Minha Noiva É Uma Grande Chefe romance Capítulo 597

No escritório, Zenilda já havia preparado o chá para o Sr. Velho Sampaio e esperava em silêncio a sua chegada. Assim que entrou, o Sr. Velho Sampaio notou os olhos vermelhos de Zenilda, claramente sentindo-se culpada pelo ocorrido durante o dia. Ele sempre foi mais severo com os meninos da casa, não hesitando em usar sua bengala para repreendê-los, mas com as meninas, raramente levantava a voz. Não era por causa do desaparecimento de Luciele que ele se sentia assim, mas sim porque sempre achou que as meninas deveriam ser mimadas. Mesmo quando Kátia e Gislaine, travessas, quase cortaram as próprias sobrancelhas com o aparelho de barbear de Nereu, ele apenas riu e deu um leve toque na cabeça de cada uma. Com Zenilda, ele jamais levantou um dedo. Mas naquele dia, o Sr. Velho Sampaio estava realmente irritado. Zenilda era como uma filha para ele, e ele conhecia bem os sentimentos dela. Ele sabia que Zenilda não gostava de Luciana e tampouco de Kátia e Gislaine.

"Pai," Zenilda começou a chorar ao falar, e as lágrimas simplesmente não paravam. Normalmente, o Sr. Velho Sampaio lhe passaria um lenço ou diria brincando algo como "minha pequena, por que está chorando de novo?" Mas desta vez, ele não disse nada, apenas sentou-se pesadamente na cadeira. Depois de um tempo, Zenilda parou de chorar e baixou a cabeça em silêncio.

O Sr. Velho Sampaio suspirou profundamente e disse com seriedade: "Lili, você realmente exagerou hoje." "Pai, eu juro que não sabia que o José havia comprado uma mercadoria falsa. Eu também fui enganada, me desculpe," Zenilda se apressou em explicar. "A família Fernandes certamente não daria um presente falso. Há muitos presentes que a família Fernandes poderia oferecer que seriam mais valiosos do que uma pedra de vidro colorido. O que me irritou foi você difamando a Luciana na frente do José!"

As palavras do Sr. Velho Sampaio fizeram Zenilda estremecer. "Pai, como eu poderia difamar a Luciana? Eu..." "José e Luciana nem se conhecem. Como ele poderia ter tanta animosidade contra ela?" O Sr. Velho Sampaio bateu com a bengala, seus olhos também carregando um vislumbre de raiva. Zenilda mordeu o lábio e contou sobre o dia em que Luciana salvou Amaury na família Fernandes. "Naquele dia, foi Luciana quem fez José passar vergonha, então hoje..."

"Você deveria dizer que foi você quem contou para ele sobre Luciana!" O Sr. Velho Sampaio olhou para Zenilda com decepção, sua voz carregada de repreensão. "Lili, José é um tolo, como ele saberia que Luciana é a Médica Divina e Espectral? Você acha que seu pai é tão senil assim?" Zenilda ficou sem palavras. Ela sabia que Amaury certamente havia contado tudo sobre aquele dia para o Sr. Velho Sampaio. Eles haviam sido amigos desde jovens e continuaram próximos na velhice, naturalmente compartilhando entre si tudo o que acontecia. Amaury, com certeza, sabia da identidade de Luciana. E tudo que aconteceu na família Fernandes não escapava dos olhos de Amaury. Incluindo as coisas ruins que ela disse sobre Luciana na frente de José. Ela pensou que, como Amaury estava doente naquele dia, falando não faria diferença, mas ela estava enganada, ele ficou sabendo. José, naquele dia, de fato revelou a identidade de Luciana como Médica Divina e Espectral, o que foi muito intencional. Ele definitivamente não conhecia Luciana e certamente não iria investigar a identidade dela. A primeira frase já revelou isso, e naquele momento Zenilda também sentiu que algo estava errado. Mas as palavras de José já haviam sido ditas, e ela não podia mais impedir.

Sr. Velho Sampaio pausou brevemente, soltando um longo suspiro, "Minha querida Zenilda, eu sei que a chegada de Luciana te deixou insegura, você teme que sua posição no meu coração caia abruptamente, temendo ser expulsa da família Sampaio." Zenilda não respondeu, e Sr. Velho Sampaio já havia feito seu ponto de vista muito claro, ela não tinha intenção de negar. Negar só faria parecer falso. Sr. Velho Sampaio continuou: "Minha tola criança, se eu realmente não te considerasse como minha própria filha, por que eu teria te criado até agora? Não pense em si mesma como um substituto para Luciele, você é Zenilda, a terceira filha que eu criei desde pequena, você é o tesouro nas minhas mãos!" Zenilda apertou os lábios, olhando para Sr. Velho Sampaio com os olhos cheios de lágrimas. Sr. Velho Sampaio suspirou novamente, sua voz se suavizando, "Entre você, Luciele e Nair, nunca houve favoritismo de minha parte. É verdade que meus pensamentos estiveram ocupados em encontrar Luciele nestes anos, mas pai nunca negligenciou você, e eu já preparei seu dote. Basta você dizer com quem quer se casar, e eu organizarei o casamento imediatamente, quanto ao meu testamento..." Os olhos de Zenilda brilharam com uma tensão nervosa, "Pai, eu..." Sr. Velho Sampaio acenou com a mão, "Está tudo bem, se você investigou, então investigou, mas não faça mais isso no futuro. Eu ainda digo, para os filhos da nossa casa, eu trato todos igualmente." Zenilda assentiu, "Eu entendi, pai." "Está bem, já está tarde, você deveria voltar e descansar. Não faça mais isso no futuro, quanto ao seu irmão, eu mesmo vou repreendê-lo." Zenilda concordou, saindo do escritório.

Ela ficou em frente à porta por um longo tempo, a pena em seus olhos lentamente se assentando. De fato, no coração de Sr. Velho Sampaio, agora Luciana era a mais importante, caso contrário, ele definitivamente não teria dito tanto. Antes, não importa o que Zenilda fizesse, Sr. Velho Sampaio nunca teria agido assim. Se Luciana voltasse, que posição Zenilda ainda teria? Luciana e Nereu eram farinha do mesmo saco, uma vez que se unissem, quem se importaria com o destino de Zenilda? Um lampejo de maldade brilhou nos olhos de Zenilda, "Luciana, você deve morrer!"

Por outro lado, Luciana, seguindo as informações enviadas por Grifo, encontrou-a amarrada firmemente. Ao ver sua situação lamentável, Luciana riu sem piedade, "Você não conseguiu resistir nem por um momento nas mãos deles, né?" Embora Luciana não soubesse quem havia amarrado Grifo dessa forma, era óbvio que Grifo não teve chance de reagir! Grifo olhou com resignação, "Vocês dois poderiam me desamarrar primeiro?" Enquanto ria, Luciana desfez as amarras de Grifo, observando o pequeno coração na testa dela, "Combina com você." Grifo limpou o coração na testa com desprezo, "Foi Nair." O sorriso de Luciana congelou em seu rosto, "Nair?" "Sim, e a pessoa que ordenou meu assassinato foi Cinco Venenos, provavelmente Nair estava quase descobrindo seu esconderijo." Grifo contou o que aconteceu naquela noite. "Você colocou um rastreador nela?" Luciana perguntou. Grifo acenou com a cabeça, apontando para o lixo ao seu lado, "Mas ela o removeu antes de ir embora. Ah, e ela disse que ainda não podemos nos encontrar."