Minha Noiva É Uma Grande Chefe romance Capítulo 1168

Bruna tinha acabado de desligar o telefone, pensando que o chefe poderia ter dito algo importante novamente. Quando abriu a mensagem, percebeu que era Vinícius que havia enviado um emoji de polegar para cima.

Após um breve momento de silêncio, Bruna não conseguiu segurar o riso. Ela quase podia visualizar Vinícius do outro lado, provavelmente se achando muito esperto ao enviar aquele emoji.

Certamente estava se achando, não é?

O Dr. Costa, ao ouvir a risada de Bruna, ergueu a cabeça de seu assento, semicerrando os olhos enquanto a observava. O olhar insinuante dele fez com que Bruna logo percebesse que ele tinha notado algo.

“Por que está olhando assim para mim?” Bruna sentiu que havia algo errado, como se o colega estivesse prestes a fazer uma pergunta embaraçosa.

E, de fato, no momento seguinte, o Dr. Costa foi direto ao ponto: “Sra. Fonseca, seja sincera, é verdade que você está prestes a se casar ou está namorando?”

Isso quase fez Bruna cuspir a água que estava bebendo. “Do que você está falando? Namorando? Com quem?”

“Tão agitada assim?” Dr. Costa arqueou uma sobrancelha. “Eu só estava testando, e você já se entregou? Não me culpe, foi você quem se revelou.”

Bruna soltou um riso nervoso. “Você quase me assustou. Eu não sabia que estava namorando.”

“Você tem pegado o celular com mais frequência nos últimos dias, mais do que em todos os anos que esteve aqui, e sempre sorri ao olhar as mensagens. Se isso não é estar apaixonada, então o que é?” Dr. Costa observou, analisando o comportamento de Bruna.

Quanto mais ele falava, mais Bruna se sentia insegura. Será que estava realmente tão evidente?

Logo em seguida, Dr. Costa não continuou o assunto, pois tinha que fazer a ronda no hospital.

Quando Bruna achou que tinha escapado, Dr. Costa se virou subitamente, com um olhar misterioso. “Sra. Fonseca, não pense que vai escapar, eu vou continuar a interrogar você quando voltar!”

Bruna apenas levantou as mãos em um gesto de rendição, sem saber o que mais fazer.

Ela não perdeu tempo e também pegou os prontuários para fazer sua própria ronda. No caminho, encontrou vários estagiários, que sempre a cumprimentavam.

Bruna acenava para cada um, e ao chegar ao quinto andar, inevitavelmente encontrou a Dr. Salazar.

Iberê Salazar foi a primeira a ver Bruna, quase levantando o queixo ao céu.

Bruna não deu muita importância, movendo-se rapidamente para o lado, entrando em um dos quartos para verificar os pacientes.

Iberê, no entanto, parecia um adesivo que não desgrudava, seguindo Bruna aonde quer que ela fosse.

Logo, o quarto estava cheio de pessoas, todas as interessadas no que estava acontecendo.

O senhor de idade nunca tinha visto tantos médicos juntos, e a presença da recém-chegada, com sua atitude agressiva, parecia uma confusão.

Bruna, ignorando Iberê, começou a perguntar ao senhor sobre sua recuperação recente. Ele respondeu a todas as perguntas com sinceridade.

Sentindo-se ignorada, Iberê não ficou satisfeita. “Eu não me lembro da Sra. Fonseca ser responsável por este andar. Hoje sou eu que deveria estar aqui. O que a Sra. Fonseca está fazendo?”

“Senhor, sua perna ainda está fraca em algum ponto? Quanto tempo consegue ficar de pé antes de sentir dor?” Bruna continuou a perguntar conforme o prontuário, ignorando as palavras de Iberê.

“Agora, cerca de dez minutos. Eu realmente não prestei atenção. Isso vai afetar muito?”

“Não, mais alguns dias de descanso e poderá ir para casa.”

O senhor, ao ver Bruna se afastar, apressou-se a dizer: “Moça, não vá tão rápido! Está namorando? Meu filho é um bom rapaz, tem sua idade. Vocês poderiam...”

Bruna acelerou o passo ao ouvir isso, quase correndo, enquanto os estagiários riam de sua pressa.

Ela era considerada uma das professoras mais amáveis; nunca mandava fazer coisas absurdas, tampouco os criticava injustamente. Com ela, aprendiam muito.

Essa era a razão pela qual os pacientes frequentemente sugeriam que Bruna fosse sua nora. Ela era exemplar, tanto como médica quanto como mentora.

Não demorou muito para Iberê retornar ao departamento, olhando ressentida para Bruna.

Após sua saída, o senhor não deixou de comentar que mulheres como ela não teriam família que as aceitasse, pois eram conflituosas e causadoras de problemas.

Iberê voltou ao setor, irritada, com a intenção de confrontar Bruna, mas foi interrompida por alguém de alta patente.

O vice-diretor, em sua ronda, foi direto ao ponto com Iberê. “Não dissemos ontem que a escala foi alterada? Por que você foi causar confusão no edifício? Alguém reclamou de você! No quinto andar, há muitos pacientes graves e você foi lá para quê? Quer se matar?!”

A bronca do vice-diretor no departamento de neurocirurgia rapidamente se espalhou pelo hospital, tornando Iberê notória.

Os estagiários, por sua vez, ficaram surpresos ao testemunhar como o vice-diretor podia ser duro.

Iberê, com o rosto alternando entre vermelho e azul de raiva, olhou furiosamente para Bruna, cruzando olhares com ela.

Bruna manteve uma expressão serena, mas Iberê teimosamente interpretou de outra forma.

Furiosa, Iberê apontou o dedo para Bruna. “Foi ela que me provocou de propósito!”