Minha Noiva É Uma Grande Chefe romance Capítulo 1180

A mão da senhora idosa tremia ao segurar a intimação, e só então a enfermeira percebeu quem realmente estava diante dela — não era ninguém menos que a parente que havia causado uma grande confusão no dia anterior no andar de cima.

Ela teve que mentalmente se preparar para não perder a compostura e não empurrar a senhora para fora dali.

"O que está acontecendo aqui? Quem, em nome de Deus, está tentando nos prejudicar?!" A senhora gritou, usando uma linguagem vulgar e ofensiva contra aquele que lhe entregou a intimação.

O entregador, percebendo que a senhora não era alguém fácil de lidar, não pensou duas vezes e saiu logo após ela assinar o documento.

A enfermeira, que tentava ajudar a senhora, acabou se tornando alvo da sua fúria e não conseguiu sair a tempo.

Devido à força da senhora, a enfermeira deu um passo para trás, e imediatamente a idosa a acusou de tentar machucá-la.

"Olhem todos para essa jovem, tão nova e já com um coração tão maldoso! Que tipo de pessoas vocês contratam neste hospital? Se eu, uma velha senhora, cair aqui e morrer, o que será do meu filho?!"

A enfermeira, mesmo que tivesse mil bocas, não conseguiria se explicar. À medida que mais pessoas se reuniam ao redor, os olhares e os comentários aumentavam, e ela quase desmaiou de tanto nervosismo.

"Meu Deus, o que aconteceu com essa moça?" Alguém mais corajoso entre os curiosos a ajudou antes que ela caísse no chão.

Diante da bondade repentina, a enfermeira não conseguiu segurar as lágrimas e agradeceu entre soluços.

Um homem, ao ver a situação da enfermeira, franziu a testa e perguntou à senhora: "O que está acontecendo aqui?"

A senhora não permitiu que ninguém defendesse a enfermeira e começou a atuar dramaticamente: "Eu pedi ajuda a essa jovem, mas ela ficou impaciente e tentou me derrubar. Com meus ossos frágeis, uma queda seria fatal!"

"Essa jovem me ajudou pacientemente quando pedi informações, por que agiria diferente com você?"

A enfermeira, encolhida ao lado, não conseguia falar, e as lágrimas desciam quentes em seu rosto. Ela jamais imaginou que um ato de bondade quase a colocaria em perigo.

Quando Bruna entrou pela porta do hospital, viu a multidão reunida e percebeu a enfermeira chorando em um canto enquanto estava de plantão.

Instintivamente, Bruna se aproximou para entender o que estava acontecendo. "O que houve? Por que está chorando aqui?"

Muitos pacientes presentes conheciam Bruna e, ao vê-la, olharam para a senhora, que no dia anterior era famosa por sua teimosia.

A enfermeira tentou proteger Bruna, afastando-a. "Sra. Fonseca, vá para a sua sala, muitas pessoas estão esperando para falar com você. Não se preocupe comigo, só estou com um desconforto nos olhos."

A enfermeira insistia para que Bruna se afastasse, mas Bruna logo notou a senhora olhando fixamente para ela.

"Você ainda tem coragem de vir aqui? Nem resolvemos a questão do meu filho, e você já vem atrás de mim!" A senhora, ao ver Bruna, mostrou suas verdadeiras intenções. "Hoje você vai resolver essa questão com meu filho, nem que seja à força!"

Ignorando qualquer tentativa de contenção, a senhora, que antes parecia frágil no chão, agora se movia com agilidade e se aproximou rapidamente de Bruna.

Bruna, levando a enfermeira consigo, recuou rapidamente e entrou atrás do balcão, mantendo a senhora do lado de fora.

Ainda assim, isso não impediu a senhora de continuar seus insultos, dirigidos tanto à enfermeira quanto a Bruna.

O homem tentou interromper a senhora: "Dona, por favor, seja civilizada e não insulte as pessoas. A jovem não lhe fez nada para merecer isso."

Para sua surpresa, a senhora agarrou o braço dele com força, deixando um arranhão profundo em sua pele.

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