Minha Noiva É Uma Grande Chefe romance Capítulo 111

Após alguns dias de tratamento tópico, as cicatrizes no rosto de Bruna já haviam se atenuado bastante, mas ainda eram assustadoras.

No entanto, essa jovem reuniu coragem e voltou ao campus.

Ao ver Luciana, Bruna também se surpreendeu, pensando que ela era estudante do Colégio Alto Paraíso, e imediatamente sorriu para ela, "Srta. Rocha, você também estuda aqui?"

"Ela é professora de Turma C," disse Diretor Azevedo, rindo para Bruna.

Para o Diretor Azevedo, os resultados da Turma C neste último teste foram além de suas expectativas.

Ele sabia que se Luciana topasse vir, certamente atenderia a todas as suas expectativas.

E olhando para a situação atual, não era apenas sobre cumprir o requisito de ter um aluno aprovado na universidade, parecia que toda a turma conseguiria, excedendo a meta.

Lembrando quando convidou Luciana, quantas pessoas duvidaram de sua decisão, agora, estava literalmente esbofeteando o rosto dessas pessoas.

Que satisfação!

Por isso, nesses últimos dias, onde quer que Diretor Azevedo fosse, exibia um sorriso largo, não conseguindo fechar a boca ao elogiar a competência de Luciana.

Bruna imediatamente mostrou uma expressão de surpresa, "Professora?"

Diretor Azevedo assentiu e disse a Luciana, "Então, pode levá-la para a sala de aula?"

Luciana murmurou um "sim" e conduziu Bruna até a Turma C.

No caminho para a Turma C, Bruna ainda estava confusa.

Ela nunca imaginou que esta jovem, quase da mesma idade que ela, não apenas possuía habilidades médicas incríveis, mas também era a nova diretora de turma do Colégio Alto Paraíso Turma C, conhecida por ter disciplinado os alunos mais desobedientes.

"Está com medo?" perguntou Luciana, repentinamente, à frente.

Bruna ficou surpresa, olhou na direção para onde Luciana estava olhando e viu vários alunos passando e apontando para o rosto dela, comentando. Pelas expressões estranhas em seus rostos, ela imaginou que estavam falando sobre como seu rosto era feio, assustador e nojento, algo que costumava temer.

Isso era o que ela mais temia enfrentar no passado.

Mas agora, olhando para Luciana, cujos olhos brilhavam suavemente, sempre parecendo inabalável, Bruna sentia uma coragem infinita brotando em seu coração.

"Não, não tenho medo," ela respondeu sorrindo, "Você não disse que não atende covardes? Eu nunca mais serei uma."

Luciana acenou com a cabeça e sorriu levemente, levando Bruna para dentro da sala da Turma C.

Naquele momento, a primeira aula de matemática havia terminado, mas nenhum dos alunos da Turma C estava brincando ou rindo, todos estavam concentrados em seus livros ou discutindo problemas matemáticos.

Os resultados da prova mensal não só surpreenderam os outros, mas também a eles mesmos, até o aluno com a pior nota da turma estava entre os duzentos melhores.

Eles nunca haviam imaginado que seus resultados poderiam melhorar tanto.

No início, quando começaram o treinamento especial, muitos ainda duvidavam, mas os resultados dessa prova lhes deram confiança.

E assim, após a divulgação dos resultados, todos na Turma C se dedicaram aos estudos com mais entusiasmo do que antes.

Originalmente, Bruna estava preparada para ser avaliada pelos colegas da Turma C do 3º ano do Ensino Médio do Colégio Alto Paraíso, com base em suas más reputações, e até para ser zombada por causa de seu rosto.

No entanto, até que Luciana terminou de apresentá-la como a nova aluna transferida e indicou um lugar ao lado da líder de classe, Karina, pedindo a ela que a levasse para pegar os materiais didáticos e o uniforme, os colegas da Turma C simplesmente aplaudiram como boas-vindas e voltaram a estudar.

No caminho de volta após pegar o uniforme, Bruna não aguentou e perguntou a Karina, "Vocês não se importam com a cicatriz no meu rosto?"

Karina inclinou a cabeça para o lado e a olhou. "Por que nos importaríamos? Suas cicatrizes podem nos ensinar a resolver sistemas de equações diferenciais parciais? Elas podem nos ensinar a derivar funções compostas de múltiplas variáveis? Não podem, certo? Então, em vez de ficar olhando para você, é melhor ler um livro."

"Você... você não deveria estar na prisão?" Bruna sentiu um arrepio ao vê-la sorrir, ela parecia tão diferente da última vez, de um pavão orgulhoso a um abutre faminto.

"Fui absolvida, é claro que não estou na prisão." Paula continuou sorrindo sombriamente.

"Absolvida? Como isso é possível?" Karina nunca teve medo de Paula. Ela empurrou Bruna para trás e disse em voz alta: "Como você ousa aparecer na escola! Você foi expulsa, você não sabe disso?"

"Eu não fiz nada de errado, por que a escola me expulsaria?" Paula perguntou de volta, com um sorriso irônico.

Karina ficou chocada com a audácia dela. "Você, uma criminosa, ainda tem coragem de dizer que não fez nada de errado? Como a escola poderia manter um aluno manchado como você?"

"Karina, tenha cuidado com o que diz." Paula falou friamente, "O tribunal não me considerou culpada, por que você se atreve a me julgar? Cuidado para eu não te processar por difamação!"

"Você!" Karina estava furiosa, prestes a gritar.

Mas de repente, Paula olhou para cima, e seu sorriso desapareceu em um instante.

No corredor do terceiro andar do prédio de ensino, Luciana olhava para baixo com uma expressão indiferente.

Ao ver o rosto aparentemente despreocupado de Luciana, o ódio de Paula quase transbordou de controle.

Ela pensava nas humilhações que havia sofrido na prisão, nos socos que caíam sobre ela todos os dias. Pensava nas prisioneiras que a forçavam a lamber seus pés, ajoelhar no chão para comer comida estragada. Ela queria despedaçar Luciana em pedaços.

E quanto a Bruna e sua mãe Catarina, ela definitivamente não as deixaria em paz!

No entanto, Shawn estava certo, ela agora precisava se conter. Anteriormente, ela subestimou Luciana, o que a levou a agir impulsivamente em várias ocasiões, caindo nas armadilhas de Luciana.

Desta vez, ela não cometeria o mesmo erro.

Com esse pensamento, ela respirou fundo e ofereceu a Luciana um sorriso discreto, ignorando Karina e Bruna, virou-se e foi embora.