Minha Amada Ômega romance Capítulo 60

ZEDKIEL.

Eu olhei para ela no mesmo instante, lançando um olhar fugaz para a porta antes de me agachar no chão diante dela. Não havia como Evangeline ter matado alguém, muito menos a Oráculo. A mulher era um dos seres mais poderosos.

"Escute, você não a matou." Eu disse baixinho, esfregando seus braços para confortá-la. Demorei-me alguns segundos saboreando aquelas faíscas enquanto minhas mãos afagavam seus braços.

Não sabia como elas voltaram, mas estava feliz por senti-las de novo... Ela era minha...

"Fui eu... eu a matei, Zedkiel! E-Eu fui vê-la... para fazer a minha pergunta! Então... Então eu a matei!" A voz dela expressava seu pânico e ela começara a tremer também. Eu podia ouvir seu coração trovejando com um cavalo a galope.

O medo e o arrependimento estavam estampados em seus olhos.

Ela não a matou, eu tinha certeza disso, mas ela pensava que sim.

Não fazia a menor ideia de como convencê-la do contrário, então apenas a puxei para perto e a abracei com força e pressionei meus lábios no topo de sua cabeça.

"Escute-me, você não a matou. Estou certo disso e não sei por que você se acha culpada. Mas você não é uma Ratinha assassina, ok?"

"Zed..." Ela choramingou e eu acariciei seu cabelo.

"Olha, preciso que você me faça um favor? Você pode fazer isso?"

Ela se inclinou e balançou a cabeça, mas isso não ajudava em nada para acalmar sua aflição. Eu estava consciente do que o Lobo das Sombras havia dito, porém não acreditava. Ela não tinha nenhuma escuridão dentro dela.

"Eu preciso que você não repita isso para mais ninguém. Deixe-me cuidar disso."

"Não, eles vão saber de qualquer jeito! Eles vão perceber que fui eu, e fui eu que a matei! Tenho que pagar pelo que fiz. Eu tenho que..." Seus olhos estava cheios de lágrimas enquanto ela se agarrava nos meus braços. "Eu não queria! Eu prometo que não!" Ela soluçou.

Por uma fração de segundo, senti uma leve aura ao redor dela, mas ela desapareceu tão rápido quanto veio, e me recordei do jeito que a encontrei na água... Havia algo nela, mas nenhum de nós dois sabia o que era... Por isso, queria que ela perguntasse a Oráculo quem ela era.

"Você disse que foi fazer a sua pergunta, por acaso recebeu sua resposta?" Eu a indaguei.

Então, ela balançou a cabeça positivamente, quando escutei uma batida na porta, fazendo meus olhos brilharem de irritação.

'Estou indo!" Eu rosnei. "Me conte tudo mais tarde." Acrescentei com uma voz muito mais calma e ajudando-a a se levantar.

"Espere, Zed, eu preciso te contar..." Ela parou abruptamente com a boca aberta, mas nenhum som saiu, ela tentou de novo, e mais uma vez ela não diz nada. Ela estava começando a entrar em pênico e eu podia ouvir seu coração desesperado.

O que estava acontecendo?

"Evangeline, está tudo bem, conversaremos mais tarde. Não precisa fazer tanto esforço. Vamos ver o que o papai quer e depois nós conversamos." Eu prometi a ela, tranquilizando-a.

"Eu…" Ela parou e tremeu enquanto olhava para baixo, caindo em uma nova onda de lágrimas. "Deusa..."

"Conversamos depois, agora precisamos ir." Eu disse, caminhando até o armário, pegando uma camiseta regata e vestindo-a. Quando senti suas mãos delicadas puxando a camisa para mim, parei o movimento. Mesmo apavorada e tendo o que parecia um ataque de pânico, ela ainda estava preocupada comigo.

"Eu já estou curado." A pasta que ela havia feito funcionou como mágica e fiquei bastante impressionado. Eu vislumbrei a preocupação em seus olhos, o medo e a preocupação enquanto ela cuidava de mim... Ela se importava. Ela realmente se importava. Eu me virei para olhá-la, segurando seu rosto. "Vai ficar tudo bem."

Ela balançou a cabeça e eu alisei suas bochechas com os polegares, enxugando algumas de suas lágrimas, antes de me abaixar e beijá-la suavemente, e nossa, como o beijo foi bom...

Então, ela envolve os braços em volta do meu pescoço e eu a seguro com força. Ela estava abalada e não tinha certeza se estava bem o suficiente para ir, mas ao mesmo tempo não podia deixá-la sozinho e nem queria.

"Estou aqui, calma." Eu disse baixinho, antes de pegar sua mão e conduzi-la para fora do quarto. Tranquei a porta atrás de nós, não confiava em ninguém naquele momento. Mesmo que os guardas fossem de minha confiança, com a Oráculo morta, isso mostrava que havia algo poderoso atuando no castelo.

-

Quinze minutos depois, todos os meus irmão estavam reunidos no grande salão, junto com suas Lunas. Danciana também estava ali, ao lado de papai, com o rosto tão pálido quando a maioria das outras mulheres. O Beta do papai, Jason, estava conversando com ele sobre algo.

"Alguma resposta?" Papai perguntou a ele, com a boca tensa.

Ele balançou a cabeça e murmurou algo para papai. No entanto, não entendia por que ele estava perto de papai e acabado de falar algo, mas papai apenas acena e olha ao redor. Jason nos deu um breve cumprimento antes de sair. A porta se fechou atrás dele com um baque, ressoando pela sala.

"Como todos já sabem, a Oráculo não existe mais." A voz de papai soou tensa e até Danciana estava visivelmente abalada.

"Nós ouvimos sobre o ocorrido. Como isso aconteceu?" Ragnar rosnou. "Isso é o que acontece quando você deixa outras matilhas entrarem no nosso meio. Eles ficarem neste castelo foi um erro."

“Foi por medidas de segurança.” Jeremiah rebateu baixinho.

"Sim, então nós poderíamos ficar de olho neles, certo? Mas, de algum jeito, a Oráculo está morta." Drystan acrescentou.

"Exatamente, não podemos confiar em nenhum deles." Ragnar zombou.

"O mesmo pode ser dito de sua nova esposa." Alcazer estalou. "Este não é o momento para discussões."

"Concordo. Precisamos descobrir quem fez isso e puni-los pelo crime." Chasyn disse, com os dentes cerrados. Maryka parecia estar em um estado semelhante ao de Evangeline, e fiquei aliviado por ela não ser a única visivelmente abalada. Portanto, mantive meou braço ao redor dela com firmeza, sem dizer uma palavra, tentando descobrir o motivo para ela ter dito que matou a Oráculo.

Isso poderia de alguma maneira estar ligado ao meu Ritual de Sangue ou aos sonhos dela? Eu não queria pensar nisso naquele momento.

"Vou dar uma olhada lá embaixo, ver se consigo encontrar alguma coisa." Eu disse friamente.

"Não." Papai falou com firmeza, me fazendo olhar para ele atentamente.

Não gostava que me dissessem o que fazer.

"Por que não? Todos nós sabemos que sou o melhor em lidar com essas situações. Enquanto o resto de vocês não suja as mãos e fica esperando que seus homens cuidem do restante, provavelmente perdendo informações vitais, eu mesmo irei lá." Eu afirmei comum tom gélido.

Ele ficou em silêncio e olhou para Chasyn por um momento. Ele fez um aceno antes de se virar para mim.

"Zedkiel…"

"O que é?" Eu rosnei.

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