Minha Noiva É Uma Grande Chefe romance Capítulo 479

No hospital, Nestor ainda estava em cirurgia, enquanto Felismina, que tinha sofrido ferimentos mais leves, foi a primeira a acordar.

Toda a família Rocha correu para o hospital e, ao ver Felismina acordar, todos respiraram aliviados.

Priscila, então, desabou em lágrimas, “Você, sua menina atrevida, quase matou sua mãe de susto. Se algo acontecesse a você, como eu explicaria ao seu pai?”

Felismina ainda não conseguia falar, olhou ao redor e não viu Luciana.

Leocádio pareceu entender o que Felismina queria dizer e inclinou-se para falar, “Shiying, Luciana ainda está operando Nestor. Ela virá assim que terminar.”

Felismina suspirou aliviada e olhou para sua mãe, seus olhos um pouco úmidos.

Lívia disse apressadamente, “Shiying, não chore agora. Luciana disse que você tem escoriações no rosto, chorar não é bom para a cicatrização, pode acabar deixando marcas. Seja obediente.”

Agnaldo também tentou consolar Priscila, “Tia, não chore mais. Luciana disse que Shiying e Nestor não estão em perigo de vida. Eles ficarão alguns dias no hospital e logo estarão de volta, cheios de vida. Se você continuar chorando, quando eles se recuperarem, vão acabar tendo que cuidar de você.”

“Está bem, está bem, não vou chorar mais.” Priscila enxugou os olhos e segurou a mão de sua filha, “Se não fosse por Luciana, você e Nestor poderiam ter morrido. Sua colega Karina disse que, para salvar vocês dois, Luciana e Lázaro saltaram de um penhasco. Foi aterrorizante.”

Felismina mordeu o lábio, querendo dizer algo, mas não conseguiu. Logo, a falta de força a venceu, e ela adormeceu novamente.

Quando acordou novamente, a maioria dos aparelhos já havia sido retirada, mas suas pernas ainda estavam sem sensação e precisavam de tempo para recuperar. Luciana, preocupada que ela se movesse demais, as imobilizou.

Nesse momento, Nestor também saiu da sala de cirurgia, aguardando recuperar a consciência, e Felismina já podia falar.

“Mãe, onde está Luciana?” Felismina perguntou.

Ela se lembrava que, no último momento antes de fechar os olhos, foi Luciana quem segurou sua mão, dizendo— “Comigo aqui, vocês não vão morrer.”

Assim que as palavras foram ditas, Luciana entrou, “Acordou? Você vai ter que ficar deitada por um mês, e depois fazer fisioterapia. Embora as pernas estejam imobilizadas, a lesão foi grave e vai precisar de um tempo de reabilitação.”

O tom de Luciana era neutro, como se estivesse lidando com uma paciente qualquer.

Felismina mordeu o lábio inferior, olhando intensamente para Luciana, antes de finalmente dizer, “Depois de tudo que fiz, por que ainda quis me salvar? Não deveria estar rindo de mim?”

Luciana respondeu com um “Oh”, “Para rir de você, você precisa estar viva.”

Ouvindo isso, Felismina soltou uma risada, mas logo mordeu os lábios novamente, olhando para Luciana e disse com voz firme, “Eu estava errada antes, me desculpe. Não deveria ter julgado você tão severamente. Minha mãe estava certa; você nunca foi uma pessoa de coração ruim. O que você fez, teve seus motivos.”

“Desculpe, não peço seu perdão, só quero que saiba que não vou mais te culpar. Antes, eu era invejosa porque todos em casa te tratavam tão bem. Agora eu entendo, ser bom com você é merecido.”

Depois de dizer tanto, Felismina sentiu-se esgotada, respirou fundo para finalmente relaxar.

Luciana apenas acenou com a cabeça, “Certo, entendi.”

Felismina não era má, apenas propensa ao ciúme, nada grave.

“Tia, tenho mais coisas para fazer, vou indo.” Luciana se dirigiu a Priscila.

Priscila respondeu, “Obrigada, Luciana, e obrigada ao Sr. Vasconcelos também.”

“Somos uma família.” Luciana apertou a mão de Priscila, se despediu brevemente e saiu do quarto.

Lázaro também estava do lado de fora esperando, e ao vê-la sair, pegou sua mão e caminharam para fora do hospital.

Inesperadamente, encontraram Graciliana na entrada, que ainda estava sentada em sua cadeira de rodas, acompanhada por uma mulher desconhecida.

“Que coincidência encontrar vocês aqui.” Graciliana falou com um sorriso leve, embora seu tom fosse indiferente.