Minha Noiva É Uma Grande Chefe romance Capítulo 454

Quando os quatro estavam alegremente saboreando o fondue, Alexsander também trouxe os documentos do quartel-general.

Olhando para a porta vazia, Alexsander não sabia se entrava ou não.

Ele enviou uma mensagem para Tarsila: "Cadê você? Onde você está?"

Tarsila, que ainda não havia engolido a carne de cordeiro em sua boca, apertou o botão de voz, "Estou em missão, minha tarefa é seguir a Professora Rocha sem me afastar um passo sequer."

Em seguida, Luciana também disse, "Entregue isso e não perturbe, se você estragar nossa cooperação, eu quebro suas pernas."

Logo depois, Lázaro também falou, "Eu arranco o seu braço."

Jaime, por outro lado, foi direto, "Força aí!"

Alexsander ouvia pelo fone os sons do fondue borbulhante, dos refrigerantes, da carne de cordeiro que não se desfazia facilmente!

Isso era uma missão?

Isso era uma tortura emocional!

Mas não tinha jeito, ele só podia rapidamente entregar os documentos.

Porque Horácio já estava apressando no grupo "Bomba Pequena".

Esse era um grupo criado por Luciana para facilitar a comunicação.

Alexsander não teve escolha senão colocar máscara e chapéu, cobrindo-se bem antes de entrar na casa de Horácio.

Já estava ficando tarde, Horácio havia apenas ligado um abajur ao seu lado, sem acender a luz principal.

Três canetas esferográficas de cores diferentes marcavam diversos documentos na sua frente.

Alexsander tossiu levemente, mas Horácio não reagiu.

Ele teve que se aproximar mais e bateu levemente na cabeça de Horácio com os documentos, "Ei, os documentos..."

"Ah!"

Duang!

Alexsander só sentiu estrelas nos olhos, recuou alguns passos e caiu para trás.

Quando ele abriu os olhos novamente, ou melhor, quando ele abriu o olho esquerdo novamente, as luzes da casa de Horácio estavam acesas.

Horácio estava ao lado olhando os documentos, e ao ver Alexsander acordar, falou calmamente: "Você é louco? Vestindo preto e com uma máscara, veio cumprimentar alguém por trás?"

Alexsander segurava o seu olho direito, "Louco é você! Se você não quer me ver, como eu não vou cobrir meu rosto?"

Horácio quase não conseguiu segurar o riso, "Desde quando você é tão obediente?"

Alexsander suspirou profundamente, "Não quero falar muito, os documentos estão aqui, eu vou embora."

"Não vai não." Horácio apontou para fora, "Está chovendo torrencialmente, e seu carro foi rebocado pela polícia de trânsito."

Alexsander, "...Por que rebocaram meu carro?"

"Você estava atrapalhando o tráfego." Horácio olhou seriamente para Alexsander.

Alexsander apertou os punhos, rangendo os dentes, "Você não podia, ter estacionado, o meu carro, na sua, garagem?"

Horácio riu, "Desculpe, mas minha garagem não é lugar para trenó de husky."

"Você..." Alexsander não conseguiu formar uma resposta e acabou sentando-se frustrado no sofá.

Horácio continuou a olhar os documentos como se Alexsander não estivesse ali.

Depois de um tempo, o estômago de Alexsander começou a roncar, e ele bateu na mesa, "Você não está com fome?"

Horácio, de costas para ele, apontou para a geladeira, "Sirva-se."

Alexsander não disse mais nada, foi até a geladeira e viu que, além de macarrão instantâneo, havia sanduíches, acompanhados de refrigerante.

Ele perguntou, sem entender, "Você só come isso?"

Horácio murmurou um "hm" distante, "Só estou, me viro como posso."

Por alguma razão, Alexsander sentiu um aperto no coração.

Ele percebeu pela primeira vez que Horácio parecia muito mais magro do que lembrava.

Também, comendo isso todos os dias, como não emagrecer?

Ela nunca havia se apaixonado antes.

Em seus olhos, havia apenas Alexsander.

Ela sempre lembrava daquela frase: "Depois do beijo, fica combinado, vamos nos casar."

Por causa dessa frase, ela o perseguiu por longos quinze anos.

Ela o perseguia, e ele não tinha como escapar.

Parece um pouco engraçado, mas só ela conhecia a amargura por trás disso.

Que menina perseguiria um homem sem reservas por quinze anos?

Ela era obstinada, perseguindo Alexsander com a mesma determinação que aplicava em seus estudos sobre armamentos.

No início, ela nem sabia por que o perseguia, só pensava obstinadamente que, já que ele disse que a casaria, não poderia voltar atrás.

Ao crescer um pouco, quando começou a entender o amor juvenil, ela finalmente percebeu que perseguia Alexsander porque achava-o bonito.

Mais tarde, à medida que crescia e seus interesses e hobbies começavam a preencher sua vida, ela descobriu que Alexsander também estava envolvido na mesma carreira que ela.

Ele estava na linha de frente, enquanto ela se dedicava à pesquisa.

Mas ambos tinham o mesmo objetivo de paz mundial.

Foi então que ela soube que o menino que havia perseguido era, realmente, excepcional.

Todos, inclusive o Sr. Velho Matos, diziam que seu neto era um completo tolo.

Mas ela achava que Alexsander era o homem mais excepcional do mundo.

Ele, com seu apelido engraçado de Husky, lançava-se ao combate, completando missões com perfeição, uma após a outra.

Como tal homem poderia ser um tolo?

Por isso ela tinha certeza, não era por causa daquela promessa da infância ou do hábito de tantos anos que ela gostava de Alexsander.

Era porque ele era realmente excepcional, realmente digno de admiração.