Minha Noiva É Uma Grande Chefe romance Capítulo 889

Os olhos brilhantes de Heliâna percorreram cada um dos membros da família Fernandes, até que pousaram em Luciele. Seus olhos escuros afundaram levemente e, estendendo o dedo em direção a Luciele, perguntou, "Você é de que parte da família Fernandes? Como nunca te vi antes?"

Antes que Luciele pudesse responder, Amaury entrou na conversa, "Esta é Luciele, filha da família Samaio de Haicidade, e futura esposa de Samuel, minha futura nora."

Heliâna ponderou por um momento sobre Luciele. Ela conhecia a família Samaio de Haicidade e não se apegou muito ao assunto, franzindo a testa, disse, "Então, você é filha da família Samaio de Haicidade. Você e Samuel já se casaram? Como veio morar aqui antes do casamento?"

A expressão de Samuel escureceu, "Ela está morando com a família Fernandes. Algum problema com isso, tia?"

Todos na família Fernandes tinham uma certa consideração por Heliâna, todos exceto Samuel.

Ele nunca gostou desta tia.

Se não fosse pelo respeito ao avô, ele nem teria se dado ao trabalho de sair para recebê-la hoje.

E como ele estava prestes a se casar com Luciele, não queria criar desconforto e colocar Luciele em uma situação difícil.

Heliâna franziu a testa, seu tom mostrando descontentamento, "Samuel, o que é isso? Como sua tia, não posso perguntar sobre sua futura esposa?"

Samuel respondeu calmamente, "Você pode perguntar, mas não interferir!"

Era como um aviso para Heliâna.

Heliâna estreitou os olhos e depois olhou para Luciele, um brilho indecifrável passou por seus olhos.

Ela acenou com a cabeça, sem dizer mais nada, "Ouvi dizer que vocês têm uma filha? Como ainda não a vi? Ela não se mudou para morar com a família Fernandes?"

A pergunta era intrigante.

Não sabendo quem era Luciele, mas sabendo que Luciele e Samuel tinham uma filha!

Samuel e Luciele trocaram olhares, sorriram levemente, mas não disseram nada.

José, por outro lado, assistia à cena com um prazer malicioso.

O irmão mais velho e sua família, Luciele poderia ter escapado dos artifícios de Heliâna, mas Luciana, desta vez, não teria como escapar.

Todos sabiam que Heliâna detestava quem cometesse erros sobre esse assunto de voltar para casa, e não demoraria a criar obstáculos para Luciana.

"Luciana ainda está descansando, ela se cansou na festa de reconhecimento de parentesco de ontem. Com o tempo, vocês se encontrarão," Amaury de repente falou.

Embora Amaury estivesse envelhecendo, sua maneira de lidar com o incidente em que José o drogou foi vaga, mas isso não significava que ele fosse tolo.

José era seu filho biológico, e como seus três filhos não tinham descendentes antes, ele tendia a fechar um olho.

Mas Heliâna não era de sua família.

Antigamente, ela mandava e desmandava na casa, e por ela ser uma anciã, ele não dizia muito.

Mas agora que se tratava de Luciana e Luciele, ele seria o primeiro a não concordar.

José, ao lado do avô, aproveitou o momento de distração para revirar os olhos. O avô estava claramente favorecendo, não importa o que o irmão mais velho e sua família fizessem, sempre havia favoritismo!

Apesar de Heliâna ter ouvido o que Amaury disse, a insatisfação estava clara em seu rosto, e ela soltou um resmungo frio pelo nariz, "Parece que ela simplesmente não me respeita como tia."

Quanto ao que Amaury acabara de dizer, ela agiu como se não tivesse ouvido.

José sorriu com prazer diante do desastre, a tia realmente não deveria deixar Luciana escapar assim, seria bom ensinar uma lição àquela insolente.

Samuel franziu a testa, claramente descontente, "Por que se preocupar com uma criança? Você, com sua idade, deveria estar desfrutando da vida, não se metendo onde não é chamada."

O rosto de Heliâna escureceu imediatamente, "Samuel, você está dizendo que não é bem-vinda aqui?"

Samuel falou de maneira tranquila, "Você é a tia, naturalmente é bem-vinda."

"Então por que sua filha ficou dormindo até tarde no dia do meu retorno? Eu apenas fiz alguns comentários, e você reage dessa maneira comigo? Ela é mais jovem, e por razões de respeito e lógica, quando um ancião retorna, isso é um evento importante. Ela não deveria ao menos aparecer para cumprimentar?"

Antes que Samuel pudesse responder, Heliâna continuou, "Ela é filha da família Fernandes, neta direta do meu irmão, e o que ela representa lá fora reflete diretamente no prestígio da família Fernandes. Com esse comportamento sem educação, como as pessoas vão ver a família Fernandes?"

Depois disso, ele piscou para Samuel e continuou, "Mas sua tia tem razão, os mais jovens ainda precisam respeitar os mais velhos. Quando Luciana acordar, vamos fazê-la comer algo antes de vir cumprimentar a tia avó."

Ao ouvir isso, o rosto de Heliâna ficou ainda mais fechado.

Parecia que ele estava falando em seu favor, mas na realidade, estava sendo indulgente com Luciana.

Até sugerindo que Luciana comesse antes de vir?

Claramente, não a considerava importante.

Parece que, depois de tantos anos longe da família Fernandes, muita coisa mudou na família.

Nesse momento, Luciana desceu lentamente a escada em espiral do segundo andar, e imediatamente viu a agitação no hall da família Fernandes, com os olhos ainda sonolentos, ela franziu a testa.

Todos os olhares se concentraram nela, olhando-a com simpatia.

Luciana ficou confusa, sem entender o motivo. Ao ver Heliâna à sua frente, ela vagamente se lembrou de Samuel chamando-a para acordar, e cumprimentou educadamente, "Tia avó."

O rosto de Heliâna não suavizou muito, mesmo com Samuel parecendo pronto para brigar com quem tocasse em Luciana, ela ainda olhava para Luciana com raiva, exercendo a pressão de uma anciã, "Todos na família Fernandes sabiam que deveriam me receber, como você foi a única a ficar dormindo até tarde?"

Luciana virou-se com um olhar profundo e encontrou-se com alguém procurando confusão logo cedo?

Com um ar desinteressado, Luciana bocejou preguiçosamente, falando de maneira lânguida, "Porque eu tive um sonho."

Heliâna ficou visivelmente irritada ao ver a atitude indolente de Luciana, fervendo de raiva.

Luciana, fingindo não perceber, serviu-se de uma xícara de chá, acomodou-se na poltrona com as pernas cruzadas, e começou a inventar uma história.

"Eu tive um sonho em que meu pai batia na porta, me chamando para levantar, dizendo que ele ia me levar para ver a minha avó. Então, eu continuei sonhando que estava vendo minha avó, e estava tão envolvida no sonho que esqueci de acordar."

Após terminar, ela bocejou novamente, indiferente, "Estava tão absorta em receber minha tia no sonho que agora estou me sentindo um pouco fora de mim."

O semblante de Heliâna permaneceu hostil, ela respondeu friamente, "Você acha que eu sou idiota?"