Minha Noiva É Uma Grande Chefe romance Capítulo 659

Nair tomou um gole da sopa e perguntou: “Isso tem alguma importância?”

“Tem muita importância!”

Zilá respirou fundo, segurando a bochecha de Nair, “Seu avô não lhe ensinou desde pequena que você não pode ser exigente com a comida, que não pode comer apenas o recheio do wonton e deixar a massa? Porque, veja bem, isso é o básico, é senso comum, não se pode desperdiçar.”

Nair, sem entender muito bem, assentiu, “Não deveria ser assim?”

“Mas e daí se você não gosta da massa do wonton? Não comer não tem problema, nem tudo que você faz precisa ser para agradar seu avô ou ser benéfico para a família Samaio. Tudo que você faz, tem que ser porque você gosta, tá entendendo?”

Nair começou a entender, mas ainda estava um pouco confusa.

Desde pequena, ela se dizia que, não importava o que acontecesse, os interesses da família Samaio viriam primeiro.

A única vez que ela desafiou o Sr. Velho Sampaio foi por causa do Cinco Venenos, e isso significava deixar a família Samaio.

Mas, no fundo, ainda era pelos interesses da família Samaio.

Esse pensamento estava profundamente enraizado na mente de Nair.

O que Zilá disse hoje a pegou de surpresa.

O que ela mesma gostava de fazer?

Vendo a expressão confusa e perplexa de Nair, Zilá decidiu não continuar.

Ela precisaria descobrir por si mesma.

Algumas coisas, enterradas profundamente no coração, não são tão fáceis de se livrar, especialmente para alguém tão obstinado quanto Nair.

Para realmente entender, levaria algum tempo.

“Ok, pense com calma. Eu vou entregar este caderno para Cici, se precisar de alguma coisa, pode procurá-la diretamente.”

Dito isso, Zilá estava prestes a sair, mas Nair a segurou pelo pulso.

“Luciele, para onde você vai?”

Nair percebeu imediatamente a intenção de despedida em Zilá, seu olhar se tornou intenso, como se Zilá fosse desaparecer no próximo segundo.

O Sr. Velho Sampaio mal pôde esperar por seu retorno, onde mais ela iria?

Zilá sorriu e acariciou a mão de Nair suavemente, como uma brisa de primavera.

“Fique tranquila, eu não vou a lugar nenhum.”

Nair não sabia o que Zilá estava planejando, mas suspeitava que Zilá tinha que ir para um lugar muito, muito distante.

Caso contrário, ela não teria dito o que disse hoje.

Nair ainda segurava Zilá firmemente, seus olhos cheios de determinação.

Como se estivesse dizendo, para onde você for, eu irei.

Zilá sorriu sem jeito, seus lábios formando um leve sorriso, “Amanhã, Cici vai me tratar para a amnésia, talvez na próxima vez que nos encontrarmos, eu possa me lembrar de quem são eles.”

Nair ficou em silêncio por um longo tempo, antes de sua voz baixa e profunda ressoar, “É perigoso?”

Zilá não confirmou nem negou, pois para ela, o perigo não era uma questão absoluta.

Recuperar a memória era o resultado que ela mais desejava.

Zilá passou a mão pelos cabelos de Nair, “Sua Luciele não vai morrer.”

Ela não estava mentindo; embora não fosse especialista em adivinhação, o velho Fong era.

Ele disse que ela viveria uma vida longa, cercada por filhos e netos, desfrutando da felicidade familiar.

Ela acreditou!

Nair não disse mais nada, ela entendeu que Zilá tinha seus próprios pensamentos e decisões, e uma vez que tinha se decidido, não mudaria de ideia.

Depois que Zilá saiu, Nair ficou sentada, comendo lentamente os pequenos wontons na sua tigela.

Ela olhou para a massa dos wontons, silenciosamente separando a massa do recheio com os pauzinhos, comendo apenas o recheio.

De repente, uma tigela cheia apenas de recheio de wonton apareceu diante dela.

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