Minha Noiva É Uma Grande Chefe romance Capítulo 163

Nicanor e Paula trocaram um olhar e voltaram para o meio dos alunos de sua classe, decididos a escolher os estudantes que participariam da competição.

No entanto, o ambiente na Turma C estava carregado de tensão. Vinícius olhou para os colegas com o cenho franzido e disse: "Alunos, vocês vão ser tão covardes? Somos mais de vinte, e só eu e Ismar temos coragem de ir?"

Considerando Lázaro, ainda faltavam duas pessoas.

"É... é que temos medo de perder..." Falou um estudante timidamente: "Ninguém conhece melhor do que você a nossa habilidade no basquete. Se a gente perder, o Professor Vasconcelos e a Professora Rocha vão ter que se ajoelhar na frente daquele sujeito..."

Ao terminar de falar, ele lançou um olhar inseguro para Lázaro e Luciana.

"Mas a gente não pode perder sem lutar!" Ismar quase morreu de raiva com a covardia deles.

Onde tinha ido parar o espírito da Turma C?

No entanto, os rapazes se olhavam uns para os outros, sem que nenhum se atrevesse a dar um passo à frente.

"Então, eu posso."

Todos os alunos da Turma C ficaram surpresos ao ver uma garota de cabelos curtos e aparência discreta saindo do meio das meninas. Ela estava vestida com um moletom largo e usava óculos com armação prateada. Sob o olhar atônito de todos, ela se dirigiu a Lázaro e disse: "Professor Vasconcelos, meninas podem jogar também, certo?"

"Você sabe jogar basquete?" Lázaro perguntou, avaliando-a.

Luciana observou a jovem. Lembrava-se de que seu nome era Tarsila Figueiredo; de aparência comum e desempenho acadêmico mediano, muito comum na Turma C, e nunca chamava a atenção para si.

O único aspecto notável era sua altura; ela devia ter pelo menos um metro e setenta e três, sempre sentada na última fila da sala de aula. Sempre que Luciana visitava a classe, Tarsila estava lá, encolhida na sombra do fundo.

Ela não tinha muitas lembranças de Tarsila.

O fato de ela se apresentar foi uma surpresa para todos, e os colegas de classe a olhavam com ceticismo, questionando se ela realmente sabia jogar basquete.

Tarsila não respondeu. Em vez disso, pegou uma bola de basquete de um cesto próximo, driblou até a linha de três pontos, levantou a mão, ficou na ponta dos pés, pulou e lançou a bola, tudo em um movimento fluido.

O som nítido da bola passando pela cesta silenciou os alunos da Turma C, que a observavam maravilhados.

"Assim está bom?" perguntou Tarsila a Lázaro.

"Está ótimo, você é muito boa." Lázaro assentiu em aprovação. Desde que Tarsila começou a driblar, ele percebeu que o nível dela no basquete era realmente alto.

"Mas ainda falta uma pessoa, não é?" Vinícius, que tinha ficado impressionado com o arremesso de três pontos de Tarsila, encarou os colegas da Turma C com frustração: "Vocês vão ser assim tão covardes? Até uma garota teve coragem de entrar!"

Os rapazes da Turma C continuaram em silêncio.

"Então eu também posso." Luciana falou, com as mãos nos bolsos.

Todos ficaram em silêncio novamente, virando-se para olhá-la.

"Professora Rocha, você sabe jogar?" Ismar olhou para Luciana com a mesma desconfiança que havia demonstrado para Tarsila.