Minha Noiva É Uma Grande Chefe romance Capítulo 22

A família Rocha encontrava-se na sala.

Sra. Velha Rocha, a matriarca da família, juntamente com Caio, André e Paula, estavam sentados, todos com expressões tensas.

Seus olhares estavam fixos no celular que Paula segurava em suas mãos.

O Delegado Carvalhais, de Nova Esperança do Sol, havia esclarecido pessoalmente que Luciana não havia cometido furto e que Lília estava sob suspeita de calúnia e difamação, tendo sido levada sob custódia para ser investigada.

Ricardo e três oficiais encarregados do caso foram suspensos de suas funções devido à má condução da investigação.

Paula pensava que finalmente poderia viver sem a sombra da senhorita da família Rocha, mas nunca imaginou que, em poucas horas, Luciana seria libertada.

E o próprio Delegado Carvalhais havia esclarecido a situação em seu favor.

"Vó, deve ter sido a família Vasconcelos que ajudou a irmã, não é?" Paula guardou o celular, disfarçando o olhar feroz, com um ar de menina obediente, "Não esperava que a família Vasconcelos se importasse tanto com a irmã."

Sua voz soava um pouco ácida, e ela sentia um gosto amargo no coração.

Ela certamente não acreditava que Lázaro tivesse a capacidade de salvar Luciana.

Ele era um inválido, um inútil.

Ninguém da família Vasconcelos, exceto o patriarca, seria capaz de tal feito.

Mas ela não conseguia entender por que, mesmo depois de Luciana ter sido acusada de furto, o Sr. Velho Vasconcelos ainda se empenhava para tirá-la daquela situação.

Ele se importava tanto assim com Luciana?

Lázaro, aquele inútil, quem poderia se interessar por ele?

E mesmo se alguém se interessasse, a família dessa pessoa não seria lá grande coisa.

A família Rocha, ao menos, tinha uma boa posição.

Sr. Velho Vasconcelos naturalmente não queria que Lázaro perdesse essa chance.

No entanto, com o histórico de furto de Luciana, provavelmente ela teria manchado sua imagem aos olhos do Sr. Velho Vasconcelos, e mesmo se ela se casasse com alguém da família, seus dias não seriam fáceis.

Com esse pensamento, o semblante de Paula melhorou ligeiramente.

"Já que Luciana foi libertada e a família Vasconcelos não pediu o cancelamento do noivado, o compromisso deve seguir conforme o combinado anteriormente", disse Sra. Velha Rocha, que também não esperava que Luciana fosse liberada.

Ela até havia contatado a mídia para criar uma persona "gentil" na frente deles.

Mas antes mesmo de começar, Luciana foi solta.

Todos os seus planos foram por água abaixo, e ela estava extremamente frustrada.

"Mas o Leandro e Luciana recusam-se terminantemente a aceitar, como podemos prosseguir com o noivado?" questionou André, franzindo a testa.

"É verdade, eles agora alugaram uma casa na Vila Bela, não estão mais preocupados com moradia, o que torna ainda menos provável que aceitem", disse Caio.

Sra. Velha Rocha baixou os olhos em silêncio por um momento, mas logo depois, ergueu o rosto para olhar para Caio, "Caio, amanhã não é o aniversário da sua esposa?"

"Sim", respondeu Caio, "mas este ano ela decidiu não comemorar."

"Vamos comemorar! E tem que ser uma grande festa!" Sra. Velha Rocha levantou-se, "Você vai enviar um convite para o Leandro, pedindo que ele e sua família venham à festa de aniversário da sua esposa."

No dia seguinte.

No hospital.

Luciana deveria ter aplicado uma pomada em Clarissa no dia anterior, mas foi atrasada por Paula e Lília, e ela não foi.

Hoje ela chegou cedo.

Geralmente, pela manhã, os familiares de Clarissa não estavam presentes.

Assim que chegou à entrada do hospital, deparou-se com Lázaro e Alexsander.

"Srta. Rocha?" Alexsander expressou surpresa ao vê-la, "Você veio tão cedo ao hospital? Está se sentindo mal?"

Eram apenas oito horas da manhã, e os médicos ambulatoriais acabavam de começar o trabalho.

Luciana ergueu ligeiramente os olhos, os lábios entreabertos, "Você me chamou de quê?"

"Senhorita Rocha, há algum problema?" Alexsander não compreendia.

Por que ela parecia tão descontente?

Luciana o observou profundamente com os olhos, e com os lábios apertados, após um longo momento, falou lentamente, "Não há problema, você fez um belo trabalho!"

Mulher perigosa?

Com certeza.

Alguém capaz de derrubar facilmente um assassino internacionalmente conhecido realmente era perigosa.

Além disso, ela se parecia muito com aquela garota!

Até mesmo seus traços eram ligeiramente semelhantes.

Se ela não fosse a senhorita da família Rocha, ele teria pensado que Luciana era filha daquela pessoa.

De repente, Lázaro estreitou os olhos e tirou o pendente do bolso, seus olhos escuros brilhando com uma luz enigmática.

"Senhor Vasconcelos, chegou uma mensagem do outro lado, ainda não há nenhuma pista da garota." Jaime falou com um semblante grave, "As informações sobre a garota são muito escassas, depois de tantos anos, sua aparência mudou, tornando a busca difícil."

Ele fez uma pausa e acrescentou, "Quanto ao local onde elas moravam, também perguntei aos vizinhos, mas ninguém sabe onde a garota está agora, e elas usavam nomes falsos lá, então não conseguimos encontrar informações úteis."

Eles chegaram ao carro, e Alexsander e Jaime ajudaram Lázaro a entrar.

Do lado de fora, Lázaro sempre parecia um 'inválido', então, naturalmente, ele não poderia entrar no carro sozinho.

Lázaro sentou-se no banco traseiro, Jaime dirigia, e Alexsander sentou-se no banco do passageiro.

O carro começou a se mover, e Alexsander virou-se para Lázaro, "Senhor Vasconcelos, você acha que a garota já pode estar morta?"

"Elas foram perseguidas naquele tempo, sua mãe morreu, e ela, uma menina de apenas nove anos, para onde poderia fugir? Provavelmente já foi capturada por aquelas pessoas."

Alexsander continuou, "Acho que é melhor você parar de procurar. O mais urgente agora é tratar a doença da Clarissa, e também recebemos ordens para localizar rapidamente aquele medicamento, caso contrário, se o GTO o encontrar primeiro, as consequências serão inimagináveis."

Lázaro se reclinou no assento, seus olhos fechados, ele não falou, como se estivesse pensando em algo.

Após um momento de silêncio, ele abriu levemente os olhos, sua voz um pouco rouca, "Talvez, eu já a tenha encontrado."

Alexsander e Jaime se chocaram, olhando para ele incrédulos, "Encontrou? Quem é?"

Lázaro baixou os olhos para o pendente em sua mão, "Ainda não tenho certeza."

Ele colocou o pendente no bolso, abriu a janela do carro e, olhando para fora com seus olhos estreitos e semi-cerrados, disse com uma voz apática, "O último local onde o elixir foi visto é em Nova Esperança do Sol. Ordene que as pessoas da Ordem Oculta da Serpente investiguem. Todos os estrangeiros que apareceram em Nova Esperança do Sol nos últimos vinte anos devem ser completamente verificados."