Minha Noiva É Uma Grande Chefe romance Capítulo 1072

Cinco anos depois.

No jardim de infância público São Verde, escritório.

"Estalo!"

"Eu nem quero falar mais, veja só, quantas vezes isso já aconteceu?!"

A diretora estava com o rosto numa mistura de raiva e exasperação, sentada à mesa, com os olhos praticamente faiscando de fúria.

Ela se perguntava o que poderia ter feito em uma vida passada para merecer lidar com esses dois pequenos demônios reencarnados.

Alexsander olhou para a foto em cima da mesa e seu canto de boca tremeu de irritação, mas ainda assim manteve a compostura e disse, “Professora Vieira, por favor, acalme-se. Beba um chá. Qualquer prejuízo, nós vamos compensar em dobro. Crianças são travessas, peço que tenha paciência.”

Do lado de fora, dois pequenos vestidos com uniformes escolares vermelhos se equilibravam nas pontas dos pés para espiar para dentro, observando Alexsander se curvar para servir chá.

Eles se viraram e começaram a cochichar baixinho.

"Irmã, você acha que nosso padrinho vai conseguir acalmar a Professora Vieira desta vez?"

Pâmela piscou, com uma expressão de alívio, “Nosso padrinho já lidou com isso tantas vezes, não tem erro. Além do mais, quem mais nós poderíamos chamar?”

Neusa, com um ar de maturidade não condizente com sua idade, retrucou, “E se o padrinho voltar a contar tudo para a mamãe?”

Ao ouvir isso, Pâmela teve um brilho travesso nos olhos, parecido com o de Luciana, “Eu tenho um plano que vai garantir que ele não conte nada.”

Dizendo isso, ela acenou para a garota ao seu lado, que era muito parecida com ela.

Neusa, cética, ainda se aproximou, mas não estava convencida.

"Tem certeza?"

“Da última vez foi o padrinho quem te encobriu e, no final, minha mãe o assustou com um olhar e ele acabou contando tudo. Você esqueceu que nós acabamos ajoelhados na porta por toda uma tarde?”

Se não fosse pelo avô que chegou e mandou a avó interceder secretamente, eles certamente teriam ficado de joelhos até a madrugada, dado o temperamento da mãe.

Pâmela ergueu uma sobrancelha, confiante, “Desta vez vai ser diferente, nosso padrinho com certeza vai concordar.”

Enquanto isso, dentro do escritório.

Depois de muita persuasão e promessas de Alexsander, a diretora finalmente se acalmou.

Mas isso não significava que o assunto estava encerrado.

“Sr. Matos, não quero ser rude, mas como o responsável legal dessas crianças, você tem o dever de educá-las. Não pode ser só conversa, certo?”

“Se isso continuar acontecendo, eu realmente não poderei permitir que eles continuem aqui. Quem mais teria a capacidade de fazer um buraco na escola?!”

Alexsander engoliu em seco.

Ele finalmente entendeu o que Luciana quis dizer naquela época.

Essas crianças foram literalmente jogadas no seu colo?

O pior é que todos em São Verde já o tinham como o padrinho oficial, sempre recorrendo a ele com problemas, ao invés de notificar Luciana.

A quem ele poderia reclamar?

Desde aquele episódio em que levou as crianças ao Vale dos Valentes e, acidentalmente, provocaram um incêndio na casa do mestre, e depois usaram o marcador para desenhar nos livros antigos como se fossem quadrinhos.

Agora, seus irmãos de treino o recebiam sempre com sorrisos forçados.

Eles sugeriram que ele cuidasse bem das crianças e, de preferência, mantivesse distância.

O que realmente o magoou foi que, depois de pegar um resfriado e Horácio tomar conta das crianças por dois dias, ele nunca mais mencionou ter filhos.

Lembrando desses episódios, Alexsander sentia uma mistura de tristeza e frustração, mas sabia que precisava resolver a situação, “Pode deixar, eu vou dar um jeito de educar esses dois devidamente, para que não causem mais problemas para a escola.”

Dizendo isso, ele chamou pelas duas pequenas cabeças do lado de fora da janela, “Pâmela, Neusa, entrem e peçam desculpas à professora!”

No caminho de volta, Alexsander estava fervendo por dentro, mas dirigia a apenas trinta quilômetros por hora.

Afinal, quem estava no carro eram duas pequenas autoridades.

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