Minha Noiva É Uma Grande Chefe romance Capítulo 485

Clovis examinou cuidadosamente todos os documentos que Lázaro trouxe.

Eles indicavam claramente as evidências de que Luciana havia sido incriminada, incluindo a admissão de Graciliana de ter feito a acusação falsa, e como Edilene havia roubado as digitais de Luciana, além dos depoimentos sobre a tentativa de homicídio na sala de cirurgia.

Em resumo, Luciana era inocente.

Com uma expressão serena, Clovis devolveu os documentos a Lázaro, seus lábios ligeiramente enrugados formando um sorriso: "Você fez um excelente trabalho."

Lázaro fixou o olhar em Clovis, a pessoa que, além de Zilá, havia sido seu guia na Delegacia X.

Ele sorriu de lado: "Eu também acho — fiz um trabalho excelente!"

Clovis levantou os olhos para encontrar os de Lázaro, e os dois se olharam, sem dizer uma palavra.

O ambiente ficou instantaneamente mais tenso.

Alexsander, Jaime e Atílio, que estava de lado, todos observavam Clovis da mesma forma.

Durante esse tempo, todas as ações de Clovis visavam contrariar Lázaro, impedindo todas as suas iniciativas e isolando a Delegacia X, mantendo todos afastados.

Somente Atílio, que não estava satisfeito com Luciana, foi mantido ao lado sem saber o verdadeiro propósito dessa operação.

Todos que conseguiram entrar na Delegacia X eram inteligentes.

Clovis tinha um motivo para agir assim.

No momento, eles apenas não podiam deduzir por que Clovis estava agindo contra Luciana e Lázaro.

Se era uma decisão própria ou se havia alguém por trás disso.

Após olhar para Lázaro por um momento, Clovis de repente sorriu: "Já que a ordem veio de cima, Luciana está livre das acusações."

Ele fez uma pausa antes de adicionar: "Mas, não sei se ela terá a mesma sorte da próxima vez. Luciana faria bem em não ter envolvimento com o CK, caso contrário, não ignorarei a lei para protegê-la por sua causa."

Lázaro sorriu: "Não haverá uma próxima vez. Se Luciana realmente cometer um crime, não precisará do Sr. Carvalhais agir, serei eu quem a prenderá."

E como ele faria isso, bem, ele decidiria.

Clovis estreitou os olhos, sua voz um pouco fria: "Espero que seja assim."

Antes, Lázaro sempre o chamava de chefe, agora, até mesmo isso foi deixado de lado, chamando-o diretamente de Sr. Carvalhais.

Parece que o jovem lobo cresceu e tornou-se incontrolável.

Lázaro recolocou seus óculos de proteção, sem dizer mais nada, apenas acenou para seus irmãos reunidos ao redor: "Acabou por hoje, hoje à noite o Sr. Carvalhais está pagando o jantar."

Agora, Lázaro, como subdiretor da Delegacia X e líder direto da equipe especial, obviamente recebeu a resposta imediata de todos, exceto por alguns poucos que ainda buscavam a opinião de Clovis.

Clovis ficou em silêncio por alguns segundos, depois escondeu sua expressão: "Certo, hoje à noite, eu pago o jantar."

Com essas palavras, uma onda de comemoração se espalhou.

Mas todos sabiam que, a partir de agora, a Delegacia X de São Verde nunca mais seria a mesma.

Clovis foi o primeiro a voltar para a sede em seu carro, deixando Atílio para trás no local.

"Capitão, desculpe pelo o que aconteceu antes." Atílio, mesmo não gostando de Luciana, nunca a trataria como uma criminosa, a menos que ela realmente violasse a lei.

Ele ficou chocado ao ver que Luciana era o alvo da missão.

Mas, como capitão do Terceiro destacamento de equipes da Delegacia X, ele não poderia recuar naquela situação.

Não importava se era Luciana ou até sua própria mãe ali, ele faria sua parte.

Lázaro lançou-lhe um olhar, dizendo calmamente: "Não precisa explicar, você estava apenas cumprindo seu dever."

Atílio apertou os lábios, sem saber mais o que dizer.

Luciana avaliou Atílio de cima a baixo, percebendo que, em comparação com a última vez que o viu, suas habilidades gerais haviam melhorado significativamente, indicando que suas lesões anteriores haviam se curado.

Se agora Atílio e Tarsila tivessem que lutar, seria difícil dizer quem ganharia.

Após alguns segundos de silêncio, Atílio ordenou que o Terceiro Pelotão encerrasse as atividades e, ao partir, lançou um olhar para Tarsila, dizendo: "Amanhã, reintegre-se ao pelotão."

Tarsila prestou continência, respondendo: "Sim, capitão."

Atílio a olhou profundamente.

Clovis, céu azul, itinerante.

Céu azul e itinerante, até mesmo Lázaro nunca havia visto pessoalmente.

Apenas os de cargo de vice-diretor para cima tinham acesso.

No entanto, em breve, Lázaro teria a chance de encontrar os outros dois e identificar o traidor.

Ao ouvir que era Horácio, Alexsander imediatamente se calou, sabendo que Horácio tinha influência, mas não tão grande.

Mas, ele não ousou perguntar mais.

Desde a última vez que Horácio o ligou, não houve mais contato, e suas mensagens não foram respondidas. Tentar visitar era inútil.

Isso o fez respeitar o nome de Horácio.

Finalmente, o carro ficou em silêncio.

Lázaro pretendia levar Luciana para casa, mas, no caminho, recebeu uma ligação do Sr. Velho Vasconcelos.

"Lázaro, volte aqui um momento, aconteceu algo em casa."

Imediatamente, Lázaro mudou de rota, voltando para a família Vasconcelos.

Chegando à família Vasconcelos, Luciana e Lázaro desceram juntos do carro, enquanto Alexsander e Tarsila ficaram do lado de fora.

Assim que entraram, os dois ouviram o choro de Eunice.

"O que aconteceu?" perguntou Lázaro.

Clarissa correu para os braços de Lázaro num instante: "Irmão, estou tão assustada, por favor, veja como está o tiozinho."

Nesse momento, Clodoaldo estava sentado no sofá tentando confortar Eunice, sem nenhum ferimento visível em seu corpo.

Na mesa, porém, havia uma faca igual àquela que estava cravada anteriormente na porta da família Vasconcelos.

E nela estava presa uma nota — "Devolvam-me a pessoa!"