Minha Luna Destinada romance Capítulo 5

"Achou mesmo que eu te deixaria morrer?" O riso tinha um som baixo e gutural. Ele continuou: "Se queria mesmo se matar, deveria ter feito isso antes de eu descobrir que éramos companheiros." Ao ouvir aquilo, apenas sorri, enquanto ele continuava me assediando.

"Por acaso, te faço se sentir inferior, Noah?", perguntei com um largo sorriso, observando seu olhar cruel se transformar em simples vazio, seu rosto ficar vermelho e o corpo enrijecer.

"E quem você pensa que é para me fazer sentir inferior?" Ele rosnou, mostrando um pouco de seu lobo na forma de falar.

"Isso é o que venho me perguntando nos últimos tempos," eu disse, pensativa, cerrando os dentes para suportar as pontadas de dor que percorriam meu corpo. "Meu orgulho te incomoda, Noah?" Ele queria me ver no chão, implorando para ser sua companheira.

Queria me ver quebrada e humilhada em público por causa dele, mas eu não lhe daria essa satisfação. Os lobos de Red Lake haviam me dito várias vezes que precisava saber meu lugar. Ao longo dos anos, aprendi qual era, e não era ao lado do Alfa. Por essa razão, o liberei tão facilmente naquele dia, apesar do meu coração partido. Instintivamente, eu sabia que nunca seria a companheira de Noah se lambesse o chão que ele pisava, ou se rastejasse perante ele.

"Sim," ele respondeu, dando de ombros: "Seu orgulho me irrita."

Não que eu fosse orgulhosa... apenas conservava um pouco do meu respeito próprio, diante dos valentões que queriam que eu praticamente rastejasse e beijasse seus pés. Me odiavam por não conseguirem me reduzir a pó com suas humilhações nem fazer de mim uma escrava submissa, então Noah havia decidido me quebrar.

Não queria admitir em voz alta, mas tinha medo, o que fazia minhas entranhas estremecerem e um frio se espalhar pelo meu interior. Morria de medo de que ele fosse bem-sucedido com isso. Durante meus vinte anos de vida, Red Lake havia tentado me derrubar, mas eu sempre dava um jeito de me manter de pé. Agora, Noah Howard poderia encontrar uma maneira de acabar comigo para sempre.

"É bem perturbador ver uma qualquer, como você, agindo como se fosse a dona do mundo." Seus olhos brilharam com malícia: "Eu te odeio desde que coloquei os olhos em você e agora que aceitou com tanta calma minha rejeição, te odeio ainda mais. Lixo tem que agir como lixo, não como se fosse a rainha."

"Mas esse lixo aqui pode chegar a ser a rainha um dia," murmurei, cansada daquela conversa doentia, provocando a gargalhada dele.

Eu havia acabado de acordar de uma experiência de quase morte e a primeira pessoa a entrar no meu quarto era aquele demônio. Não era minha culpa que um ego tão grande só pudesse ser aplacado ao pisotear todos da alcateia, além de quem era humilhado todos os dias. Ele tinha mesmo problemas sérios, mais do que eu sabia ou gostaria de saber, que o levaram à Universidade Alfa para desenvolver algum senso de responsabilidade, mas apenas serviu para ele voltar como valentão sádico.

"É, com certeza, você faz mesmo o tipo do Príncipe Alfa," ele bufou: "Sem dúvidas, uma cretina feia e sem lobo como você será uma boa rainha," ele debochou. "Me diz uma coisa, Carrot, você tem uma queda pelo príncipe? É por isso que aceitou tão tranquilamente a minha rejeição? Tem um sonho bobo de por acaso conhecê-lo e se apaixonar?" Seus olhos brilhavam, como se nunca tivesse ouvido melhor piada do que aquela.

"Aceitei sua rejeição porque não te quero." Enquanto eu falava, as palavras soavam em parte como mentira.

"Mas você não consegue deixar de me querer." Então, seus olhos e seu tom suavizaram: "Afinal, somos companheiros, então quando eu estiver com outra mulher, isso vai te machucar e te deixar péssima."

Abri a boca para xingá-lo, mas no mesmo momento a porta se abriu: eram o Alfa e a Luna, com expressões assustadoras.

"Sua cretina insignificante," disse Luna, a primeira a falar e a primeira a me atingir.

Eu havia caído da varanda do quarto dela e quase morrido, mas parece que a forma de mostrar que estava feliz e grata por eu ter sobrevivido era me bater com toda a força possível e apertar meu pescoço.

"Mãe!" Noah exclamou, agarrando as mãos dela: "O que está fazendo!?" Ele berrou, tentando tirá-la de cima de mim, mas quanto maior o esforço, mais ela me sufocava.

Eu não conseguia dizer nada. Meus ombros ficaram tensos e meu estômago, duro como pedra. Meu coração disparou, quase explodindo no peito. Parecia que era o meu fim naquele mesmo instante. Minha Luna, a mãe da minha alcateia, com os olhos cheios de maldade, tirava o ar dos meus pulmões.

"Ela quer morrer, então me deixa matá-la logo!" Ela gritou, com a voz estridente e os olhos escuros fixos em mim: "Essa mulherzinha! Quem é você para causar tantos problemas assim?" Enquanto berrava, me sufocava ainda mais.

"Grace," Noah chamou a mãe pelo primeiro nome, usando um tom que me deu calafrios: "Solte-a." Apesar de ainda não ser o Alfa, as mãos dela na minha garganta afrouxaram com o que ele disse. Ela era a Luna, de status maior que o dele, mas as mãos dela soltaram minha garganta e lágrimas encheram seus olhos quando o homem falou: "Antes que eu fique chateado."

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