Minha Noiva É Uma Grande Chefe romance Capítulo 236

Lázaro imediatamente endireitou o corpo, dissipando qualquer sinal de fraqueza anterior, e tomou a iniciativa de pegar a mão de Luciana, seguindo Jairton para entrar no carro da família Rocha.

Antes de partirem, ele ainda se lembrou de instruir Alexsander, que havia sido deixado para trás: "Você cuida bem da Tarsila e fique atento, a GTO pode voltar a bater na porta."

Alexsander olhou para Tarsila e assentiu.

Tarsila também trocou um olhar com Luciana, mas não disse mais nada.

Somente depois que Luciana e Lázaro entraram no carro de Jairton é que ela, rindo, perguntou a Lázaro: "Sua dor nas costas passou?"

Lázaro imediatamente curvou-se levemente, cobrindo a costela esquerda com uma expressão frágil e apoiando-se no encosto do assento sem dizer uma palavra; o olhar que lançava para Luciana ainda continha um brilho de mágoa, tão apaixonado.

Luciana sentiu um arrepio percorrer seu corpo. Ela pensou que se não fosse por Jairton estar sentado ao lado, observando-os atentamente, talvez Lázaro tivesse se jogado em seus braços para fazer manha.

Ao imaginar essa cena quase insuportável de se ver, Luciana não pôde evitar um tremor involuntário.

Jairton, sentado ao lado de Luciana, observava atentamente a interação entre os dois jovens ao seu lado. Ao ver Lázaro fazendo beicinho para Luciana com o olhar, ele deu um muxoxo interno de desprezo, considerando-o afetado e capaz de usar tais artifícios para enganar sua filha.

Embora Lázaro fosse uma escolha de Zilá, que já havia falecido há dez anos, o Lázaro de dez anos atrás ainda era um jovem amável e gentil. Naquela época, ele também via algo de bom no rapaz.

Ele pensou que, se tivesse uma filha, gostaria que ela se casasse com ele.

Agora, mais de uma década depois, as pessoas mudam facilmente, e até mesmo o temperamento de Lázaro já não era mais semelhante do jovem daquela época. Portanto, em nome da futura felicidade de Luciana, ele ainda precisaria examinar Lázaro com mais cuidado.

Foi também por isso que ele concordou tão prontamente que Lázaro acompanhasse Luciana de volta à família Rocha. Mantê-lo sob seus olhos era a maneira mais conveniente de observá-lo para Jairton.

No Hall de Rocha.

Felismina sentou-se pensativamente no balanço do jardim, balançando-se enquanto franzia a testa.

Depois de voltar de Nova Esperança do Sol, ela foi primeiro à família Monteiro com Priscila.

Seu desempenho no ENEM havia sido muito bom, suficiente para entrar na Uni. São Verde, mas a família Monteiro estava considerando enviar-la para estudar no exterior, então pediram que voltasse para discutir a opção.

Ela estava ponderando se deveria ir para o exterior ou para a Uni. São Verde quando ouviu o som da buzina de um carro do lado de fora do grande portão do Hall de Rocha.

O portão elétrico de ferro do Hall de Rocha se abriu imediatamente, e um sedã preto alongado entrou, escoltado por dois outros veículos.

Felismina desceu curiosa do balanço, perguntando-se desde quando seu tio gostava de tal ostentação ao sair.

Ela então viu a porta traseira do sedã se abrir, e um par de pernas longas foi o primeiro a sair, seguido pela figura imponente de um homem que fez Felismina com um pouco surpresa.

Ele estava vestido de maneira casual e despojada naquele dia, até o cabelo parecia não ter sido cuidado, mas ainda assim não perdia a nobreza habitual. Os raios de sol da manhã de verão tingiam os cabelos soltos na frente de sua testa de dourado e transformavam a frieza habitual de seus olhos estreitos em uma expressão terna e comovente.

Ele ficou em pé ao lado da porta do carro, inclinando-se ligeiramente para ajudar uma jovem alta a sair do banco de trás.

Essa foi a terceira vez que Felismina viu essa garota bonita, que ainda se vestia com a mesma simplicidade de quando foi ao recital de piano de Sabrina: camiseta branca, jeans e tênis.