Minha Noiva É Uma Grande Chefe romance Capítulo 225

Vendo Luciana e os outros se preparando para sair, Lázaro franziu a testa.

"O que aconteceu?"

"Luciana descobriu que havia alguém na plateia com uma faca tentando se infiltrar e interveio para impedi-lo" disse Fabiana a Lázaro, indignada com a situação: "Mas quando a filha de pianista Alves apareceu, sem sequer perguntar o que havia acontecido, acusou Luciana, dizendo que ela iria sujar o chão do local!"

O semblante severo de Lázaro escureceu de repente e seus olhos estreitos e profundos varreram Sabrina: "É mesmo?"

Sua voz soava distante e tinha um tom gélido.

"Sim" continuou Oswaldo: "Então Sabrina apareceu, defendendo o leque com a faca, dizendo que gostava daquele tipo de leque e que Luciana estava metendo o nariz onde não era chamada".

"Nossa, até esse tipo de leque é defendido?" Alexsander sempre foi o fiel escudeiro de Luciana e, sua lealdade permaneceu inabalável.

Treinado pelo mesmo mestre, as palavras que ele proferiu praticamente as mesmas de Luciana: "Isso é o que, no concerto inteiro está cheio de fãs loucos assim? Quem ousaria assistir a um concerto desses?"

"Melhor nem ouvir esse concerto" Lázaro segurou a mão de Luciana, seu olhar passando rapidamente pelos rostos de Sabrina e Edilene, e virou-se para deixar o local com Luciana: "Para não sujar seus ouvidos."

Edilene empalideceu, surpresa com a franqueza de Lázaro.

Ele a tinha visto tão claramente que ela pensou que haveria pelo menos alguma cordialidade entre eles.

"Lázaro!" Sabrina, por sua vez, falou com um semblante sombrio: "Afinal, sou sua mais velha, como ousa falar assim?"

Lázaro, no passado em São Verde, não passava de um dissoluto com pernas deficientes e, embora o Sr. Velho Vasconcelos o favorecesse, Sabrina nunca o considerou digno de atenção.

Assim, mesmo agora que Lázaro havia se levantado e o Sr. Velho Vasconcelos anunciara que ele seria o próximo patriarca da família Vasconcelos, a percepção de Sabrina não havia mudado de imediato.

Sem emoção, Lázaro deu um resmungo frio: "Mais velha? Nem todos são dignos de serem meus respeitos."

"Você!" Sabrina não esperava que Lázaro lhe negasse qualquer cortesia.

"Sr. Vasconcelos" Edilene não se conteve e deu um passo à frente: "Posso ter uma palavra em particular?"

"Quem é você?" Lázaro franziu as sobrancelhas, seus olhos escuros sem um pingo de emoção, e seu rosto austero estava ainda mais gélido.

"Eu, eu sou a responsável pelo Laboratório TIC, Edilene!" Edilene disse, incrédula e com os olhos arregalados.

Já que o Lázaro era um dos financiadores de seu instituto de pesquisa e eles já haviam se encontrado várias vezes, ela não esperava que Lázaro não tivesse nenhuma lembrança dela.

Ela acreditava que Lázaro deveria ter uma lembrança marcante dela, que era tão talentosa. Caso contrário, por que entre tantos institutos que queriam atrair o investimento do Lázaro, ele escolhera justamente o TIC, fundado por ela?

E por que ele confiaria a ela um projeto de pesquisa tão importante que poderia mudar toda a humanidade?

Não foi porque ele admirava seu talento?

Como ele poderia... não reconhecê-la!

"Ah, é você." Lázaro finalmente mostrou algum reconhecimento pelo nome "Edilene".

O projeto de pesquisa inacabado deixado por sua mestra foi algo que ele pessoalmente encarregou a TIC de continuar.

Mais do que o rosto de Edilene, ele sempre se preocupou apenas com o andamento do projeto de pesquisa.

Ele ergueu os olhos e olhou para Edilene, com uma indiferença tranquila: "Você colocou maquiagem demais no rosto, eu não a reconheci".

"Ha!"

"O Sr. Vasconcelos é poderoso!" Alexsander ficou surpreso por um momento e começou a bater palmas de tanto rir, mas de repente se lembrou de que, se essa cena fosse capturada por seus oito irmãos, ele não sabia que tipo de truque eles inventariam para irritá-lo.

De repente, ele não conseguiu mais rir e, de cabeça baixa, seguiu os passos de Lázaro junto com Jaime.

Com a filha já sendo carregada, Leandro e os outros se recuperaram e se apressaram em segui-los.

Zuleide e Jairton olharam pensativamente para a silhueta de Lázaro carregando Luciana.

"Interessante." Quando Zuleide falou com Sabrina, seu tom era muito mais suave, não tão caloroso como antes: "Estou um pouco cansada, vou para casa agora, Jairton me leva."

"Sim, mãe." Jairton apoiou Zuleide e sem esperar por uma resposta de Sabrina, os dois desceram as escadas juntos.

A expressão de Sabrina mudou. Ela já havia percebido que havia uma relação profunda entre Luciana, Zuleide e Jairton, mas não esperava que eles agissem dessa forma, desprezando-a por causa de Luciana.

Nem falar de sua amizade de longa data com a família Rocha, Edilene ainda estava tratando dos ferimentos de Nicanor!

Com a saída de Jairto e Zuleide, Hilário, Priscila, Felismina e Agnaldo, os quatro ficaram sem saber o que fazer, parados no mesmo lugar. Por fim, trocaram olhares e, ainda que relutantes, pediram desculpas a Sabrina e optaram por seguir Zuleide e Jairton.

O concerto de piano de hoje estava fadado a se tornar uma piada com a situação chegando a esse ponto.

Não havia por que ficar ali.

Vendo as pessoas da família Rocha se afastando uma após a outra, Sabrina mordeu o lábio inferior com raiva, seu rosto se contorcendo em fúria, mas ainda tendo que se conter para não explodir.

Repentinamente, ela percebeu que a relação próxima que pensava ter construído com a família Rocha ao longo dos anos, sendo gentil e atenciosa com Jairton, era na verdade muito mais frágil do que imaginava.

Nesse momento, uma van preta parou em frente ao teatro, e Belmiro, vestido em um elegante smoking preto, e seu gerente desceram do veículo.