os oito Alfas se entreolhavam. As regras e o horário da próxima rodada foram anunciados e a emoção de todos foi ao furor. Os oponentes seriam sorteados na hora do combate.

"Preparem-se para comer terra." Zedkiel disse antes e se virar para sair. Eu o segui, tentando não correr, mas ainda tentando acompanhar seu ritmo. "Você não precisa me seguir."

A frieza de seu tom gelou minha espinha, mas após o ocorrido da noite anterior, não podia culpá-lo, e precisava me desculpar.

"Zedkiel... sobre ontem à noite... eu me expressei mal. Nem sei por que eu disse aquilo." Sussurrei suavemente.

"Mesmo assim você disse e não estava errada. Afinal, sou basicamente um monstro frio e sem coração." Ele zombou, indo embora. "Fique longe de mim."

Soltei um suspiro tímido, mas não o segui. Além do mais, eu precisava ver a Oráculo e se Zedkiel queria espaço, daria isso a ele. Pelo menos até a hora do combate, pois estaria lá para apoiá-lo.

Então, examinei o corredor e fui em direção aos aposentos do Oráculo. Era hora de obter algumas respostas.

Não demorou muito e cheguei à sala da Oráculo, porém, a cada passo que eu dava a dúvida crescia dentro de mim.

'Você vai se arrepender.' Aquela voz ecoou novamente.

'Não. Não vou, e sei o que vou perguntar.' Eu retruquei friamente.

Respirando fundo, bati na porta.

‘Ainda dá tempo, vamos embora!’

'Não.'

Naquele instante, pude sentir uma forte determinação que queria que eu desistisse.

'Não, na verdade tenho algo muito importante para perguntar a ela.' Falei com firmeza.

'Você precisa me ouvir, Evangeline, você me deve isso!' Ela sibilou.

'Não, não lhe dar ouvidos.' Respondi, batendo novamente.

Ansiosa para que alguém abrisse a porta...

'Não confie nela. Ela não é quem você pensa que ela é. Estou tentando cuidar de você, estou te avisando.' Ela sussurrou em um tom ameaçador.

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