Minha Noiva É Uma Grande Chefe romance Capítulo 141

O Hospital Psiquiátrico de Vale dos Valentes, em Nova Esperança do Sol, já foi palco de muitas lendas. Dizia-se que a maioria dos pacientes psiquiátricos internados ali eram pervertidos e que até havia assassinos que, por causa de doenças mentais, não podiam ser condenados.

Os médicos e enfermeiros do hospital às vezes temiam esses pacientes. Além de restringirem sua saída do hospital, evitavam interferir demais em suas atividades. Corriam rumores de que, ao longo dos anos, ocasionalmente surgiam notícias de médicos e enfermeiros mortos por pacientes.

Agora, diante desses cinco homens que a olhavam com cobiça e malícia, Paula soltou um grito agudo. Ela chutou o homem sombrio que a segurava e, ao se levantar, saiu correndo.

Ela corria desesperadamente pelo corredor, vendo muitos pacientes que vagavam à noite, cada um realizando ações estranhas, claramente não eram pessoas normais.

Alguns a ignoravam completamente, outros convidavam-na sorridentes para brincar com eles e outros, com rostos distorcidos, gritavam e tentavam agarrá-la...

Ela gritava sem parar e o som de seus passos e gritos acordava os outros pacientes nos quartos.

As luzes dos quartos se acendiam uma após a outra, e dezenas de pacientes psiquiátricos saíam de seus quartos, olhando para ela com indiferença ou com um sorriso sinistro.

E lá estava o homem gordo, ainda a perseguindo e chamando-a para ser sua esposa.

"Abra a porta, por favor, abra a porta! Porteiro! Abra a porta!" Paula fugiu de volta para o portão principal, mas a pequena porta já estava trancada por ela mesma. Ela batia desesperadamente na janela da guarita, mas não havia luz e ninguém respondia aos seus gritos.

Ela tremia de medo, chorava compulsivamente, sem saber o que fazer.

Ela ligou novamente para a polícia, e antes que o operador pudesse perguntar, ela chorava alto, "Alô! Por que vocês ainda não enviaram alguém para me salvar! Estou no Hospital Psiquiátrico de Vale dos Valentes, por favor, enviem alguém rápido para me salvar!"

Nesse momento, o homem gordo, rindo sinistramente, aproximou-se novamente. Ela virou-se e correu novamente, como uma mosca sem cabeça, correndo desordenadamente pelo hospital, brincando de esconde-esconde com o homem gordo, mas sendo encontrada rapidamente todas as vezes.

Ela pensou na família Rocha e ligou rapidamente para Caio pedindo ajuda, mas a ligação foi desligada. Ligou para André e Sra. Velha Rocha, e todos desligaram seus telefones.

Paula sentiu um frio percorrer seu corpo.

Quem mais poderia ajudá-la?

De repente, ela viu o nome de Leandro e a esperança reacendeu em seu coração.

Sim, ela ainda tinha um pai adotivo, ela ainda tinha um pai!

Leandro com certeza viria salvá-la, como da última vez!

Ela ligou com esperança para o telefone de Leandro, mas quem atendeu foi Tânia, que, com frieza, se recusou a acreditar nela.

Ela sabia que, fosse Tânia ou Leandro, eles nunca mais viriam salvá-la, independentemente do que acontecesse.

Ela havia esgotado todo o afeto entre eles.

No momento em que Tânia desligou o telefone, Paula quase caiu em desespero.

Felizmente, ela viu no corredor vazio à sua frente um homem com cabelos meio longos, usando óculos de armação preta e vestindo roupas de paciente, sentado em um banco, lendo um livro de medicina.

Ao ver a capa do livro com as palavras "Clássico de Medicina Interna", ela sentiu que poderia ser salva.

Uma pessoa que lia um livro de medicina certamente tinha um bom coração e a ajudaria.

"Senhor, por favor, salve-me!" Paula agarrou a roupa do homem e implorou, "Alguém está me perseguindo, estou com muito medo!"

"Como você entrou aqui?" O homem desviou o olhar do livro de medicina e observou Paula, que não estava vestindo roupas de paciente, "Este não é um lugar para entrar sem permissão."

"Eu também não sei, fui perseguida até aqui, vi a porta aberta e entrei para me esconder, não sabia que este lugar era um hospital psiquiátrico," Paula dizia chorando.

"Isso é realmente estranho," a luz sinistra brilhou nos olhos do homem atrás dos óculos de armação preta.

"Querida esposa! Querida esposa!" o grito do homem gordo estava cada vez mais próximo.

"Ele está vindo! Por favor, me ajude a me esconder!" Paula segurava a roupa do homem com as mãos trêmulas.

"Aquele quarto é o meu, você pode se esconder lá dentro," o homem disse gentilmente, apontando para o quarto do outro lado.

Paula hesitou um pouco.