Minha Noiva É Uma Grande Chefe romance Capítulo 568

Zenilda abriu o relatório, e era a data de hoje!

"O que está acontecendo?" Zenilda perguntou, surpresa.

Como isso é possível?

Flávio ainda não desistiu de fazer o teste de paternidade com Luciana!

Quando ela estava em Cidade do Mar, não tinha já alterado os resultados do teste de paternidade!

Lucinda deu de ombros, "Como eu deveria saber? Se não fosse por minha vigilância, a identidade de Luciana já teria sido exposta. Senhorita Zenilda, parece que sua posição na família Samaio está por um fio."

"Não preciso do seu lembrete, Cinco Venenos!" Zenilda repreendeu severamente, com um olhar cheio de ressentimento.

E a mulher na mansão era precisamente Cinco Venenos, usando o rosto de Lucinda.

Cinco Venenos se olhou no espelho, aparentemente muito satisfeita com seu rosto atual. Diante do ressentimento de Zenilda, ela não mostrou desconforto, pelo contrário, parecia bastante desfrutar.

"Senhorita Zenilda, ficar zangada faz surgir rugas, sabia? Você é tão jovem, deveria cuidar melhor de si mesma." Cinco Venenos deu um tapinha no próprio rosto.

Zenilda rasgou o relatório de teste de paternidade em pedaços e o jogou com força no lixo.

Ela se sentou, com um olhar profundo e frio, "Você, que não vive pela própria aparência, ainda se preocupa com isso?"

Cinco Venenos não evitou a questão, "Claro, minha pele é muito boa. Mesmo usando um rosto falso, não deixarei minha pele ser danificada. Como mulher, não se deve viver de maneira tão descuidada."

Enquanto falava, Cinco Venenos sentou-se diante de Zenilda e pegou o copo de vinho tinto que havia antes, "Senhorita Zenilda, eu lhe fiz um grande favor, você não acha que deveria mostrar um pouco de sinceridade?"

Zenilda respirou fundo, "Eu acabei de chegar em São Verde, só pude vir porque meu pai ficou doente, caso contrário, a família Samaio nem queria que eu viesse, com medo de que eu convencesse meu pai a dar toda a herança da família Samaio para mim."

"Mas você está aqui agora, não está? Quando vai cumprir sua promessa?"

A voz de Cinco Venenos era suave, quase como se estivesse comentando sobre o sabor agradável do vinho.

Mas Zenilda involuntariamente se endireitou, sentindo um formigamento em seu coração.

Ela estava com medo.

Zenilda engoliu em seco, forçando-se a controlar as mãos trêmulas, "Eu farei o mais rápido possível, pode confiar. O acordo entre nós ainda é muito importante para mim."

Cinco Venenos balançou levemente o copo de vinho, e o líquido vermelho escorreu lentamente pelos lábios, revelando um olhar perigosamente calmo.

Zenilda baixou a cabeça, incapaz de encarar os olhos de Cinco Venenos.

"Então, Senhorita Zenilda, espero que nossa colaboração seja prazerosa. Você não vai querer me decepcionar." Cinco Venenos sorriu, levantando-se para servir mais um copo de vinho tinto.

Zenilda suspirou aliviada por dentro, "Beba com calma, eu preciso ir."

"Vá com calma, não a acompanharei até a porta." A voz de Cinco Venenos ainda era leve e flutuante, enquanto ela mantinha as costas voltadas para Zenilda.

Zenilda saiu da mansão, apressando-se de volta ao seu carro, levando um bom tempo para se acalmar e parar de tremer.

Ela se inclinou sobre o volante, lembrando-se da cena de anos atrás.

Naquele ano, ela tinha seis anos.

No jardim dos fundos da família Samaio, ela viu um homem pular para dentro, caminhando em direção a ela e Luciele, que estavam brincando no jardim.

Luciele, muito alerta, protegeu Zenilda atrás de si, encarando o homem e desafiando, "Quem é você? Por que está na minha casa?"

O homem, com metade do rosto coberto por uma máscara, revelava apenas os lábios vermelhos e um leve sombreado de barba no rosto.

O homem sorriu e agachou-se, voltando à pergunta de Luciele, "Você é Luciele, não é? Tem mais ou menos a idade da minha filha. Me chamo Cinco Venenos, é a primeira vez que nos encontramos, e não trouxe nenhum presente para você. Você não se importa, né?"

Luciele continuava a observar o homem com cautela, "O que você quer? Fique longe de nós!"

"Eu vou te levar comigo, para que seu pai nunca mais te veja. Esse é o meu prazer, Luciele. Vamos," disse Cinco Venenos, estendendo a mão para Luciele com um sorriso que parecia uma brisa leve.

Clodoaldo era a pessoa que Lázaro mais prezava na família Vasconcelos, alguém que ele sempre valorizou desde a infância.

Na mente de Lázaro, a posição de Clodoaldo não era menos importante do que a do Sr. Velho Vasconcelos.

Mas o que Clodoaldo fez?

Explorando a confiança de Lázaro, levou-o a armadilhas uma após outra, colocando-o em vórtices de perigo.

No final das contas, ele tentou usar todos da família Vasconcelos para controlar Lázaro, tudo por uma disputa de herança.

É irônico, pois se Clodoaldo simplesmente tivesse pedido, Lázaro teria cedido a posição de herdeiro, já que Clodoaldo disse que não queria herdar a família Vasconcelos.

A posição de herdeiro da família Vasconcelos nunca foi importante para Lázaro.

Afinal, o império construído pelo Sr. Velho Vasconcelos deveria ser herdado e continuado por alguém confiável.

Lázaro planejava, após estabilizar as coisas, passar a posição de herdeiro para Clodoaldo.

Mas, ele nunca imaginou...

Essa questão sempre foi uma dor no coração de Lázaro.

Ele pode não dizer nada, mas Luciana sabe.

Clodoaldo estava encolhido, suas mãos pressionando seu estômago, olhando furiosamente para Luciana.

"Onde está o antídoto!"

Clodoaldo rugiu, mas por mais que gritasse, não conseguia mudar o fato de ser apenas um leão enjaulado.

Sua glória passada já havia se dissipado há tempos.

Luciana olhou para o relógio e disse, "Parabéns, você conseguiu superar mais uma vez o tormento do veneno."