Minha Amada Ômega romance Capítulo 92

ZEDKIEL.

"Hoje à noite, no salão dos príncipes, combinado? Vou garantir que haja bastante comida e bebida." Chasyn disse, lançando um último olhar para Isa, dando-lhe um breve cumprimento e um tapinha no braço antes de ir embora.

Com a expressão fechada, andei rapidamente até a porta dos meus aposentos, destranquei-a e entre. Isa veio logo atrás e eu lancei um olhar para a mesa e o sofá, me lembrando do que havia acontecido ali na noite passada. Não queria estragar aquelas memórias, então fui em direção ao meu escritório.

Isa fechou a porta e me seguiu. Em seguida, abri a porta do meu escritório e fui até minha mesa, sentando-me na cadeira.

Isa entrou e se posicionou atrás da cadeira à minha frente. Ela estava tensa enquanto me observava com seriedade.

"Por que você me chamou?" Ela perguntou, claramente perturbada.

"Quero que você fique de olho em Cole, e não seja vista. Eu permiti que ele fosse liberado, mas não confio nele. Acho que ele pode estar enfeitiçado... e se estiver, ele não terá nenhuma lembrança doque está fazendo, nem mesmo sob o comando de um Alfa o fará se lembrar. Siga-o discretamente e se alguém lhe questionar, finja-se de desentendida. Ninguém pode saber que lhe pedi isso. Não quero ninguém sob alerta." Meu comando foi claro e enfatizei a importância do que deveria ser feito.

Ela assentei com a cabeça, com uma ligeira ruga na testa. "Você quer que eu observe algo em especial? Além de onde vai, devo ouvir suas conversas?" Ela perguntou com clama, embora estivesse inquieta e claramente perturbada.

"Se você puder fazer isso sem ser pega, caso contrário, não se arrisque. Basta ficar de olho com quem ele entra em contato. E por que você está tão estressada?" Eu perguntei sem me conter, o comportamento dela estava me irritando.

"Você deveria saber o por quê." Ela rebateu, como se estivesse chocada por eu ter feito aquela pergunta.

As mulheres conseguem ser tão irritantes. Por que elas precisavam ser enigmáticas?

"Se eu soubesse, não estaria perguntando. Agora, desembucha." Eu rosnei.

Ela encarou a porta, a qual havia deixado entreaberta. "O que o Príncipe Chasyn disse, não quero que Evangeline interprete mal."

Por que Evangeline poderia interpretar de maneira equivocada? Eu já disse a ela que era a única que significava alguma coisa para mim.

Sentei-me e a encarei.

"Ela não vai." Respondi com confiança.

"Você pode ser inteligente, Zed, mas é muito estúpido quando o assunto é mulher. Sinto como se ela soubesse, pelo jeito que ela desconfia de mim..." Ela teve a audácia de dizer isso, cruzando os braços.

Meus olhos faiscaram e eu franzi o cenho. "Não, não sou estúpido, além disso, nunca houve nada entre nós."

"Ela sabe o que aconteceu?" Ela perguntou baixinho.

Quando nossos olhares se encontraram, eu sabia que ela estava falando sobre o que aconteceu entre nós, no dia do seu aniversário de dezoito anos, quase dois anos atrás...

Ela tinha bebido muito e eu também, mas isso não servia como desculpa... a gente ficou namorando, até quase irmos longe demais, mas eu recuei, pois sabia o que poderia acontecer com ela...

De fato, havia mulheres com as quais pouco me importava, mas não podia arriscar a vida dela, ela era irmã de Kash e isso me fez parar e ir embora. No entanto, ela tentou me convenceu a ficar e eu recusei... Mas isso foi há muito tempo e realmente não houve nada entre nós.

"Eu sei, mas ainda assim... tenho a sensação de que ela sabe que há algo, e o que o Príncipe Chasyn disse..."

Eu arqueei um sobrancelha e ela balançou a cabeça.

"O que quer dizer?" Eu indaguei sem paciência.

"Sobre o herdeiro, ele estava falando de Azariah..." Ela sussurrou, hesitando. O medo nos olhos dela era evidente e algo que não se via com frequência, seu coração batia violentamente.

M*rda!

Eu estava tão consumido pelo que Chasyn falava que nem cogitei o que ele poderia estar insinuando.

Azariah... a criança que Isa mantinha escondida, nem mesmo Kash sabia de sua existência. Ele estava em uma missão quando Isa, que estava em uma viagem, voltou com seu filhote recém-nascido. Na época, ela estava apavorada e sem Kash por perto, ela veio até mim em busca de ajuda.

"Nem percebi que era isso que Chasyn estava insinuando." Suspirei passando a mão pelo rosto.

Quando Isa voltou, ela foi forçada a me procurar, afinal, Kash estava em missão. Ela me implorou para esconder o seu bebê, dizendo que ninguém deveria saber a verdade. Ao questionar quem era o pai, ela não me disse nada.

Foi neste momento que Chasyn nos flagrou e viu o filhote recém-nascido, o qual era obviamente filho de um Alfa poderoso, dava ver por sua aura.

Eu estava ciente do terror dela por alguém descobrir algo que ela estava obstinada a manter em segredo. Então, sem pensar direito eu afirmei que o bebê era meu. Assim, convenci Chasyn a não contar a ninguém, mas nunca considerei que isso algum dia pudesse vir à tona ou que eu devesse contar a verdade para alguém.

"Você precisa contar a Evangeline." Ela disse baixinho.

Ela tinha razão, não queria que ela soubesse por mais ninguém. Como raramente vi aquela criança, já me esquecera por completo, ainda mais com tudo o que acontecia. Eu só o vira duas vezes, uma quando ela me contou sobre ele e a segunda vez foi quando a ajudei a levar a criança para uma propriedade, longe da área principal da área da matilha, no canto recanto mais profundo da floresta sul.

"Acho que hora de você contar a Kash também... ele precisa saber a verdade sobre seu sobrinho." Eu a lembrei, algo que já havia lhe dito.

O menino era pequeno e morava com uma Ômega idosa que trabalhava para Isa. Ela e Kash não tinham nenhuma relação com o pai e a família, por causa disso, ninguém percebeu que ela tinha um filho. Ela conseguiu mantê-lo em segredo... até o momento... mas Kash precisava saber.

"Ele vai querer saber quem é o pai..." Isa disse, passando os dedos pelos cabelos.

Sim, não podíamos dizer a Kash que o filhote era meu. Ele nunca me perdoaria. Havia uma regra não dita, Isa estava fora dos meus limites, e eu já tinha errado uma vez.

Eu me recostei na cadeira. "Então, diga quem é o pai dele. Do que você tem tanto medo?" Ela se recusava a revelar a identidade do pai da criança.

Seu rosto empalideceu e ela sacudiu a cabeça. "Eu não posso."

"E quanto a criança? O que você vai dizer a Kash? Não posso falar para ele que a criança é minha. Ele nunca vai me perdoar."

"Eu sei, mas não sei o que dizer a ele. Vou manter isso em segredo. O Príncipe Chasyn pode contar a alguém? Se você garantir que ele não..." Ela se senta, colocando a cabeça entre as mãos por um momento, suspirando.

"Eu não sei, mas ele deveria ficar calado... mas há uma chance de ele ter contado para sua companheira..."

"Não! Não... ela não, ele não pode contar a ninguém! Isso precisa ficar em segredo. Se isso aconteceu, eu vou pegá-lo e ir embora. Eu preciso ir embora." Ela disse, com a voz agitada e o coração aos pulos.

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