Minha Noiva É Uma Grande Chefe romance Capítulo 102

Ela e Luciana entenderam-se tacitamente para não tocarem mais no assunto anterior.

Algumas palavras, quando demasiado repetidas ou aprofundadas, dissipam os sentimentos.

No final, eles foram com as duas crianças para comer um lanche noturno.

Patricia originalmente pensou que, como tinha sido ela a convidar as pessoas, deveria ser responsável por levar Luciana e Guilherme de volta para casa.

No entanto, Lázaro se ofereceu para levar, e Patricia naturalmente concordou, dando ao jovem casal uma chance de passar mais tempo juntos, e assim ela foi embora por conta própria.

Antes de partir, ela disse a Luciana: "Estou combinada com seu pai para que nós almoçemos juntos como uma família amanhã ao meio-dia."

"Entendi. Tenha cuidado no caminho de volta", Luciana assentiu.

Quando chegou de volta à Vila Bela, as duas crianças, já cansados de brincar, adormeceram com as cabeças encostadas uma à outra.

Assim que Luciana saiu do carro carregando Guilherme, Lázaro pegou a criança de seus braços.

"Eu te acompanho até lá em cima", Lázaro disse suavemente.

Luciana assentiu, e depois que o espaço ao lado de Clarissa no banco traseiro do carro ficou vazio, ela perdeu o suporte e deitou-se no assento, murmurando, "Irmão chato..."

Luciana sorriu levemente, estendeu a mão para acariciar a cabeça dela e fechou a porta do carro para ela.

Já eram quase dez horas e a Vila Bela estava muito tranquila, com apenas os três no elevador.

Eles subiram em silêncio, e, ao sair do elevador, Lázaro de repente falou, "O que você quer que eu prometa para você?"

"Você está desistindo tão rápido assim?" Luciana arqueou as sobrancelhas levemente, mas não ficou surpresa.

"Já disse que vou deixar você ganhar," ele ficou ao lado dela, e a luz do corredor iluminou de lado, projetando sua grande sombra sobre ela, cobrindo-a inteiramente, "Luciana, você é a primeira pessoa que me faz querer admitir a derrota neste mundo."

E seria a única, ele adicionou mentalmente.

Luciana franzia ligeiramente a testa, com um estranho sentimento surgindo em seu coração, que ela não conseguia identificar. Era algo quente, mas ao mesmo tempo a fazia hesitar.

"Perderia o quê?"

Antes que Luciana pudesse entender, a porta da sua casa foi aberta repentinamente de dentro, e Leandro apareceu, "Vocês não foram ao parque de diversões? Perder o quê? Não me digam que foram jogar."

Ele olhou para Lázaro com um olhar de reprovação, suspeitando que Lázaro poderia ter levado Luciana a algum lugar indevido. Afinal, a fama de playboy de Lázaro era conhecida, e na visão dele, sua querida era tão boa que se algo de errado acontecesse, certamente seria por influência de alguém de fora.

Lázaro sorriu levemente, "No parque de diversões, enquanto jogávamos tiro ao alvo, eu perdi para Luciana."

"Ah, entendi," Leandro sorriu e ajudou a pegar Guilherme, convidando Luciana para entrar, e disse a Lázaro, "Já é muito tarde, não vou pedir para você ficar."

"Entendi." Lázaro acenou levemente com a cabeça e se virou para ir embora.

"Sua promessa tem áum prazo?" No entanto, Luciana repentinamente se apoiou na moldura da porta e perguntou a ele.

Ele se virou para olhá-la, "Para você, nunca haverá prazo."

Colégio Alto Paraíso.

Lembrando do almoço combinado com Patricia ao meio-dia, Luciana recusou o convite de Karina para ir à cantina.

Mas, assim que saiu do portão da escola, um Lincoln preto parou abruptamente diante dela, como se estivesse esperando por ela.

Ela olhou para Jaime, que estava focado na direção, e depois para o vidro traseiro que estava baixando lentamente.

Através da janela, os olhos e sobrancelhas de Lázaro estavam sombreados, tornando seu olhar ainda mais profundo.

"Entre, eu te levo."

Assim como ontem, quando alguém veio causar problemas em Vila Bela, quanto mais calma ela estava, mais irritada ela estava.

"Vamos para o hospital municipal." Lázaro instruiu Jaime.

"Não deixe Sr. Rocha e Sra. Nunes saberem sobre isso por enquanto." Luciana, sentada ao lado de Lázaro, flexionou as juntas dos dedos delicadamente.

Ela realmente não ficava tão irritada há muito tempo.

A família Rocha realmente era habilidosa para fazê-la perder a paciência.

No hospital municipal, na ala de internação.

Assim que Luciana chegou à porta do quarto de Sra. Velha Rocha, ela ouviu a discussão entre Patricia e Sra. Velha Rocha.

"Mãe, você vai deixar Guilherme ir ou não?"

"Guilherme é meu neto, eu sinto falta dele, o que há de errado em mantê-lo aqui por um pouco mais de tempo?" Sra. Velha Rocha resmungou friamente.

"Você sente falta dele mesmo? Você só quer usá-lo!" A voz de Patricia estava visivelmente irritada.

"Vocês todos estavam lá ameaçando e subornando o Guilherme agora há pouco, forçando-o a prometer a Luciana que iria interceder por vocês. Olha como ele está assustado agora!"

"Ele é meu neto, é claro que não pode virar as costas para nós! Ajudar-nos é o mínimo que se espera dele!"

"Mãe!" A voz de Patricia estava repleta de decepção, "Se você não deixar eu levar Guilherme agora, eu nunca mais voltarei da Austrália para vê-la! Escolha, você quer perder sua filha para sempre?"

E então um estalo!

Um som de tapa ecoou pelo quarto do hospital, e Luciana abriu a porta bem na hora de ver o rosto de Patricia desviado pelo golpe.