Minha Noiva É Uma Grande Chefe romance Capítulo 28

Na entrada da família Rocha.

Jaime, levando Lázaro que acabara de chegar, ouviu as palavras de Luísa e seus olhos brilhantes se estreitaram, envoltos em uma camada de frieza em seu rosto severo.

Alexsander e Jaime franziram a testa juntos, preocupados.

O que Paula estava tentando dizer?

Ela tratou Clarissa às escondidas, alegando que não queria que ninguém soubesse, mas ela mesma espalhou a notícia por toda a cidade?

O que ela realmente queria?

"Irmã!"

Ao lado, Clarissa viu Luciana e, animada, correu em sua direção, mas foi contida por Lázaro, "Espere um momento."

Ele não sabia que a irmã mencionada por Clarissa era Luciana, só queria ver o que Paula tinha em mente.

Dentro do salão.

Todos ouviam as palavras de Luísa e admiravam Paula.

Quando olharam para Luciana, seus olhares se encheram de repulsa e começaram a conversar, "Você viu, esse Leandro também não sabe o que faz. Paula pode ser a filha adotiva, mas é muito mais competente que a própria filha. Não importa quem se case com Lázaro, será filha dele e ele deveria estar feliz. Ele arruinou o futuro da filha adotiva por causa da própria filha."

"Sr. Leandro estava tão confuso, se fosse eu, trataria a filha adotiva mil vezes melhor. Se ela for bem educada, será a glória da família. E essa Luciana, só de olhar para o jeito que se veste, não tem presença, e foi criada no interior, mal sabe ler e escrever, que benefício pode trazer para a família Rocha?"

"Se você me perguntar, o declínio da família Rocha também não é sem razão. Ter uma filha adotiva de tamanha excelência e, ainda assim, estragar outra filha que é tão comum."

Paula ouviu as conversas ao redor e ficou pálida.

Ela sabia!

Essas pessoas definitivamente a defenderiam!

Mas ela não precisava de defesa deles agora!

Que idiotas!

Ela estava prestes a explodir de raiva!

E ao lado, Leandro tremia de fúria, bradando, "O que vocês sabem? Foi Paula quem recusou o casamento, o que Luciana tem a ver com isso?"

"Leandro, não adianta mais explicar. Se você não estivesse errado, por que a Sra. Velha Rocha teria te expulsado? Você nem consegue encontrar trabalho agora, certo? Na minha opinião, você deveria seguir o conselho da Sra. Velha Rocha e casar Paula com Lázaro para poder voltar a desfrutar da boa vida." Entre os convidados, alguém zombou.

"Você!" Leandro ficou furioso, mas sem palavras.

Foi então que uma dama da alta sociedade se aproximou, perguntando ansiosamente a Paula, "Srta. Rocha, você realmente curou a irmã de Lázaro? Ouvi dizer que ela sofreu um acidente na infância, desfigurada e com muitas marcas feias no rosto. Recentemente, espalharam-se boatos de que ela recuperou a beleza. Foi você quem a tratou?"

Essa era Catarina Machado, a filha da família Machado de Nova Esperança do Sol, de quarenta e cinco anos, casada com a família Fonseca de São Verde.

Dizia-se que sua filha, Bruna Fonseca, tinha desfigurado o rosto em um acidente de carro anos atrás. Depois de procurar médicos renomados sem sucesso, ela ficou muito preocupada.

Bruna, por ter desfigurado o rosto, se tornou reclusa, relutante em interagir com estranhos, o que causou grande aflição à sua mãe.

Alguns meses atrás, ela trouxe Bruna para Nova Esperança do Sol, esperando que a mudança de ares pudesse fazer bem a ela.

Ela veio à festa de aniversário porque sua mãe tinha uma relação um pouco complicada com a Sra. Velha Rocha. Como sua mãe estava doente, ela veio em seu lugar, sem imaginar que ouviria que Paula poderia tratar desfiguramentos. Ela estava extremamente emocionada.

Antes que Paula pudesse responder, Lília orgulhosamente disse, "É claro, a habilidade médica de Paula é extraordinária. A doença da irmã do Sr. Vasconcelos era tão grave, e Paula a curou em poucos dias."

Paula queria interromper Lília, mas pensando no status de Catarina, acabou consentindo.

A família Fonseca gozava de um prestígio incomum em São Verde, e ela já havia pensado em estreitar laços com Catarina, pois dessa forma, quando fosse para São Verde, teria mais oportunidades.

Os olhos de Catarina brilharam, "É verdade?"

Eu entendi! Não sou um idiota! Alexsander pensou.

Por outro lado.

Catarina, emocionada, segurou a mão de Paula e disse animadamente, "Srta. Rocha, gostaria que examinasse minha filha. Se ela se curar, com certeza lhe darei uma generosa recompensa."

Paula estava internamente satisfeita, mas manteve uma expressão graciosa e humilde, sorrindo, "A senhora é muito gentil. Cuidar e salvar vidas é o dever de um médico, mas não tenho certeza se poderei curar a doença de sua filha, afinal, cada caso é diferente."

"Entendo, entendo," disse Catarina, "mas quero tentar qualquer possibilidade de esperança."

Após uma pausa, ela continuou, "Incomodaria a senhora verificar minha filha após o fim da festa? Desculpe, estou realmente muito ansiosa."

Paula sorriu compreensiva, "Entendo. Então, após a festa, irei com a senhora para ver sua filha."

"Não precisa, pode se ocupar, já vou buscá-la." Sem dar a Paula chance de responder, Catarina saiu às pressas.

Depois que ela partiu, as pessoas ao redor começaram a murmurar em admiração, louvando Paula por sua beleza e bondade, por não ser arrogante nem exagerada, deixando aquela Luciana para trás em muitas coisas.

Luísa, orgulhosa, olhou para Luciana e disse, "Viu? A excelência da Paula é reconhecida por todos. O que você tem para competir com ela? Vou te dizer, mesmo que você seja a filha legítima do meu tio, não vai funcionar, comigo aqui, você nunca vai tirar o noivo dela!"

O canto da boca de Luciana se curvou levemente para cima, pronta para responder, quando de repente, uma pequena figura correu até ela e abraçou suas pernas, "Irmã!"

Luciana ficou surpresa, olhando para a pessoa à sua frente, "Clarissa?"

Clarissa assentiu, "Irmã, senti sua falta."

Em seguida, Clarissa virou-se para Paula, fazendo biquinho e com uma expressão de raiva, disse, "Por que você fingiu ser minha irmã? Quem cuidou de mim foi ela, não foi você!"

Paula franziu as sobrancelhas, nunca tinha visto Clarissa com sua aparência restaurada e não sabia quem ela era. Ao ouvir a outra pessoa falar assim, sentiu-se envergonhada, mas ainda assim manteve um sorriso, "Querida, não se deve falar sem pensar, quando foi que eu fingi ser sua irmã?"

De não muito longe, veio uma voz fria e distante, "É mesmo? Então, por favor, Srta. Rocha, poderia explicar por que a minha irmã Clarissa diz que foi a Srta. Rocha quem a curou?"