Minha Noiva É Uma Grande Chefe romance Capítulo 636

José finalmente voltou seu olhar para Lucinda.

Há três dias, Lucinda havia visitado Amaury em nome da Delegacia X, ocasião na qual ela e José se encontraram pela primeira vez.

Durante uma conversa casual, mencionaram Lázaro e as recentes circunstâncias da família Samaio, e foi então que José soube do rancor entre Lucinda e Luciana.

Após entender melhor a situação, percebeu que o ódio profundo entre elas não era menor que o seu próprio.

Uniram-se contra Luciana em perfeita harmonia.

José respirou fundo, "Diga-me, como posso colaborar com você? Desde que não prejudique os interesses da família Fernandes."

José não era tolo, sabia que, ao contrário dos outros membros da família que não precisavam se apoiar nos Fernandes, ele tinha que proteger os interesses da família a todo custo, caso contrário, não saberia para onde se virar.

Se vingar de Zenilda significasse prejudicar os Fernandes, não valeria a pena.

Lucinda sorriu sutilmente, "Eu quero entrar na sede da Delegacia X em São Verde."

"Por que você deixaria o conforto de sua cidade para ir a São Verde? Aquela área é dominada pelos homens de Lázaro!" José expressou sua surpresa.

Lucinda sorriu levemente, com um ar feroz, "Claro que eu sei, mas como posso me aproximar de Lázaro se não me infiltrar lá?"

José a avaliou de cima a baixo. Ela era bonita e tinha um bom porte.

Mas comparada a Luciana, ficava muito atrás.

E, claro, nenhum homem escolheria Lucinda em vez de Luciana, mas essa era uma verdade que José jamais diria na frente de Lucinda.

"Está bem, eu te ajudarei a entrar na sede de São Verde."

No jardim dos fundos.

Amaury levou Zilá e Luciana até um campo de ervas medicinais.

Zilá já havia visitado aquele lugar, mas era a primeira vez de Luciana.

"Explore à vontade, se encontrar alguma erva de seu interesse, pode levar. Tenho de sobra aqui." Amaury disse, sorrindo para Luciana, que retribuiu o gesto.

"Obrigada, Sr. Amaury." Luciana agradeceu e foi explorar o campo.

Ela não via um campo de ervas tão completo desde que havia plantado o seu próprio no Vale dos Valentes, mas deixou o cuidado nas mãos de seus pouco confiáveis discípulos menores, e todas as plantas morreram!

Depois disso, Luciana mal teve tempo para cuidar de novas plantações, já que seus interesses eram muitos, e o campo acabou abandonado.

Não imaginava que a família Fernandes ainda mantinha tantos campos de ervas medicinais.

Zilá observava o campo familiar, um olhar terno surgindo em seus olhos.

Após um suspiro, Amaury perguntou, "Cotovia, quem é o pai de Luciana?"

Zilá, voltando a si, mordeu o lábio, hesitando antes de responder, "É um segredo."

"Ainda escondendo de mim? No começo, pensei que você e o jovem Clovis estivessem apaixonados, mas vejo que você seguiu outro caminho secretamente." Amaury riu.

Naquela época, Zilá era muito popular na Delegacia X, e sua força era notável.

Os jovens ou não ousavam persegui-la, ou a amavam em segredo. Fora Oliver, que era obstinado e só sabia ser contrário, somente Clovis a seguia por toda parte, chamando-a carinhosamente.

"Si Yu não gostaria de mim," Zilá desviou o assunto habilmente.

Mas Amaury não se deixou distrair: "Afinal, onde está o pai de Luciana? Eu realmente queria ver que tipo de rapaz conseguiu levar embora a nossa beleza da delegacia, teve uma filha com ela e depois a abandonou."

Zilá sorria ao observar Amaury, "Sr. Amaury, e se o senhor encontrasse o pai da Luciana, como faria para me vingar?"

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