Minha Amada Ômega romance Capítulo 98

ZEDKIEL.

Na manhã seguinte resolvi tentar falar com ela. Ela usava um sutiã e calcinha de renda preta muito atraentes, enquanto admirava seu corpo no espelho. Ou melhor o corpo de Evangeline. De qualquer maneira, não podia negar que ela era uma tentação perigosa.

"Você quer se divertir? Você gostou da última vez." Ela sugeriu ao se virar em minha direção. Ela passou a língua pelos lábios antes de morder o lábio inferior.

Seus quadris balançam sensualmente e seu perfume encheu meu nariz. Mesmo assim, Evangeline era diferente... não sabia explicar...

Afinal, ela estava em seu corpo.

"Assim não." Eu disse. O plano era não irritá-lo. "Que tal irmos devagar?"

"Da última vez você não queria ir devagar." Ela rebateu.

"Eu não sabia que era você… agora que sei… não vamos esquecer que você também merecer ser tratada de maneira apropriada." Eu falei com a voz rouca.

Ela franziu a testa, me observando com desconfiança, então ela subiu no meu colo, passando as mãos pelos meus braços.

No entanto, parecia uma traição a Evangeline embora fosse o corpo dela, mas não era ela, e tinha que manter Evelyn calma.

'E eu pensei que você queria ajudá-la.' Zarachiel zombou.

'Ajudar alguém e querer tr*nsar com essa pessoa, são coisas completamente diferente. Você está tirando conclusões precipitadas.'

"Então, o que você tem em mente?" Evelyn disse, passando um dedo pelos meus lábios.

Eu a segurei pelos pulsos, puxei suas mãos para o meu peito.

"Quebre esta maldição que nos atormenta." Eu disse baixinho, acariciando suas mãos.

Eu sabia da necessidade de jogar com inteligência...

Assim, os olhos dela de suavizaram e ela balançou a cabeça.

"Está bem." Ela concordou. Então, fez menção de sair do meu colo, mas de repente pressionou os lábios contra os meus.

Eu enrijeci, recuando por instinto e seus olhos ficaram pretos, e ela me encarou com desconfiança.

"Como eu disse, vamos devagar." Eu ressaltei, beijando suas mãos suavemente.

Por favor, Evangeline, não me odeie..

'Sim, se continuar a beijá-la, ela vai querer mais.' Zarachiel disse com escárnio.

'Eu sei o que estou fazendo. Preciso mantê-la sob controle. Contudo, ela detém o poder de Evangeline, o da Deusa da Lua. Use o cérebro. Você já pensou que talvez esteja fazendo mais mal do que bem?' Eu estava lutando para não descontar minha irritação nele. 'Estou tentando seguir o caminho que Evangeline traçou. Trabalhe comigo.'

Ele ficou em silêncio e eu olhei para a mulher em colo. Segurei seu rosto e lhe dei um beijo suave na testa. "Vamos, precisamos discutir isso com o Rei."

"Discutir o quê?" Ela questionou, se afastando. Podia sentir a raiva que emanava dela enquanto me encarava. Mas a verdade é que não importava o quanto ela confiava em mim, ou tinha sentimentos por mim... ou por Zarachiel; por mais que eu odiasse admitir, iria usar isso contra ela.

"Um plano para quebrar a maldição, assim como Evangeline queria. Ela não está aqui, mas ainda quero fazer o que ela desejava." Eu respondi, levantando-me.

Seu coração estava disparado e ela franziu a testa.

"Você quer me prender! Lembre-se, eu sou mais poderosa agora!" Seus olhos faiscaram e sua aura aumentou, então cruzei os braços e não permiti que ela se aproximasse.

"Não, não estou prendendo você." Eu rosnei.

Pelo menos, não ainda.

Ela não confiava em mim e não a culpava por isso.

"Eu não sou boba. Todo mundo sempre tenta me enganar!" Ela disse, se afastando, suas mãos emanavam um brilho e ela me fitava com tanto ódio, que me deixou desconfortável.

Suas palavras não deveriam ter me incomodado, mas não consegui evitar. Foi quando notei que Evangeline estava no caminho certo.

"Eu não vou, serei completamente honesto com você. Eu sei que é perigosa e do que é capaz, mas juro por Evangeline, cumprirei o desejo dela. Nós vamos encontrar uma solução. A razão pela qual chamei meu pari para um reunião é porque há assuntos que precisamos resolver. Isso não é sobre você. Você já ameaçou me expulsar, claro, sendo a Rainha legítima, isso pode acontecer." Expliquei calmamente enquanto avancei até ela, satisfeito quando seu coração disparou.

"De qualquer maneira... você estará ao meu lado na reunião." Disse baixinho, parando diante dela e afagando seus cabelos... pelos cabelos de Evangeline... "Então, vá se vestir."

Seus olhos se arregalaram, então balançou na cabeça levemente e um pequeno sorriso sinistro cruzou seus lábios.

"Está certo. Apenas não mencione que estou no comando do corpo de Evangeline... ou as coisas podem piorar." Ela cantarolou.

Não confiava nela, mas ao mesmo tempo, tinha que mantê-la por perto.

"Eu não pretendo dizer nada." Respondi friamente.

Ela sorriu, com seus olhos brilhando. "Perfeito."

'Você realmente vai permitir que ela participe da reunião?' Zarachiel soou um pouco incerto.

'Eu acabei de dizer isso, não foi?'

Não me preocupei em dar mais explicações.

Ele não estava pronto para ouvir e mesmo que não compartilhasse tudo com ela. Precisava ficar de olho.

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Já havia se passado algum tempo e alguns de nós já estávamos no escritório de papai, a tensão era notável graças ao papai ter convocado seu Beta, Jason. Além disso, eu trouxera Kash e Chasyn, assim como um dos meio-irmãos de Kash, Adonis e a meu pedido Isa, Alistair e Lucia. Os quais pareciam nervosos por estarem naquela sala.

Então, comecei a me arrepender de ter todos eles reunidos, pois a atmosfera era densa.

"Não é da sua conta, ela era... isso não é importante." Ele respondeu em um tom seco, e um tom que indicava o fim da discussão, mas não para mim. Eu pretendia perguntar isso a ele mais tarde, se ele escondia algo, precisava saber o que era.

'É sim, pois isso resume o motivo para eles me quererem agora.' Eu comentei através da ligação psíquica, mas não esperei por uma resposta, apensa encarei os outros.

"O tempo está se esgotando. As estrelas vão se alinhar em aproximadamente cinco semanas. Até lá, devemos desfazer essa maldição." Disse com seriedade, enquanto caminhava até a mesa de meu pai e analisar o mapa que Kash nos apresentou, traçando uma trilha que nos levaria até os vampiros.

"Então, vamos montar uma equipe de operação. Se você vai fazer isso, os melhores devem estar ao seu lado." Papai disse, me observando como se estivesse tentando me ler.

Por mais que eu preferisse viajar com o mínimo necessário, se fossemos atacados ou se Evelyn perdesse o controle... precisaria de suporte.

"Eu não recomendaria que isso fosse divulgado para todos, especialmente quando temos um inimigo entre nós." Chasyn disse. "Você precisa escolher seu esquadrão com cuidado."

"Concordo." Franzi a testa, peguei uma das adagas do meu pai que estava em sua mesa e brinquei com ela.

"Estou dentro." Kash disse: "Você não tem escolha."

"Estou feliz por isso." Respondi com um pequeno sorrio antes examinar o mapa, enquanto isso os outros começavam a discutir, mas minha atenção estava forca no caminho que pretendia seguir... Passando perto da matilha de Godric Astorath...

A comitiva não deveria ser grande o suficiente para não ser capturada... mas deveria ser poderosa e forte...

"Evangeline não irá, não é?" Papai questionou, preocupado. "Talvez eu deva ir no lugar dela."

"Acho que não, afinal, você não estava planejando em ir para a guerra. Esta matilha e a aliança precisam de você, enquanto a maldição não é quebrada. Eu vou, você fica aqui." Eu rosnei.

"Concordo com Zedkiel, e eu vou junto." Evelyn respondeu, sorrindo, mas papai apenas me encarou fixamente.

"Zed, você está sendo tolo. Ela não pode ir."

"Ela vai."

"Zed... ela precisa ficar em segurança." Eu sabia que ele estava mais preocupado com o futuro do que com a segurança da futura governante. Se as coisas continuassem a seguir este caminho, não haveria futuro.

"Eu a manterei segura." Retruquei, com uma carranca. Meus olhos brilharam, fazendo um sinal para encerrar aquela conversa.

Podia sentir o desconforto na sala, mas ninguém se atreveu a me desafiar.

"Isso não está em discussão. Terei minha comitiva pronta amanhã à tarde e partiremos na madrugada do dia seguinte." Eu disse baixinho, brincando com a adaga na mão, girando-a no ar, até que ela perfurasse o mapa e cravar com profundidade na mesa de madeira sólida.

Eu me virei e analisei o meu céu nublado.

Evangeline…

Vou fazer isso do seu jeito... mas com uns toques amais.

Eu ia conseguir salvá-la, apenas... espere.