Resumo de Capítulo 14 – Uma virada em Moradora de rua de Lara Rangel
Capítulo 14 mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Moradora de rua, escrito por Lara Rangel. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
Durante aquela tarde eu passei quase todo o tempo com Isobel, ela agora estava sentada na fonte em quanto eu a desenhava.
-Nem acredito que eu disse aquilo tudo para o Bass... ele me odeia!-Ela da um sorriso.
-Não precisava fazer aquilo por mim!-Falo pegando a borracha para corrigir alguns traços.-Mas mesmo assim obrigada...
-Você é a primeira amiga que tenho em anos, não vou deixar o ego inflado do Bass destruir nossa amizade, e além do mas jamais a deixaria voltar para as ruas! Vamos pensar em algo para você, mas até lá você fica aqui comigo!
-Ele sempre foi assim?
-Assim como?
Carrancudo, babaca, egocêntrico, desprezivel...
-Gênio dificil...-Um bom resumo eu diria.
-Não sei, eu vivi minha infância com Bass, ele tinha 13 e eu 8, lembro dele sempre me levar pra escola e me comprar sorvete no caminho de volta, também bancava o irmão mais velho para as meninas e meninos que faziam bullying comigo...-A olho por cima do caderno-Sim, nem sempre eu fui assim, aos 8 eu ja tinha a altura de Bass, sempre fui magra e as meninas me invejavam... eu acho, mas os meninos me zoavam, e Bass sempre me acolheu, mas um ano depois meus pais se divorciaram e me mudei com minha mãe para paris, entrei em um colégio interno para garotas e aos 10 comecei a modelar para revistas infantis, não via ele nem mesmo nas festas de fim de ano, sei que ele começou a arrumar brigas na escola quando tinha 16 anos, deu trabalho para meus tios, e quando terminou o ensino médio se mudou para cá, começou a faculdade de direito e administração e nunca mais voltou para Nova York, ele não vê os pais desde que começou a faculdade... O Bass que eu conhecia mudou mas, ainda é aquele garoto que me comprava sorvetes e me defendia na escola, só ta escondido em algum lugar...
-Terminei.-Falo e Isobel se levanta e eu lhe entrego o desenho.
Isobel encara o desenho sorrindo.
-Está perfeito! a maneira como capitou meus traços... oque é isso rosa em volta de mim?
-Sua áurea, pelo menos é como eu imagino...
-Eu amei!
Isobel e eu ficamos andando pelo jardim em quanto ela me contava sobre seu noivo, confesso que não prestei muita atenção por algum motivo eu estava avoada, não conseguia pensar em nada especificamente , hora ou outra minha mente vagava para Sebatian e a sua cara quando Isobel lhe jogou aquelas verdades na cara, já estava quase escurecendo quando escuto um barulho de carro passando pelos portões, Isobel não queria ter que ver o primo então me deixou no jardim e foi para seu quarto, vejo Sebastian sair do carro e então ele me olha e segue para dentro da casa.
Respiro fundo e sinto o cheiro de rosas entre outras flores, o jardim era lindo e bem cuidado e pela primeira vez reparo em cada elemento ali, as rosas brancas se misturando com as vermelhas, os lírios e margaridas, também tinha arvores muito bem aparadas, a grama cortada, as cores das flores estavam pálidas e as folhas das arvores caindo, era inverno e até mesmo o inverno consideravelmente quente de Miami faziam uma mudança na mãe natureza.
-Quer ouvir agora a história da fonte de meu bisavô?-Olho para trás e vejo Sebastian.
Eu queria xinga-lo, revirar os olhos, sair andando mas em vez disso eu ri, uma risada baixa e que escapou totalmente involuntáriamente, porque eu tinha que rir? agora ele me olhava e se ajeitou para falar.
-Eu a ouvi gritando ontem, teve um pesadelo?
-Eu sempre tenho... Porque está tão interessado em falar comigo a final?-Falo o encarando.
-Sei que vou ter que conviver com você, não para sempre mas pelo menos não quero viver como gato e rato, não seremos amigos mas é bom que nos conhecermos pelo menos...
-Aposto que eu sou a rata...-Falo mas sem nenhuma maldade e sorrio para Sebastian.
-Devia sorrir mais vezes em vezes de gritar palavrões e revirar os olhos...
-Sebastian, apenas conhecidos, não amigos!-O lembro e saio andando.
Algo dentro de mim gritava para eu fugir, manter distância de Sebastian, eu não me sentia confortavel a sua presença mas mesmo assim não segui meus instintos afinal talvez fosse por culpa deles que eu estava nas ruas, assim que entrei no quarto eu me joguei sobre a enorme cama, sentindo os lençóis macios e gelados, eu não estava mais sozinha eu tinha Tamira e Isobel, e eu poderia por fim passar por tudo oque estava acontecendo comigo, eu precisava dessa chance e perder a memória talvez fosse a melhor coisa que ja me aconteceu, eu poderia seguir em frente e esquecer o passado.
Mais tarde naquele dia, na hora do jantar eu não recebi olhares desconfiados ou enojados de Sebastian, ele me cumprimentou com um aceno de cabeça e nada mais, sem piadas, ironia ou desdém, eu finalmente consegui comer sem que a comida quisesse voltar, eu sorria a cada garfada.
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