Minha Noiva É Uma Grande Chefe romance Capítulo 799

A voz misturada com energia interna fez com que a cabeça de Carlos explodisse, sentindo metade do corpo tremer.

Se não fosse pelo apoio na moldura da porta, provavelmente teria caído de joelhos no chão.

Sua cabeça zumbia, e ele, meio atordoado, assentiu com a cabeça e recuou.

Assim que deu um passo para fora, ouviu-se um estrondo atrás dele, a porta foi fechada com força!

Por pouco não acertou a parte de trás de sua cabeça!

Não se sabe quanto tempo passou, mas Carlos já havia terminado de beber a água que um criado lhe serviu, e após dar várias voltas na sala de estar, Antonio finalmente apareceu, vestido apropriadamente.

Seu olhar frio e distante pousou sobre Carlos, com uma expressão sombria.

Ele se virou e sentou-se na cadeira principal, sem dar a Carlos nem um olhar direto: “Tão agitado! O que aconteceu agora?”

Carlos, com as mãos tremendo, se aproximou, “Aconteceu algo grave! Não sei quem foi, mas descobriram os detalhes da minha conta bancária!”

“Descobriram, e daí? Isso pode ser...”

Antonio começou a dizer que aquele pequeno detalhe bancário não era nada demais, mas parou de falar de repente.

Seus olhos semi-fechados se arregalaram de repente, e ele se levantou da cadeira, “De qual cartão bancário você está falando?!”

“Do... do cartão que eu uso para fazer transferências para você.”

Carlos, tremendo, disse com as mãos entrelaçadas e o pânico estampado no rosto, “Cunhado, o que nós vamos fazer agora?! Eles estão dizendo que eu aceitei propina, e até o tribunal começou a procurar quem está espalhando esses rumores! Eu... Eu realmente não sei o que fazer! O chefe da minha secretaria já começou a investigar!”

Um homem de mais de um metro e oitenta, grande e forte, agora estava à beira das lágrimas.

Daniela colocou sua roupa e saiu, sem sequer cumprimentar Carlos ao ouvir tudo isso.

Ela se apressou até Antonio, “Antonio, você tem que ajudar o Carlos. Ele é meu único irmão, se não fosse por ele, eu nem sei como meus pais teriam me tratado.”

“Cunhado, você tem que me ajudar desta vez.” Os olhos de Carlos brilharam, e ele se ajoelhou diante de Antonio, “Por favor, em consideração à minha irmã, eu imploro!”

Antonio lançou um olhar para Daniela, que parecia triste e desanimada, pela primeira vez sem nenhuma emoção.

Sem fazer alarde, ele acenou para que se afastassem, e o mordomo, que o acompanhava há décadas, entendeu imediatamente.

Com um gesto, criadas cercaram Daniela e a levaram de volta ao quarto: “Senhora, está frio, é melhor voltar para dentro.”

Daniela, insatisfeita, tentou se aproximar de Antonio novamente, mas antes mesmo de chegar perto, foi parada pelo olhar de advertência que Antonio lhe lançou.

Dolorida no coração, ela rapidamente entendeu que Antonio não queria que ela interferisse.

Seus olhos brilharam de tristeza, seu coração parecia cair num abismo.

Seus pés pareciam colados ao chão com cola, não ousando avançar mais.

Embora já estivesse em seus quarenta e poucos anos, seus olhos ainda pareciam os de uma jovem, fixos em Antonio.

O homem agiu como se não sentisse seu olhar, e, irritado, finalmente disse com um tom indiferente, “Seja obediente, volte. Eu cuido disso e depois vou lá.”

“...Certo.”

Daniela e sua filha dependiam de Antonio para viver.

No final, Daniela não ousou confrontar Antonio por causa de Carlos, mordeu levemente o lábio inferior, vendo que Antonio não mostrava nenhum sinal de compaixão.

Com as sobrancelhas ligeiramente arqueadas, ele olhou para Lorena, que seguia ao seu lado, percebendo pela primeira vez que eles estavam na mesma sintonia.

Uma estratégia que parecia resolver tudo.

Antonio era especialista em fazer promessas vazias.

Lorena, por outro lado, não sabia nem por onde começar a criticar, considerando que a última pessoa que Antonio disse que deveria se esconder no interior até a situação se acalmar ainda estava deitada na mansão de Luciana.

Entrando juntos na sala de estar, Antonio desviou o olhar.

Sem querer prolongar a conversa com Carlos, gesticulou para o mordomo para que o expulsasse, "Tudo bem, está decidido. Você se prepara, e eu mandarei alguém depositar o dinheiro para os próximos anos na sua conta. Pode ir agora, tenho outras questões a tratar aqui."

Carlos não queria ir.

Mas não podia lutar contra a força, e sem se mover um centímetro, foi quase arrastado para fora da família Teixeira por dois seguranças.

Lorena desviou discretamente o olhar, seguindo a silhueta desaparecendo de Carlos antes de voltar a olhar.

Acidentalmente, seu olhar encontrou o de Vicente, ela estremeceu, mas logo sorriu levemente.

Vicente mudou de expressão e, sem dizer uma palavra, virou-se para Antonio, que esperava que eles começassem a falar, "Pai, você nos chamou aqui por causa das pessoas de Lagoa Azul, tem alguma novidade?"

Antonio balançou a cabeça: "Ainda não. Mas, está relacionado a isso. Como você sabe, aquele frasco de remédio nunca foi venenoso. Então, eu te chamei aqui porque quero que você visite o laboratório da família Duarte, que está sob nosso controle desde a queda deles. As amostras daquela época estão lá, veja se você pode criar algo semelhante, mas venenoso, para lidarmos com os métodos de Luciana e sua equipe."

"Mas, o julgamento está próximo, estou preocupado que não haja tempo suficiente."

Vicente estava inquieto, fazia anos que ele não entrava em um laboratório.

Ao dizer isso, Antonio claramente estava preparando o terreno para futuras desculpas.