Caminho Traçado - Uma babá na fazenda romance Capítulo 78

A fala de Saulo acabou gerando mais desconforto em Oliver, que o olhou com um olhar mortal, desejando pular no pescoço do amigo, porém ele sabia que o que Saulo disse, era totalmente verdade, aquela situação estava saindo do controle.

Estar sozinho dentro do carro com uma mulher desconhecida e bem mais jovem, não pegava nada bem para ele.

— Vá direto para casa. — Saulo o alertou.

— É claro, para onde iria? — Oliver, respondeu nervoso.

Ajudando Luana a entrar no carro, sob o olhar de Saulo, ele dirigiu de volta a sua casa.

— Vai para o seu quarto toma banho e descansa um pouco. — Disse a ela, quando entravam na residência.

— Minhas costas deve está toda arranhada, dá uma olhada para mim. — Sem nem um pingo de pudor, ela levantou a blusa na frente do homem.

— Abaixa isso! — Ordenou imediatamente, virando o rosto. — Se não estiver se sentindo bem, pedirei que alguém te leve ao hospital, eu não sou médico para te examinar.

Dizendo isso Oliver saiu dali, deixando Luana sozinha, que ao constatar o nervosismo dele, começou a sorrir.

— Você ainda vai ser meu… — Sussurrou.

— Está falando com quem? — Uma voz feminina ecoou.

Elisa apareceu no canto da sala, pegando Luana bem no flagra.

— Olá! — A voz de Luana mudou na hora. — Você é a Elisa, não é mesmo? — Perguntou num tom bem amigável.

— Sim, eu sou. — Respondeu com a cabeça erguida. — O que você estava fazendo com o meu tio? — Perguntou nervosa.

— Ah, nós estávamos cavalgando. — Respondeu sorrindo e sentando-se no sofá.

— Perguntei sobre agora, por que levantou sua blusa para ele?

— Eu estava querendo que ele visse se minhas costas estavam machucadas. — Explicou como se fosse a coisa mais natural possível.

— Acha que essa atitude foi certa?

— Que mal há nisso? Você quer dar uma olhada no lugar dele? — Levantou a blusa, mostrando que realmente as costas estavam com alguns arranhões.

— Irei responder o mesmo que ele, eu não sou médica. Mas se tem tanto interesse em ser avaliada, vamos ao hospital, chamarei a minha tia Aurora, a ESPOSA do meu tio Oliver. — Fez questão de enfatizar o nome esposa. — Ela, sim, é médica e adorará te avaliar.

— Não obrigada. — Luana respondeu sem tirar os olhos de Elisa. — Vou para o meu quarto tomar banho e lá mesmo me olho no espelho, odeio hospitais.

— É melhor ficar longe do tio Oliver. — A alertou.

— Por quê? Aconteceu alguma coisa e? — Fez cara de desentendida.

— Ele é um homem casado e muito sério.

— Eu sei disso. — Explicou. — Espera! Por acaso você está pensando mal a meu respeito? — Fez cara de vítima. — Você deve ter uma mente muito poluída mesmo, para imaginar uma coisa tão feia como essa. O senhor Oliver tem idade para ser meu pai e é dessa forma que o vejo.

Fingindo estar totalmente ofendida, Luana levantou-se e saiu dali, deixando Elisa sozinha, com o sentimento de culpa, por ter feito aquela insinuação.

— Que droga!

Saiu da casa indignada, sentindo-se culpada por ter ofendido-a só por nao ter gostado da proximidade dela e Noah ontem a noite.

[…]

De volta a estrada, Oliver encontrou Saulo, que já estava bem próximo à mansão. Ele estacionou o carro e esperou o amigo desmontar e se aproximar dele.

— E aí, deixou a garota em casa? — Saulo perguntou.

— Deixei. — Respondeu sério.

— Por que aceitou sair sozinho com ela?

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